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[...]

Eu: EU NÃO SOU UM OBJETO QUE VOCÊ VAI NO SHOPPING E COMPRA FELIPE, EU SOU UMA PESSOA, EU TAMBÉM TENHO SENTIMENTOS PORRA, EU TAMBÉM MEREÇO SER FELIZ CARALHO- grito e ele fica vermelhinho, vermelhinho
Metralha: EU SEI PORRA, EU SEI MAS EU NÃO TAMBÉM NÃO POSSO DEIXAR QUE VOCÊ PASSE A SUA VIDA ASSIM CARALHO- grita e faz uma pausa- VAI EMBORA DAQUI LETÍCIA, VAI ATRÁS DOS SEUS IRMÃOS, DOS TEUS PAIS, SEI LÁ, SÓ VAI PARA LONGE DE MIM PELO AMOR DE DEUS- grita e eu nego com a cabeça- por favor Letícia, vai embora, eu não te quero mais, entende isso Letícia, para de implorar o amor dos outros, para de se humilhar que já está feio pô.
Eu: vai tomar no teu cu Felipe, mas bem lá no meio mesmo, eu tô indo embora, mas eu vou está assistindo de camarote tu afundando e as tuas putas te abandonando, porquê quando isso acontecer, tu vai ver que nenhuma dessas gurias que tu pega na rua fazem nem um terço do que eu fiz por você, nenhuma dessas gurias da rua perdoam o que eu perdoei- falo e...

[...]

Acordo do nada no meu quarto e olho para a porta vendo o Metralha me observando, misericórdia, me encolho na cama e ele continua me olhando, alí, parado, apenas me observando atento e calado, como se estivesse em uma espécie de tranze, ele é doido só pode, algum psicólogo aqui por favor, estamos precisando!

Eu: pelo amor de Deus, o que você tá fazendo aqui?- pergunto e ele parece despertar do tranze, ele olha para os lados confuso e sai batendo a porta.

Bipolaridade aqui tá tendo viu?! Deu me livre viu?! Deus é pai!

[...]

Acordo com o sol na minha cara, vou até o banheiro e escovo os dentes, tomo um banho rápido e saio enrolada na toalha, vou pro guarda roupa e visto uma lingerie qualquer, um short de malha e uma regata preta, calço o chinelo, passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo num coque bagunçado, guardo a minha toalha no banheiro e volto pro quarto arrumando a cama, saio do meu quarto vendo o Metralha no meio do corredor só de bermuda e a camiseta jogada no ombro, o radinho na mão junto com o celular, e papai do céu, me segura que eu estou derretendo completamente aqui! Que homem senhor, que homem.

Metralha: tô indo na boca, se tentar fugir te tranco nesse quarto sem água e sem comida- fala e desce serinho, enquanto eu fico plenissima encarando ele rebolando aquela bunda redondinha enquanto anda.

Idai que ele me "comprou", ainda sei apreciar belas nádegas masculinas ok? Ok! Obrigada!
Desço as escadas quando ele sai pela porta e vou andando até onde eu acho que deve ser uma cozinha, entro no cômodo da casa e já vou abrindo geladeira, armários e nada de comida para tomar café, saio até a cozinha e abro a porta vendo dois vapores que já se apressaram em tampar a minha passagem.

Vapor 1: patrão mandou não te deixar sair- fala e eu dou de ombros
Eu: foda-se, eu quero cinco reais de pão, dez de presunto, quinze de mussarela e uma maionese, pode pegar dá mais cara por favor, quer também um pacote de café, filtro de papel e o negócio lá para colocar o filtro e coar o café, vou querer também bolo de chocolate, bolo de milho e bolo fubá- falo e ele confirma com a cabeça saindo

Entro em casa novamente, vou até a cozinha e arrumo tudo por lá enquanto o valor não chega, já coloco uma água para ferver e começo a lavar a enorme louça que o Metralha acumulou, coisa que para a minha surpresa foi bem rapidinho de lavar, logo o vapor entra na cozinha cheio de sacolas e eu agradeço pegando todas as colocando na ilha da cozinha, ele sai e eu começo a preparar um café bem gostosinho, amargo e forte do jeitinho que eu adoro, preparo dois pães para mim e corto um pedaço de bolo de chocolate o comendo enquanto termino de preparar o café, o Metralha aparece puto na cozinha com os meninos atrás dele.

Metralha: tenho cara de banco caralho?- pergunta e eu olho para ele enquanto o café termina de coar
Eu: você que falou que qualquer coisa que eu precisasse era só pedir pros vapores- falo me defendendo e ele me olha serinho
Metralha: qualquer coisa que custe menos de dez reais, essa brincadeirinha aqui foi cinquenta reais- fala e eu dou de ombros
Eu: não tá saindo do meu bolso mesmo- falo e ele ia vindo para cima de mim mas os meninos entraram no meio
Pesadelo: da para vocês dois pararem? Estão parecendo duas crianças brigando desse jeito- fala e empurra o Metralha para longe de mim
Magrim: bora trabalhar logo bora, vamos que jajá tu mata a menina de tanto descer o cacete nela- fala e sai andando e empurrando o Metralha.

Eu continuo plenissima na cozinha fazendo o meu café e comendo, quando eu termino de fazer o café apenas coloco um pouco num copo americano para mim e me sento para tomar o meu café da manhã, como na santa paz divina, lavo a louça, guardo tudo que eu não comi nos armários e na geladeira para quando o doido lá voltar ter pão para ele comer... Mentira, é porquê eu não aguento comer tudo mesmo.
Vou para a sala e me jogo no sofá ligando a TV, vejo que ele deixou a Netflix logada e coloco uma série qualquer para assistir, fico assistindo que perdi a noção do tempo, quando eu dou por mim o Metralha está entrando dentro de casa serinho, ele me ignora e sobe as escadas pisando duro, vai besta, tomar que os pontos estourem também, só de raiva mesmo... Depois de alguns minutos ele desce só com uma samba canção preta e com a maleta de primeiros socorros na mão.

Metralha: troca os curativos aí- fala serinho e eu começo pelo da perna, tiro todo o curativo e vejo que a perna dele está com alguns pontos estourados e inflamados
Eu: você tem que fazer repouso- falo limpando o ferimento e ele faz uma careta de dor- não sei como você está conseguindo andar com a perna desse jeito
Metralha: você não sabe de muitas coisas.

Meu Glorioso PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora