𝑓𝑜𝑟𝑡𝑦 𝑓𝑖𝑣𝑒, 𝒉𝒐𝒏𝒆𝒚

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⇆   .  ✕  .   YOU   .   📡    .  頹
❛  not what you'd think, and if I'm bein'
honest. it might've been a nightmare ❜ 

 it might've been a nightmare ❜ 

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Abri meus olhos na outra realidade, e foi como conhecer o mundo pela primeira vez novamente. Por mais que ele se parecesse com nosso lar, não era, e você sentia logo de cara quando o ar pesado da Derry do lado opaco do espelho, passeava por suas narinas.

O ambiente era mais espesso, estranho e mais pálido. Senti flocos de neve caírem sobre a minha pele, cobrindo a ponta de meu nariz.

— RICHIE! — gritei. Mas minha voz ecoou no vazio, ele não estava ali.

Sozinha, me ergui confusa. Quando olhei para a minha mão, os dedos longos de Tozier não estavam mais unidos aos meus. E observando pelo fresto acima do sótão no qual me encontrava, via o céu que, aos poucos tornava-se alaranjado.

— Tem alguém aí?! MENINOS!! — insisti.

Uma madeira se partiu atrás de mim, sangue jorrou pelos frestos e escorreguei espantada contra a escrivaninha velha atrás do meu corpo trêmulo, batendo minha cintura.

Apoiei meus cotovelos, me levantando rapidamente. Assistindo uma mão pontuda e esquelética envolta de placenta e gosma sanguinária se fincar no chão. Era o mesmo monstro de antes, dos meus pesadelos, ou melhor, a mulher deformada que sempre tentava me capturar. Ela se apoiou nas tábuas, alcançando o sótão, seus olhos amarelos estavam fixos em mim, meu coração tremeu ao som da batida de tambores que invadiam minha mente. Estavam aumentando. Pulei sobre a mesinha, quando uma de suas mãos se esticou em minha direção.

Todo o sangue ao entorno corria pra me alcançar, aumentando feito um mar sobre o qual aquela coisa flutuava tranquila. Um deslizar por vez e, ela chegava mais perto.

Olhei para o espaço vazio acima de mim, arriscando com todo meu corpo, pulei e alcancei o telhado, me segurando com minhas mãos, mas, meu corpo ainda estava suspenso. Ela me puxou, senti seus dedos cadavéricos tocarem meus tênis e atravessarem, próximo de perfurar minha pele. Então uma voz me guiou, e era tão familiar, que me fazia bem.

Chutei o maxilar da coisa e ela rapidamente se desequilibrou. Impulsionei meu corpo para o telhado, apertando meus tênis contra a telha e me acostumando a equilibrar meu corpo contra o vento rigoroso. A voz continuava vindo do jardim. Fiquei paralisada ao olhar para trás e ver os braços longos da criatura me perseguindo. Saltei na lata de lixo encostada ao cano, na lateral da casa. Meus ombros arderam ao amortecer o impacto. Rolando para a grama, corri até até calçada, de onde a voz estava vindo. No interior de um carro estacionado ali e então puxei a porta com força, me lançando no banco traseiro.

— Você demorou! —  o homem sentado sobre o banco do motorista falou.

Guiando o carro, ele o retirou do espaço vago no meio-fio, entrando na estrada principal. Me curvei para ver melhor enquanto colocava o cinto. Os cabelos loiros e a barba mal feita... Espera aí! Aquele era o meu irmão.

  ✓   TRUE COLORS, RICHIE TOZIER + YOUOnde histórias criam vida. Descubra agora