Nunca durei tão pouco, em toda minha vida. Já falhei algumas vezes, desisti em outras. Um homem de trinta anos, já coleciona um número razoável de falhas e desistências. Mas nunca me senti tão completo, não depois de uma transa.
Tanto que, assim que acabo de transar com alguém, sempre dou um jeito de ir embora rapidamente, mas agora eu me vejo no espelho do teto, com a ninja dançarina atracada no meu colo e gosto dessa sensação. Não quero ir, quero continuar como estou, como estamos.
Ela está deitava sobre meu peito, a respiração leve, os olhos fechados, totalmente vulnerável, enquanto eu acaricio suas costas, que agora percebo enquanto o espartilho está parcialmente abaixado, possuem várias marcas e hematomas.
Sua grutinha quente e apertada, ainda está tendo espasmos e meu pau que não comia ninguém já algum tempo, mesmo depois de esporrar como louco ainda não amoleceu totalmente.
Percebo que ela voltou pra realidade, no momento em que ela fica tensa. A respiração suspensa e num salto ela pula do meu colo e arruma a parte de cima do espartilho.
Vira as costas em direção, ao banheiro e diz:
_ Melhor você ir agora. Daqui a pouco sua irmã estará por aqui, me procurando.
_ Minha irmã faz sexo também sabia. Eu diria inclusive, que ela usa eventualmente, seu cão de guarda para se satisfazer. Precisa arrumar uma desculpa melhor...
A dispensa e a frieza dela me pegaram de surpresa. Geralmente eu que arrumo desculpas pra ir embora, mas aqui estava eu, tentando desesperadamente prolongar o inevitável.
_ Ethan... você é adulto. Fizemos sexo, foi bom e agora acabou. Vida que segue.
Que vadia, filha da puta. Agora eu sabia como as garotas que me jogavam praga se sentiam. Eu estava com tanta raiva que, ao puxar a porra da camisinha do pau a porra se espalhou por todo o sofá.
O pior não era a dispensa. O pior era fazer a porra do meu pau, que já estava ficando duro de novo, entender que a festa tinha acabado.
Se ela era essa vadia fria e calculista, não ia se importar que eu fizesse uso das minhas cartas. E por mais integridade e orgulho que eu tinha, eu queria... não eu precisava sentir ela só mais uma vez.
_ Claro garoto... vida que segue. Só achei que você estaria interessado nas suas filmagens, já que é você que está se escondendo... sabe se lá do que. Não deve querer seu rosto de menino... ou menina aparecendo por aí né.
Joguei a merda no ventilador, enquanto colocava minhas calças e vestia o sapato. Quando terminei, peguei o que restou da minha camisa e joguei nos ombros. E fui em direção da porta, sem olhar pra ela.
Antes de chegar na porta, porém, ela estava na minha frente.
_ Você não me filmou ou me fotografou, não é? Você não fez isso? Sempre achei que você fosse o mais inteligente Ethan. Não pode ter feito isso, não sabe no que está se metendo. Não se trata de sexo. Se trata de proteger a sua família.
Ela estava séria a voz sem tremor, o rosto altivo e o semblante fechado. A merda era maior do que eu imaginava.
_ Eu sou bom em fazer sumir coisas, não se preocupe.
_ Ethan. Quem está atrás de mim, é bom em achar coisas, muito, muito bom, você precisa se livrar das imagens de todas elas. Se elas estiverem em qualquer dispositivo que tenha acesso a internet pior ainda, se livra disso o mais depressa possível.
_ Isso é tão sério assim? – Pergunto ainda incrédulo.
_ Muito. Muito sério. Por favor. Briga comigo porque fui uma cretina com você, me xinga, me ofende, mas se livra das imagens agora. Não se trata só da minha segurança, mas a de vocês também. A pessoa que me procura, vai fazer o que for preciso pra me encontrar. Machucar e matar quem for preciso, para conseguir as informações que quer. E quando você as der, você morre. E se você não tiver, morre também. E qualquer pessoa que esteja minimamente envolvido, vai junto.
Ela realmente conseguiu me deixar preocupado. Que caralho essa pirralha estaria metida. Fui até o pole, peguei a micro câmera e caminhei de volta pra porta e virei pra ela.
_ Não se preocupe, seu segredo está guardado.
Saí encerrando um capítulo que eu mal tinha começado.
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Mulheres Poderosas I - Donnatella
RomanceMuitos acreditam que mulher é o sexo frágil. Se você pensa assim está redondamente enganada. Mulher é a Fênix que renasce dia a dia em todas nós. Para Donnatella não foi diferente, passou uma infância fugindo e teve sua vida roubada por aquele que...