Assim que Lucero chegou ao prédio de Kelly com Vanessa, ela encontrou a assistente social a esperando e respirou aliviada, afinal se não fosse isso ou seu amigo porteiro, ela não poderia subir sozinha, já que sua entrada foi proibida. Mas a mulher estranhou ao ver a loira com outra menina que ela não fazia ideia de quem era.
− Bom dia. – Lucero cumprimentou.
− Bom dia. Quem é? – a assistente social apontou para Vanessa.
− Ah, sou a Vanessa, prazer. – Vanessa estendeu a mão para a assistente social que ainda estava confusa.
− Ela é coleguinha da Nina na escola, veio te contar algo muito importante também. – Lucero sorriu, acariciando o cabelo de Vanessa.
− Então vamos logo, eu não posso demorar. – a assistente social saiu e Lucero e Vanessa foram atrás.
Como Lucero imaginava, não era o seu colega porteiro que estava de plantão, por isso elas precisavam pedir permissão para subir.
− Perdão, mas a quem devo anunciar?
− Eu sou a assistente social da Vara da Infância e Juventude, estou trabalhando em um caso nesse prédio no apartamento da senhora Kelly Hogaza e preciso subir lá sem ser anunciada. – a assistente social mostrou seu crachá de trabalho.
− Eu compreendo, mas só a senhora vai poder subir, ela está proibida e a mocinha não está registrada entre os visitantes da dona Kelly, sinto muito. – o porteiro falou.
− Mas elas estão comigo e são peças fundamentais para o que eu vim fazer aqui hoje. – a assistente social agarrou a mão de Lucero.
− Mas eu recebo ordens, senhora, é o meu trabalho.
− Eu entendo e é o meu também. Eu posso conseguir uma ordem judicial para isso, mas adoraria evitar o desgaste para todos nós. – a assistente social sorriu irônica.
O porteiro fez careta, coçando a cabeça. Era uma autoridade falando com ele e Kelly teria que entendê-lo caso descobrisse tudo.
− Olha, eu vou deixar, mas tem que ser rápido.
− Obrigada. – Lucero sorriu aliviada.
A assistente social também agradeceu e caminhou com Lucero e Vanessa até o elevador, logo chegando à porta do apartamento de Kelly, o que fez a loira voltar a ficar nervosa.
− Nina? Meu amor, a titia chegou. – Lucero bateu na porta.
Nina, que andava nervosa de um lado para o outro, correu para a porta assim que ouviu a voz de Lucero.
− Tia, graças a Deus que você chegou. – Nina falou com a voz embargada.
− Você ainda está sozinha? – Lucero engoliu o seco.
− Sim, eu não sei onde ela foi. Eu quero sair daqui.
− Fica calma, hoje eu só saio daqui com você. – Lucero falou, passando a mão pela porta em busca de algo que pudesse abri-la.
− O que está acontecendo? – a assistente social perguntou de cenho franzido.
− Eu sei que você falou para eu não vir aqui, mas eu sou mãe, eu não ia aguentar ficar muito tempo longe dela. – Lucero falou com a voz embargada. – Então eu vim algumas vezes. Da primeira, eu consegui entrar, a Kelly não estava, mas chegou antes de eu me despedir e foi aí que houve essa proibição da minha presença nesse prédio, ainda que eu estivesse aceitando todas as condições dela, incluindo pagar uma boa quantia em dinheiro para manter a Nina no padrão de vida que ela está acostumada.
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De Repente Mãe
RomanceLucero era uma mulher independente, que vivia para o trabalho e nem pensava em se casar apesar da relação colorida que tinha com o seu vizinho do apartamento da frente, Manuel Mijares. Um dia, sua irmã Beatriz sofre um grave acidente de carro que ti...