Uma vida... Uma pessoa... Uma garota.
Letícia Montenegro é uma garota de 17 anos, cuida do tio que tem problemas com drogas, trabalha dia e noite para conseguir pagar a dívida milionária do tio, mas... Nem todo o seu esforço é capaz de impedir que...
Saio do banheiro enrolada na toalha e vou até o meu closet, passo alguns produtos corporais e visto uma calcinha de renda branca, um body da Lacoste branco bem decotado com algumas correntes douradas, um short jeans claro desfiadinho e um tênis branco.
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Passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo o jogando para o lado, saio do quarto trancando a porta e desço vendo a casa cheia, o Metralha está fazendo um churrasco para comemorar que finalmente encontramos o nosso baby.
Va: mamãe- fala vindo correndo na minha direção quando eu termino de descer as escadas Eu: oi amor- falo erguendo ela no colo- cadê o seu pai e o seu irmão?- pergunto e ela aponta para a área da piscina.
Vou para a área da piscina cumprimentando algumas pessoas pelo caminho e assim que finalmente chego na área já vejo o meu marido conversando com os amigos dele que eu nem conheço e com o Victor no colo.
Eu: eu achei, a minha nave jogada na mata, sem a frente toda depenada, ela estava nesse cemitério, onde o GPS não ligava, num lugar que não entra polícia, fui clicado na minha quebrada, da mó ódio de ver essas fitas- canto com Va no colo e ela só dá risada Magrim: teu marido tá te chamando ali ó- fala e apontando e eu vou lindíssima até o maridão que já tá com um sorriso maior que sei lá o que Metralha: ai, essa aqui é a minha mulher Letícia e a minha piveta Valentina cês já conhecem- fala e o três rapazes já me olham - a famosa Cobra, já ouvi falar de tu- fala fazendo um toque comigo - essa que é a famosa Cobra?- pergunta e eu confirmo com a cabeça Eu: a mesma- falo fazendo um toque com os outros dois - tu é famosa viu?! Conheço muito marmanjo que tem medo de tu só de ouvir falar- fala e eu dou risada Eu: sou tranquilinha pô- falo arrumando a Valentina no meu colo Metralha: é sim amor, confia- fala e eu dou risada.
Fico conversando com eles por um tempo mas logo trocamos os babys de colo porquê o senhor Victor queria mamar, entro com ele e vou para o quarto dele, me sento na poltrona de amamentação e coloco o meu peito para fora dando mama para o meu filho.
Eu: eita fome mãezinha- falo fazendo um carinho na sua cabeça.
Me arrumo na cadeira e fico dando mama para ele enquanto faço carinho nele, meu filho é tão pequeninho e tão fofinho que dá vontade de morder, aí que coisa gostosa meu Deus.
Eu: mamãe te ama amor- falo toda babona no meu filho- oh coisa gostosa de mãe- falo e ele tá só me olhando atento enquanto mama Metralha: vai acabar assustando ele mulher- fala entrando no quarto e eu dou risada Eu: cadê a Va?- pergunto e ele da de ombros Metralha: tua mãe tomou ela de mim- fala a eu dou risada Eu: é a cara de dona Carolina fazer isso mesmo- falo e ele confirma com a cabeça dando risada Metralha: eu tô morto de fome- fala e eu confirmo com a cabeça Eu: eu acho que a gente podia pegar a Valentina e dar uma fugida para jr comer um salgado- falo e ele confirma com a cabeça Metralha: eu tô contigo nessa- fala e eu se abaixa me dando um selinho e logo olha para o Victor- eita coisa linda de papai- fala todo babão- roubando teu pai né?! Esse tête ai é meu moleque, papai chegou primeiro- fala e eu só dou risada da cara do Metralha- o papai quer brincar com o tête da mamãe, mas não pode porquê você tá mamando- fala e eu só sei dar risada da cara do meu marido
[...]
A farra foi boa, foi maravilhosa, mas agora os papais tem que descansar e estamos fazendo isso, eu e o Metralha estamos deitados na cama, apenas observando o vazio em silêncio, ele está com um braço atrás da cabeça e o outro na minha cintura, como sempre sem camisa e sem cueca, só com uma samba canção, já eu estou aqui deitada com a cabeça no peito dele, abraçada com ele, vestindo só uma blusa dele, como em todas as noites.
Metralha: caralho, pensar que um tempo atrás eu era largado, sem rumo na vida, só tinha a Va para me preocupar- fala e eu olho para ele enquanto o abraço- agora tô aqui pô- fala me puxando mais para ele- casado com um puta mulherão da porra, um menózin que ta dormindo no quarto do lado da Va, dona Valentina com quase cinco anos, viado, o tempo passa rápido demais- fala e eu dou risada Eu: tu se arrepende?- pergunto e ele nega com a cabeça Metralha: nunca, o cês três são a minha vida- fala e tira a mão da minha cintura para fazer um carinho no meu rosto- tu é foda né?! Eu fui um tremendo filho da puta com você, você teve toda a chance de meter o pé para longe de mim, mas ficou aqui, casou comigo, é uma mãezona para a Va, me deu um dos meus maiores presentes, tá aqui sempre do meu lado me fortalecendo, sendo o meu braço direito, esquerdo, as pernas, a cabeça, tudo- fala e da uma risadinha- te juro, sem tu eu tava perdidão viu nega?!- fala e eu apenas continuo olhando para ele Eu: eu te amo para caralho- falo e ele abaixa o rosto me dando um beijo Metralha: também te amo para caralho- fala e faz um carinho no meu rosto- casa comigo?- pergunta e eu dou risada Eu: nós dois já somos casados- falo e ele da de ombros Metralha: foda-se, casa comigo de novo, mas agora fora dessa favela, vamos casa na praia, sei lá, casa comigo de novo?- pergunta e eu sento em cima dele Eu: caso!- falo e ele me puxa para baixo e me dá um beijo que papai do céu viu?! Metralha: tu me transformou num tremendo babão viu?!- fala e eu dou risada Eu: transformei ninguém não, tu sempre foi assim paixão, lembra o nosso primeiro encontro? Tu foi todo românticozinho pô- falo e ele da risada Metralha: foi assim que eu conquistei a dama- fala e eu confirmo com a cabeça Eu: como nos contos, o vagabundo roubou o coração da dama- falo e ele da risada Metralha: agora saindo desses papos românticozinhos, tu tá uma puta de uma gostosa viu?! Desde que a Joice pegou o Victor que a gente não fode- fala e eu dou risada Eu: eu ainda estou de resguardo- falo e ele faz careta Metralha: porra amor, mais de um mês já e tu me joga esse papo de resguardo- fala e eu confirmo com a cabeça Eu: amanhã antes de ir para a boca eu vou passar na minha ginecologista, se ela liberar a gente brinca um pouquinho- falo e ele da risada Metralha: a gente brinca um pouquinho?- pergunta e eu confirmo com a cabeça- que brincar um pouquinho o que mulher, eu vou te foder até tu ficar sem andar e se vacilar eu coloco é outro pivete dentro de tu- fala e eu dou risada Eu: a parte de foder até não conseguir andar eu aceito, agora a parte do pivete eu passo por enquanto- falo ainda dando risada Metralha: tu passa por enquanto? Então quer dizer que tu pensa em ter outro pivete?- pergunta e eu confirmo com a cabeça Eu: três é o meu número da sorte bebê- falo e ele da risada.
