Capítulo 3

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Lucero não demorou a chegar à balada de sempre e entrou, já desviando das pessoas e indo até a mesa onde costumava ficar com seus amigos, encontrando Christian, os amigos do trabalho e Manuel. O homem a olhou de cima a baixo, fazendo com que ela sorrisse provocante se aproximando. Era incrível como por mais que eles se conhecessem e ficassem há anos, o joguinho de sedução sempre se fazia presente como se fosse o primeiro dia.

− Boa noite. – Lucero deu um selinho em Manuel e cumprimentou os outros com um abraço.

− Você demorou. – Christian falou.

− Como foi lá? – Manuel perguntou.

− Como é toda festa de criança com o agravante de uma tia chata me cobrando para que eu siga as regras sociais. – Lucero suspirou. – O que estão bebendo?

− Tequila. Quer que eu prepare para você? – Christian perguntou.

− Por favor, nada como uma bebida forte para tragar tudo que ouvi essa noite. – Lucero fez careta.

− E depois eu vou fazer você se esquecer de tudo de um jeito que só eu sei. – Manuel sussurrou no ouvido de Lucero.

Lucero sorriu, se arrepiando. Sempre que Manuel vinha com promessas de levá-la ao céu, ele cumpria de forma muito bem feita. Ela tomou a dose de tequila que Christian preparou de uma vez, fazendo careta ao terminar.

− Vamos dançar, vem. – Manuel pegou Lucero pela mão e a arrastou para a pista de dança.

A música começava lenta e ia ficando agitada. Era exatamente os estilos que Lucero e Manuel gostavam para dançarem, representando o furacão que era o quase relacionamento deles, ora calmo, mas quase sempre pegando fogo.

Leia escutando:


Lucero e Manuel dançavam colados sem tirarem os olhares um do outro. A mulher arranhou a nuca dele com as unhas e uniu seus lábios em um beijo quente. Enquanto o beijava, Lucero se colocou entre as pernas dele e roçou suas intimidades, fazendo com que Manuel a virasse de costas, descendo as mãos pela sua cintura e mordendo sua orelha.

Tudo bem

Se é pra você me usar, o que é que tem?

Tanto faz se você não me ama

Posso não ser o amor da sua vida

Mas eu sou o amor da sua cama

Manuel cantou no ouvido de Lucero que sorriu e se virou para ele novamente, o abraçando pelo pescoço e iniciando outro beijo. Ela não era do tipo de ter algum amor da vida, mas tinha certeza de que se tivesse, Manuel seria o candidato ideal, pois eles se entendiam como ninguém em todos os âmbitos, sejam sexuais ou em simples assuntos normais. Manuel fazia carinho nas costas dela até o beijo acabar e eles dançaram e se beijaram por algumas horas. Era sempre assim, eles saíam com amigos, mas se perdiam entre as pessoas em um mundo só deles, o qual terminava em uma cama de motel ou no apartamento de um dos dois. Horas depois, já tendo tomado várias doses de tequila, Lucero e Manuel decidiram ir embora e saíram cambaleando, abraçados de lado. Apesar do homem ser bem mais responsável que ela, nisso ele era igual, terminava bebendo além da conta e dirigia bêbado com ela do lado lhe fazendo carinhos quentes como uma demonstração do que viria a seguir, segundo ela. O casal chegou ao prédio e Manuel estacionou o carro de qualquer jeito na garagem, logo apertando o botão do elevador. Enquanto esperavam, o homem observou Lucero olhar para o teto, pensativa.

De Repente MãeOnde histórias criam vida. Descubra agora