Capítulo 32- Francesco (Dom Basile)

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Fui verificar o progresso da garota. Queria ter certeza de que meu maior trunfo nos últimos anos, viveria para que eu pudesse fazer bom uso dela nos próximos. Isso se eu não a matasse por ter atirado em Pietra.

Eu nunca tinha visto com bons olhos, mulheres fazendo serviços de homem. E a máfia, sempre tinha sido para homens. Mas depois de ver vídeos dessa pequena mulher e saber de suas proezas... Confesso que a ideia machista que eu cultivei até agora, estava pronta para cair por terra. Mesmo depois de saber que Pietra tinha ido por ordens do meu pai, eu ainda achava que a responsabilidade pelo tiro que minha irmã tinha levado era de Donnatella e era. Se bem que foi um tiro superficial, eu sabia que estava fazendo tempestade em copo d'agua, mas não seria eu se não fizesse.

O fato de ter a cabeça de Romeu, me olhando com os olhos arregalados, sobre a mesa do meu balcão juntamente com três de seus fiéis soldados e mais dois homens vivos à minha disposição para brincar à vontade, me dava uma certa vontade de desculpa-la, mas não perdoa-la.

E ela ainda tinha me trazido a outra assassina. Que ela pedira para eu não machucar. Difícil. Eu já tinha ouvido que as histórias das duas se entrelaçavam de alguma maneira, mas eu queria saber sobre isso mais a fundo, direto da fonte. Era por onde eu começaria meu dia, ou melhor dizendo, minha madrugada. Afinal ainda era uma da manhã.

Me dirigi ao balcão externo. Era menor, menos utilizado e era onde nossa convidada estava.

_ Enrico. Pode ir.

_ Francesco, não prefere que eu...

_ Saia.

Eu não estava preparado para aquela mulher. Pensei que seria outra pequena e ágil mulher com carinha de quem acabou de sair da pré-escola. Mas a mulher, loira de 1.80 cm e grandes olhos azuis, na minha frente era muito, muito mulher e estava seminua. Usava calcinha, sutiã e tinha uma faixa enrolada em sua coxa direita.

Apenas de calcinha e sutiã. Salivei e o meu membro se encheu de vontade na mesma hora. Era muito perturbação para minha paz de espírito.

Ela me encarou com olhar de desdém.

_ Quando terminar de me inspecionar com seu pau, talvez possamos conversar com a cabeça que pensa. Se é que você tem uma.

Bocuda. Essa parte eu já esperava. Mulher quando consegue ser um pouco melhor que homem, sempre se sentia superior.

_ Por que as mulheres vivem se achando superior aos homens?

_ Porque somos.

_ E quem disse que você poderia ficar solta aqui dentro.

_ Sua irmã me disse. Desde que eu tirasse a roupa e não tentasse te matar. Se bem, que essa parte ainda estou pensando.

_ Você tem noção da merda em que está?

_ Eu sei somar sim. E não, não tenho medo. Faça o que tiver que fazer, não ligo.

_ A senhorita Ferraz é uma ferrada e aguenta uma boa tortura e você.

_ Somos forjadas no mesmo fogo. Ela só tem mais tempo e experiência de campo que eu.

Por mais raiva que eu sentisse daquela mulher petulante na minha frente, eu não conseguia deixar de admirá-la. Ela tinha coragem, eram poucas as pessoas que me enfrentavam me olhando nos olhos. E como um tolo, eu também não conseguia desviar meus olhos de seu corpo e só pensava em aplacar a fome que estava sentindo.

_ Me conte sua história senhorita Aoki.

_ Primeiro me conta como está minha irmã.

_ Está tentando negociar comido?

Mulheres Poderosas I - DonnatellaOnde histórias criam vida. Descubra agora