Capítulo 10

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Lucero logo chegou à balada, mas não procurou ninguém conhecido. Ela estava cansada das mesmas pessoas que com certeza também estranhariam por ela não estar com Manuel. A mulher foi direto ao balcão e pediu uma dose de tequila, descendo a mesma em poucos segundos, pura e em um gole só. Somente após algumas doses, ela se virou para observar a festa, mas seu coração quase parou ao ver Manuel na mesa que sempre se sentava com ela, conversando com uma mulher que estava em pé ao seu lado, com os seios quase colados ao rosto dele. A boca da mulher se abriu levemente. Não era ele que até pouco tempo atrás estava jurando amor eterno a ela? Pelo visto esse amor não era tão forte, já que estava ali quase se agarrando com outra mulher. Mas também não eram esses os seus planos? Ela não tinha o menor direito de se sentir incomodada se ela mesma o rejeitou. Lucero não teve tempo de fazer nada, pois um homem moreno com a camisa toda aberta, mostrando um abdômen perfeito, se aproximou.

− Oi, linda. – o homem misterioso falou sedutor.

Lucero nem respondeu e subiu um pouco os pés para alcançar a boca do homem, iniciando um beijo quente. Se Manuel iria jogar, ele que se preparasse para perder. A loira sentiu a mão grande do homem subir e descer os toques em suas costas e inverter as posições, se encostando ao balcão, puxando Lucero pela cintura e fazendo com que ela sentisse sua intimidade entre as pernas. Ao ver a cena, Manuel arregalou os olhos. Por mais que ela estivesse de costas, ele reconhecia cada curva daquele corpo, além de ter visto a roupa com que ela saiu de casa. Lucero era mesmo impulsiva, foi só se afastar dele que agarrou o primeiro homem que viu pela frente. A mulher ao seu lado que ele nem fez questão de saber o nome, lhe perguntou alguma coisa, mexendo na gola da sua camisa.

− É, isso aí mesmo. Vamos dançar? – Manuel nem esperou resposta, simplesmente pegou a mão da mulher e a levou para perto do bar onde estava Lucero e o novo ficante.

Manuel segurou a mulher pela cintura e se pôs a dançar a música agitada que tocava. Lucero ainda não tinha o percebido por perto, pois ria das piadas picantes que o homem falava em seu ouvido e Manuel apostava um dedo da mão como ela já estava caindo de bêbada e se não ficasse de olho, ela faria algo que se arrependeria depois. O fato de tê-la mandado se esquecer dele e querer o mesmo em relação a ela, não afastava a sua preocupação e nem o seu amor. Lucero olhou para trás do seu ficante sem nome e encontrou Manuel dançando colado em uma mulher de cabelo castanho, vestido rosa e bunda grande. Ela cerrou os olhos, se ele estava tentando provocar ciúmes, estava conseguindo e ela se odiava por isso. Manuel lançou um sorrisinho debochado para ela que foi imediatamente devolvido e ela puxou o homem à sua frente para outro beijo bastante quente. Quando ela abriu os olhos para ver se Manuel estava olhando, ele estava mesmo era beijando a acompanhante e apertando sua bunda. Lucero se irritou tanto que acabou mordendo a língua do rapaz.

− Ai. – o rapaz reclamou com a mão na boca.

− Desculpa, acho que estou um pouco bêbada. – Lucero forçou um sorriso. – Vamos dançar. – ela se virou de costas e começou a rebolar no membro do homem.

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Lucero e Manuel não viram o momento em que tiraram os parceiros das suas frentes e ficaram cara a cara. A loira continuou dançando enquanto ele parou aos poucos apenas a observando se mexer lentamente ao mesmo tempo em que jogava seu cabelo para o lado e o olhava nos olhos. Lucero cambaleou para trás, percebendo a letra da música que tocava. Ela estava realmente se enganando há muito tempo, a mulher só se sentia bem ao lado de Manuel, até os seus defeitos se tornavam mínimos quando ele a exaltava por todas as qualidades que apenas ele via nela e se isso não era amor, com certeza era algo mais forte, se era que existia algum sentimento capaz de superar o amor. Antes que Manuel pudesse ajudá-la, o ficante misterioso a agarrou por trás.

De Repente MãeOnde histórias criam vida. Descubra agora