Uma vida... Uma pessoa... Uma garota.
Letícia Montenegro é uma garota de 17 anos, cuida do tio que tem problemas com drogas, trabalha dia e noite para conseguir pagar a dívida milionária do tio, mas... Nem todo o seu esforço é capaz de impedir que...
Saio do banheiro enrolada na toalha vendo a Vale dormindo na minha cama enquanto o Metralha pega já última mala no quarto levando para o carro.
Metralha: te apressa mulher, temos o tempo todo mundo não- fala e eu reviro os olhos indo direto para o closet Eu: tá meu bem, tá- falo entrando no closet sem a menor paciência para ele.
Cinco e quarenta e cinco da manhã, o Metralha está um cu para fugir logo, já arrumei a minha princesa e deixei ela dormindo tadinha, ninguém merece acordar a essa hora para fugir de casa não. Visto um conjunto da Calvin Klein preto de veludo, um short jeans escuro rasgadinho e um chinelo preto da Nike.
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Passo perfume, desodorante e coloco o celular no bolso traseiro do short junto com a carteira, olho o closet todinho e nego com a cabeça saindo do mesmo. O Metralha ontem mandou tudo que ligue essa casa a gente para a casa dos pais dele, porta retratos, essas coisas, sabe?! Enfim... Pego a minha princesa no colo com cuidado para não acordar ela e desço com ela vendo o Metralha pegando as duas mochilas no sofá.
Metralha: bota ela no carro- fala todo apressado e eu reviro os olhos já me estressando com esse homem.
Coloco a Vale sentada no carro e coloco o cinto de segurança nela, deixo as mochilas também atrás e sento no meu lugar já colocando o cinto de segurança.
Metralha: que cara de cu é essa?- pergunta entrando no carro e eu reviro os olhos Eu: tu né Metralha?! Já acorda estressando os outros, oxe, nunca vi- falo e ele da uma risadinha Metralha: ata, agora a bonita vai achar ruim que eu quero deixar você e a Valentina em segurança o mais rápido possível- fala irônico e eu reviro os olhos olhando o anel que está em meu dedo Eu: eu não vou discutir com você, namoral mesmo, eu não vou perder a minha paciência contigo- falo e ele só me ignora. Metralha: tu tem que entender que eu só vou relaxar quando vocês duas, meus pais e os teus pais ficarem seguros- fala e eu olho para ele atenta Eu: achei que só a gente tivesse fugindo- falo e ele nega com a cabeça Metralha: meus pais já estão lá com os teus- fala e eu confirmo com a cabeça- os meninos já saíram também Eu: estamos indo para onde?- pergunto quando saímos do morro Metralha: eu tenho uns bagulhos para resolver em São Paulo, depois a gente mete o pé Guarujá encontrar com o povo lá- fala e eu confirmo com a cabeça Eu: você que sabe- falo e ele confirma com a cabeça.
Fico calada só observando a aliança que ele enfiou na minha mão ontem, agora pronto, se não é oito é oitenta, minha vida não tem um meio termo, antes estava morando com o noivado do meu tio, sendo agredida de todas as formas possíveis diariamente, depois estou "namorando/casada" com um traficante, criando uma menina de três anos super esperta e carinhosa, a Valentina é realmente a minha filha e que se foda, não nasceu de mim mas se precisar eu morro por essa garota. Eu nunca imaginei um dia que estar com a minha família de novo, porra, eu tô fugindo de uma guerra na favela porquê agora eu tenho pessoas que realmente se importam com a minha segurança, eu sei que essa família que eu tenho é toda errada, porra, eu também estou nessa vida doida, mas essa é a nossa vida, é o que tem para hoje.
Metralha: gostou do anel mesmo- fala me olhando por alguns segundos enquanto sorri Eu: é bonitinho- falo me fazendo, dessa vez o Metralha arrasou, as nossas alianças, se assim eu posso chamar, são coroas de prata, achei muito bonitinho.
(Aliança Letícia)
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(Aliança Metralha)
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Metralha: bonitinho? Paguei um rim nessa porra para tu achar bonitinho? Tomar no cu viu Letícia?! Tomar no cu- fala e eu dou risada Eu: idiota- falo e ele da risada.
[...]
Desço do carro e abro a porta de trás para a minha pequena também descer do carro, fecho a porta do carro e o Metralha pega a Vale no colo travando o carro com o controle da chave mesmo.
Vale: papai tô com fome- fala esfregando o buchinho me fazendo dar risada com o Metralha Eu: a gente já tá indo comer criaturinha de Deus- falo enquanto entramos na lanchonete Metralha: só acorda para comer meu pai amado, vê se eu posso com isso- fala e eu dou risada.
Fomos fazer o nosso pedido no balcão e sentamos numa mesa para esperar, duas horas de viagem já e a Valentina só acordou para usar o banheiro e para fazer manha, vê se eu posso Jesus kkk.
Vale: papai apressa o homem, eu tô com fome- fala e eu dou risada da cara do Metralha Eu: é papai, apressa o homem- falo e ele já dá uma risadinha com uma cara de safado que misericórdia Metralha: nem vou te falar nada Letícia, vou até ficar quieto- fala com aquele sorrisinho safado me fazendo dar risada e o homem chega com o nosso café da manhã.
Comemos bem de boa, conversando, rindo das palhaçadas da Valentina e do Metralha, esses dois sei não viu?! Um pior que o outro kkk.
Eu: toma- falo tirando vinte reais da carteira entregando para o Metralha Metralha: para que?- pergunta confuso Eu: pagar a conta meu bem- falo e ele nega com a cabeça Metralha: ata, agora posso nem pagar o café da manhã das bonitas, tu hoje tá que tá viu Letícia?! Não é ave Maria mas tá cheia das graças tu- fala e eu dou risada guardando o dinheiro de volta Eu: tu quer pagar então pague, oxe, bom que eu guardo o meu dinheiro para mim- falo e ele da risada Vale: mamãe, a gente vai demorar para chegar?- pergunta e eu confirmo com a cabeça Eu: quanto tempo falta?- pergunto para o Metralha enquanto ele da o dinheiro para o dono da lanchonete Metralha Metralha: uma quatro horas e pouco- fala e eu faço careta com a Vale Eu: relaxa que dorme a viagem toda, acorda só para comer e usar o banheiro, nunca vi- falo pegando a Vale no colo que dá risada.