XIV

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Capítulo 14- Memórias.

Londres, dia vinte e cinco de fevereiro , 20:48 da noite.
P.O.V Narradora.

Harry se sentia tão angustiado, aquela história sempre seria a mais difícil de se contar, e isso o deixava muito triste, poxa, OK que mortes não eram fáceis de superar, principalmente quando você perde pessoas muito queridas e próximas, mas o ômega se sentia tão fraco por não conseguir superar a morte de seus pais.

— Harry... — Sussurrou o loiro, que sentia sua consciência pesada, por ter feito o moreno contar essa história e ter que reviver essas sensações desagradáveis. — Me desculpa, eu não queria...

— 'Tá tudo bem... — Respondeu baixinho, abraçando seus próprios joelhos. — Não é a primeira vez que eu conto isso para alguém, mas... Ainda é meio difícil para mim. Mesmo que eu tenha tido todo o apoio na época, o apoio do meu padrinho e do meu tio e de meus amigos, eu ainda não superei... — Disse com a voz trêmula.

— Harry... Isso não é fácil de se superar, e está tudo bem, veja... Você conseguiu seguir em frente, e olhe onde você está agora, você foi muito forte! Não tenha dúvidas sobre isso. Eu acho que você está indo muito bem... — Consolou o menor, pegando uma de suas mãos e fazendo carinho na mesma.

— Ah Draco... Eu me sinto tão fraco, eu já devia ter superado! Toda vez que eu conto essa história para alguém, eu fico com vontade de chorar... — Disse com um bico em seus lábios.

— Ei... Está tudo bem, você não é fraco, isso foi algo traumático, e não tem problema chorar, deve ser difícil. — Falou calmamente, ainda acariciando a mãozinha do moreno. — Quer um abraço?

— Uhum, por favor. — Murmurou, já abrindo os braços e se inclinando na direção do loiro, que prontamente abriu seus braços também, deixando o ômega se aconchegar em si.

— Vai ficar tudo bem, OK? Você é forte. — Sussurrou, deixando um beijo na bochecha do moreno, lágrimas saíram dos olhos verdes. — Amor, não chore... Não gosto de te ver assim, agora está tudo bem. Você está indo bem, já superou bastante. — Limpou as lágrimas do rosto do menor com os polegares.

— Obrigado D-Draco, mas eu m-me sinto tão m-mal. — Um soluço saiu da boca de Potter. — Eu na-não consigo... — Disse rapidamente.

— Não consegue o que? — Perguntou, levemente confuso.

— E-eu não consigo r-respirar... — Ofegou, sentindo o ar faltar em seus pulmões.

— Céus! — Exclamou. — Meu Deus, o que eu faço!?

— Minha b-bombinha... Gaveta... Ba-banheiro. — Disse com dificuldade, e o loiro não tardou em correr para o banheiro, abrindo todas as gavetas que ficavam embaixo da pia. Assim que achou a bombinha do ômega, o alfa voltou correndo e a colocou na boca do menor,  apertando-a.

Depois de alguns minutos Harry conseguiu respirar normalmente novamente, agora ele estava com a cabeça deitada no colo do loiro, encarando o mesmo, enquanto recebia um cafuné nos fios negros.

— Você está melhor? — Perguntou, direcionando o olhar para as orbes verdes atrás da armação redonda de seu óculos.

— Uhum, obrigado...

— Não sabia que você tinha asma... — Disse, passando os dedos pelo rosto do ômega, desengano cada detalhe daquele ser humano perfeito.

— Ah... É bem raro eu ter que usar minha bombinha, faz um tempo desde a última vez que eu havia usado, não precisa se preocupar, só acontece quando eu estou em um nível extremamente alto de estresse. — Explicou, fechando os olhos para aproveitar melhor o carinho que lhe era feito.

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