DIAS DEPOIS
Tinha chegado o dia de injetar a droga no sangue de Nina e Vanessa pensou em mil possibilidades de faltar aula, mas ela sabia que não poderia ficar em casa para sempre e Kelly a obrigaria a fazer o que ela mandou na primeira oportunidade. Mais uma vez ela esperava o momento certo da colega sair da sala e isso aconteceu como sempre no horário do intervalo, onde estava lotado de gente. Em um rompante de coragem, Vanessa pegou a seringa já preparada do bolso e correu em direção a Nina, enfiando no braço dela antes que ela reagisse.
− Ai, o que você está... – Nina parou de falar aos poucos quando a agulha atravessou sua pele, engolindo o seco ao sentir uma pressão no peito.
Nina caiu no chão e aproveitando o alvoroço que se formou, Vanessa correu ainda levando a seringa. A notícia que a moça estava passando mal não demorou a chegar aos ouvidos da diretora e ela correu até lá, se assustando ao ver a moça se tremendo e salivando no chão.
− Meu Deus. Se afastem, deixem ela respirar! – a diretora gritou e se abaixou perto de Nina.
Todos deram espaço, ainda comentando assustados sobre o caso.
− Eu vou ligar para a emergência. – uma das alunas falou e se afastou já com o celular no ouvido.
Minutos depois, Nina já tinha parado de se tremer, mas permanecia desacordada quando os paramédicos chegaram e começaram a realizar os primeiros socorros.
− Alguém sabe o que aconteceu? – um dos paramédicos perguntou, checando o pulso de Nina e vendo que estava acelerado.
− Segundo o relato dos presentes, ela apenas caiu e começou a se tremer. Vai ficar tudo bem, não é? – a diretora perguntou sem tirar o olhar de Nina.
− Isso não temos como saber agora, senhora. Nós precisamos levá-la. – o paramédico levantou a maca com a ajuda dos outros. – Tem como ligar para os responsáveis nos encontrar no hospital?
− Claro. Eu vou acompanhá-la, ligo do caminho.
Todos saíram da escola e após instalarem Nina na ambulância, a diretora subiu junto, já discando para Lucero. Ela morria de pena da mulher, pois ela estava em reta final da gravidez e não teve um momento de paz com os sobrinhos.
~ ♥ ~
Lucero e Manuel aproveitaram o raro dia de folga que tiveram para comprar as poucas coisas que faltavam para Nicole e caminhavam pela lojinha de bebês, felizes só em pensar que em breve a filhinha deles estaria usando tudo aquilo que eles estavam escolhendo a dedo com um amor muito maior do que achavam que eram capazes de sentir. Foi quando o celular da mulher tocou e ela estranhou ao ver o número pessoal da diretora da escola das crianças chamando.
− Quem é? – Manuel perguntou confuso ao ver a cara de preocupação de Lucero.
− Da escola dos meninos. – Lucero respondeu rápido e atendeu.
INÍCIO DA LIGAÇÃO
− Alô?
− Lucero, onde você está?
− Estou com o Manuel comprando algumas coisinhas para a minha bebê que vai nascer. Aconteceu alguma coisa? – Lucero perguntou nervosa.
− Eu não sei como dizer isso, mas eu estou com a Nina no hospital.
Lucero agarrou o braço de Manuel que a olhou, assustado.
− Por quê? Pelo amor de Deus, me diz que a minha menina está bem. – Lucero falou com a voz embargada.
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De Repente Mãe
RomanceLucero era uma mulher independente, que vivia para o trabalho e nem pensava em se casar apesar da relação colorida que tinha com o seu vizinho do apartamento da frente, Manuel Mijares. Um dia, sua irmã Beatriz sofre um grave acidente de carro que ti...