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Lê: o que é isso mamãe?- pergunta vendo a Nagini no "aquário" dela
Eu: um filhote de cobra meu amor- falo e o Metralha entra em casa com o Magrim
Metralha: tira essa porra de perto da minha filha- fala e vem correndo pegando a Valentina no colo a levando para longe da Nagini- deixa esse teu bicho longe da minha cria se não eu mato ele porra- fala de cara feia e sai de casa com a menina no colo
Magrim: quando o Metralha falou que tu tava com uma cobra de estimação eu achei que era zoeira, serião mermo, sem caô nenhum- fala e eu dou risada
Eu: uma gibóia meu bem- falo pegando ela na mão
Magrim: tu é doida, na moral mermo, papo reto para tu, tu é maluca guria- fala e sai de casa me fazendo dar risada
Eu: seu tio é maluco meu bem- falo olhando a Nagini rastejando por entre os meus dedos.

[...]

Eu: cadê a Lê?- pergunto me referindo a Valentina entrando na sala do Metralha
Metralha: minha cria tá com a minha véia- fala focado nos afazeres dele
Eu: tô indo nessa, vou descer para a pista, vê o Pesadelo e depois vou piar lá na Mangueira- falo e o Metralha me olha com uma sobrancelha erguida
Metralha: tá virando malandra agora porra? Vai fazer o que na Mangueira? Ainda mais vestida assim- fala me olhando dos pés a cabeça.

Estou vestindo um body da Oakley branco, um short jeans claro, uma corta vento preta e um tênis da Oakley branco mais puxado para o bege.

Estou vestindo um body da Oakley branco, um short jeans claro, uma corta vento preta e um tênis da Oakley branco mais puxado para o bege

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Eu: vou na Mangueira fazer aquele bagulho lá- falo e ele me olha atento- não te interessa o nome- falo e ele levanta vindo na minha direção numa velocidade, ele me joga contra a porta e já aperta meu pescoço puto da vidaMetralha: tu não tá falando...

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Eu: vou na Mangueira fazer aquele bagulho lá- falo e ele me olha atento- não te interessa o nome- falo e ele levanta vindo na minha direção numa velocidade, ele me joga contra a porta e já aperta meu pescoço puto da vida
Metralha: tu não tá falando com os teus parças não caraio- fala e eu só dou um sorrisinho sapeca, ele desce o o olhar para a minha boca e eu mordo o meu lábio inferior só para provocar mesmo- filha da puta- fala e já me puxa para um beijo que misericórdia, esqueci até como se anda jovem, pai amado.

Que beijo, que pegada, que homem Brasil, me segura que eu me derreto todinha aqui kkkkk.

[...]

Eu: bora ir acordando meu bem- falo passando a mão pelo cabelo do Pesadelo- já passou da hora de levantar daí e vim me encher a paciência com aquelas duas pestes, tu não acha não? Bora Lu levanta porra, eu preciso de você velho, eu preciso de você Lucas- falo alisando o seu rosto e alguém força um toce, me recupero e olho para trás vendo o médico me encarando com dó
Médico: posso conversar com você?- pergunta e eu confirmo com a cabeça o acompanhando até o corredor aonde uma equipe nos esperava
Eu: o que foi?- pergunto séria cruzando os braços na altura do peito
Médico: faz um tempo que o seu irmão não responde mais ao tratamento, já voltou a ser intubado e existem outros pacientes precisando desse quarto, seu irmão não tem mais salvação- fala e eu nego com a cabeça nervosa- precisamos que você assine esses papéis para desligarmos os aparelhos dele- fala e eu nego com a cabeça já pegando o meu maço de cigarros no bolso
Eu: não- falo com as mãos tremendo
Médico: seu irmão não tem mais esperança, já está na hora de você deixar ele ir- fala e eu nego com a cabeça já sentindo as lágrimas querendo vir- o seu irmão já está morto, só você que não quer perceber isso- fala e eu nego com a cabeça
Eu: NÃO PORRA, EU TO FALANDO QUE NINGUÉM VAI DESLIGAR ESSA MERDA, MEU IRMÃO VAI SAIR DESSA PORRA ANDANDO, VOCÊS VÃO VER DESGRAÇA, MEU IRMÃO NÃO VAI MORRER, PELO MENOS NÃO AGORA- grito sem a menor paciência indo para cima do médico- papo reto aqui pro cê, se o meu irmão morrer na porra desse hospital, eu vou cobrar cada um de vocês, se eu fosse vocês eu tratava de começar a fazer o Lucas acordar- falo e saio andando colocando o meu cigarro na boca e soco o maço no bolso do short já pegando o isqueiro.

Saio da porra do hospital e monto na moto já acendendo o meu cigarro, e passo a minha mão livre pelo meu cabelo. Eu não acabei de encontrar o meu irmão para perder ele assim não, eu me recuso perder o Lucas assim, me recuso, tem tanta coisa acontecendo de uma vez na minha vida e eu estou perdida no meio de toda essa confusão, oh pai amado.
Jogo o meu cigarro no chão e saio acelerada para casa, sem pique para ir na Mangueira hoje, JP que me desculpe, deixo a moto na garagem e entro prendendo o meu cabelo num coque bagunçado vendo o Metralha com os meus pais e o Magrim na sala, lá vem meu pai amado.

Eu: boa noite família- falo jogando a chave da moto na mesinha de centro da sala
Metralha: nós tava te esperando- fala e eu dou de ombros tirando a corta vento
Eu: mandei o papo para tu que ia na Mangueira e acabei nem indo- falo deixando blusa de frio de lado
Magrim: pode ir falando- fala me olhando sério
Eu: qual o b.ó da vez?- pergunto me jogando na poltrona
Metralha: o b.ó é que tu não tem juízo e tá tirando o meu também porra- fala e eu reviro os olhos
Jonas: tu não é a mesma Letícia, tá com tatuagem, pircing, tem uma cobra de estimação, geral dessa porra tá com medo de tu agora, virou bandida, tá toda malandrona ai- fala e eu dou de ombros
Eu: as pessoas mudam- falo dando de ombros
Carolina: a gente tava conversando e eu junto com o seu e o Pedro decidimos desligar os aparelhos do Lucas- fala e eu pisco várias vezes em choque, o meu peito está subindo e descendo com a minha respiração ofegante, o choro entalado na garganta, os meus olhos se enchem de água, minhas mãos começam a tremer e eu já começo a tatear o bolso do meu short atrás do meu maço de cigarro e só acho o meu isqueiro. Não, não, não, não, não.
Metralha: é o que?- pergunta quase gritando levantando com tudo do sofá e eu levanto da poltrona correndo para a área da piscina, pego um dos baseados do Metralha e coloco na boca tentando acender o mesmo e nada do isqueiro pegar.

A discussão já está rolando solta lá dentro e eu cada vez mais sem ar, minhas mãos não param de tremer, minhas pernas estão sem forças, é como se as paredes do meu mundo estivessem desmoronando e o meu chão sumindo dos meus pés, eu preciso de algo para me distrair.

Eu: pega porra- falo desesperada e perco completamente as forças das pernas caindo no chão- PEGA PORRA- grito desesperada já com as lágrimas rolando pelo o meu rosto, a discussão lá dentro para e logo braços me rodeiam no chão, o perfume do Metralha invade o ambiente e eu apenas escondo o meu rosto no seu peito chorando desesperada enquanto ele tenta me acalmar.

Eu não posso perder o meu irmão, eu não posso perder o Lucas, eu não posso perder ele.
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Hey babys, gostando do capítulo? Espero que sim! Não esqueçam de votar, comentar o que estão achando da história e até segunda-feira.

Meu Glorioso PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora