116°

828 58 4
                                    

Metralha: não precisava se estressar, já estou acostumado- fala quando eu sento do lado dele e ele me entrega a mangueira
Eu: o fato é que você não deveria estar acostumado com isso vida- falo e ele nega com a cabeça
Carol: ela está certa Felipe, você não tem que se acostumar com isso não, aonde já se viu ela te tratar assim? Ainda mais te culpar por algo que você não tem culpa nenhuma- fala e ele da de ombros
Jonas: tá certo Felipe, as crianças iam crescer vendo a Fernanda culpando você pela morte da tia deles- fala e du confirmo com a cabeça- ainda mais a Valentina que é filha da sua irmã- fala e o meu marido confirma com a cabeça
Metralha: a minha bonequinha foi a única coisa boa que toda aquela tragédia me trouxe- fala olhando uma foto nossa com a Valentina no nosso casamento que eu pendurei na nossa parede
Pesadelo: o fardo dessa culpa não é teu não irmão, fica com o coração em paz pô- fala e o meu marido confirma com a cabeça
Metralha: valeu irmão- fala e passa as costas dos dedos no meu rosto em forma de carinho enquanto me olha todo fofo mesmo
Jonas: estou com vontade de tomar um whisky, aonde tem para comprar agora?- pergunta levantando
Eu: tem na adega aqui de casa pai- falo e ele nega com a cabeça
Jonas: eu quero outro- fala e o Metralha levanta
Metralha: já entendi, bora lá sogro- fala e sai andando para fora de casa com o meu pai
Carol: última vez que teu pai falou que queria falar com o Metralha acabou em casamento para vocês dois- fala e eu dou risada
Eu: o que pode acontecer agora? Casada eu já estou, com os meus filhos eu já estou, falta mais nada não- falo e ela da risada da minha cara
Magrim: na moral? Vamos de praia amanhã? Tem nada para fazer, domingou- fala e eu dou de ombros passando a mangueira para o Pesadelo se tocar que ele que vai montar o próximo Rosh
Eu: bora, já estava querendo levar o Victor para conhecer a praia mesmo- falo e geral concorda.

[...]

Eu: o que o meu pai queria com você?- pergunto e enquanto ele monta o Rosh
Metralha: só me falar para cuidar bem de você e dizer que ele apoia nós dois juntos- fala e eu dou risada
Eu: interessante- falo e ele da risada- amanhã a gente vai levar as crianças para a praia- falo e ele confirma com a cabeça
Metralha: sim senhora- fala e eu dou risada da cara dele e ele me olha sorrindo- a sua boca tá suja amor- fala dando uma risadinha e eu limpo o canto da minha boca
Eu: limpou?- pergunto e ele confirma com a cabeça
Metralha: vamos jantar fora amanhã? A gente deixa as crianças com os seus pais e tira um vale noite?- pergunta e eu confirmo com a cabeça indo até que até deixa o Rosh de lado para me abraçar
Eu: a primeira noite dos papais sem os filhos?- pergunto o abraçando pelo pescoço e ele confirma com a cabeça
Metralha: acho que merecemos uma folguinha- fala e eu confirmo com a cabeça
Eu: eu tenho certeza que nós dois merecemos uma folguinha- falo e ele me da um beijo delicioso.

  Eu já falei que eu amo os beijos desse homem? O jeito que ele me beija, o jeito que as mãos dele correm pelo meu corpo, o jeito que ele prensa o meu corpo no dele e me domina até o beijo, pai amado, me segura que eu vou derreter aqui, não é brincadeira, aí papai do céu, me segura que eu me derreto aqui nos braços do meu marido! Multiplica senhor.

Metralha: tu se derrete todinha- fala tirando onda com a minha cara
Eu: tu que me faz perder a postura todinha- falo e ele da risada da minha cara.

[...]

Eu: mamãe tá aqui amor, mamãe tá aqui- falo com o Victor no colo que não dorme por nada.

  Todo mundo já foi embora, a casa já está organizada novamente, eu e o marido já estamos tomados banho, estávamos na cama prontos para dormir quando o Victor acordou chorando e eu vim ver o que era.
Não é fome, não é fralda suja, não sei o que é, deve ser cólica ou alguma coisa do tipo.

Eu: dorme mamãe- falo quase chorando com ele
Metralha: linda, vai descansar que hoje tu não parou, deixa que eu fico com ele- fala entrando no quarto e pega o Victor do meu colo
Eu: obrigada vida- falo e lhe dou um selinho.

  Vou para o meu quarto lindíssima, me jogo na minha cama, me cubro e rapidinho eu apago toda enrolada na minha cama.

Felipe Gama

Eu: o que você tem papai?- pergunto arrumando o Victor no colo enquanto sento na cadeira de amamentação da Letícia

  Fico um bom tempo com o Victor até ele dormir, quando ele dormiu eu ainda fiquei mais um tempo para ter certeza que ele não não ia acordar e fui para o meu quarto vendo a melhor cena que eu poderia ver, a minha mulher dormindo parecendo um anjinho enquanto a lua ilumina o rosto dela.
  A Letícia me faz perder a postura todinha, eu sou doido nessa mulher, se ela mandar eu me jogar da ponte eu me jogo, e nem é brincadeira, me jogo mesmo, essa mulher é a minha tentação, é o meu pecado e ao mesmo tempo é a minha melhor parte.
  A minha mulher com toda a certeza desse mundo é o meu glorioso pecado, o meu pecado mais bonito e que eu mais me orgulho de ter, ela é o meu ponto de paz, o meu equilíbrio, ela o motivo de eu ser um novo homem.
  Quando eu estou revoltado com o mundo é o abraço dela que me acalma, quando tenho pesadelos com a minha irmã é ela que me conforta, quando estou triste é ela que anima, quando estou feliz é com ela que eu divido a minha felicidade e quando eu consigo alguma vitória ela é quem está me aplaudindo de pé, com certeza eu me apaixonei pela certa, eu não tenho nenhuma dúvida que ela é o amor da minha vida, a tal da minha alma gêmea.

Meu Glorioso PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora