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Capítulo 24- Sinto sua falta...

Londres, dia vinte e oito de março, 02:29 da manhã.

P.O.V Narradora.

Draco estava encostado em um beco, fumando seu cigarro, enquanto esperava Riddle sair do bordel. Malfoy estava cansado, não aguentava mais acompanhar Tom e seus capangas para tudo quanto é lugar, era uma forma de provar sua lealdade a eles. Porém era insuportável, segui-los como se fosse algum   tipo de " cachorro" acompanhante. O loiro sentia tanta falta de sua vida antes da missão. E sentia falta principalmente de um certo ômega. Ah, seu pequeno... Sentia falta de Pansy também.

Porém... Nossa! Como ele sentia falta de Harry, era o mesmo sentimento de antes de conhecê-lo. Malfoy se sentia exatamente assim, parecia faltar um pedaço seu, era tão... estranho? Queria tanto, mais tanto, poder dar uma última olhadinha nele, ver seus olhinhos verdes, seus cachos negros, sentir seu cheiro encantador, poder beijar seus lábios vermelhinhos e bonitos. Um abraço dele podia melhorar mil vezes seu dia, se ele tivesse apenas um desejo... Seria ter seu ômega a ter ao seu lado, estava sentindo tantas saudades.

— Ei, Moore. — Ouviu uma voz fria o chamando. — Vamos. — Ordenou Riddle.

— OK. — Respondeu seco, indo até o homem. — Se divertiu, senhor? — Questionou, querendo morrer por ter que chamar esse psicopata por um pronome de tratamento.

— Oh sim, claro. Uh, tinha um putinho tão delicioso lá, eu me aproveitei daquele corpinho. — Malfoy se segurou para não vomitar ali mesmo, querendo matar aquele desgramado, por todos os crimes que ele cometeu e por toda a sua crueldade.

Riddle começou a caminhar despreocupadamente pelas ruas, e o loiro o seguiu. Não sabia para onde estava indo, porém tinha o " dever" de segui-lo, talvez estivessem prestes a cometer algum outro crime, ou apenas ir para algum bar e encher a cara. Sinceramente, não sabia se após aquela missão ele conseguiria digerir alguma gota sequer de álcool, seu fígado estava implorando por um descanso. Ele não era obrigado a beber, mas não queria recusar as bebidas que lhe eram oferecidas.

— Moore, pode voltar para casa. Está dispensado, esteja na base amanhã às sete e meia da manhã. — Ordenou, não esperando a resposta e entrando em um tipo de comércio.

Draco suspirou, dando meia volta, e andando em direção a seu novo apartamento que era dividido com Blaise. Porém, ele parou de andar, e percebeu que não sabia onde estava.

" Puta que pariu... Além de ser de madrugada, eu estou completamente perdido! Ótimo! "

Pensou, olhando a rua, sendo somente iluminada pelos poucos postes, e o brilho natural da Lua. Bem, ele precisava se virar e chegar em casa, então continuou a andar em linha reta, tentando achar algum ponto de referência.

Andou por dez... vinte... trinta... quarenta... cinquenta minutos, e finalmente, achou um ponto de diferença. Mas, era um ponto que ele não esperava ver, a casa de Harry.

" Harry... Eu estou bem aqui em frente a casa dele. Meu pequeno anjinho, eu sinto tanta falta dele. Se eu pudesse apenas bater em sua porta e lhe dar um grande abraço, e um beijo, matar toda a saudade. "

Pensou, observando a casa do moreno, as luzes estavam apagadas e tudo estava no lugar. Malfoy observou o pequeno jardim em frente e notou que haviam vários tipos de flores plantadas, o loiro olhou para todos os lados e viu que estava sozinho, ele sorriu de lado, andando lentamente até uma roseira, pegando uma bela rosa, e andando até a frente da porta da frente, a deixando no chão, esperava que Potter soubesse que havia sido ele. Draco sorriu, imaginando a reação do menor ao ver a flor que ele havia deixado, logo girando os calcanhares e indo em direção a seu novo apartamento. Era incrível que sempre que algo era ligado ao seu ômega, ele sempre se achava, nunca se sentia perdido...

xxx

Ao chegar em casa, Draco suspirou cansado, se sentando no sofá, finalmente podendo baixar sua guarda e ser ele mesmo, sentindo-se aliviado.

— Moore? É você? — Blaise questionou - chamando o amigo pelo nome falso, caso não fosse ele ou se o loiro estivesse acompanhado. -  , indo até a sala em passos incertos.

— Oi Blas, sou eu sim. — Respondeu. — Porque está acordado? — Perguntou, observando o amigo ir até a sala, em seguida acendendo o abajur que se encontrava no rack.

— Estava pensando em uma estratégia. De como nós vamos capturar a gangue e quando, eu sei que ainda não temos cem por cento da confiança de Riddle, mas prefiro já planejar bem nosso plano, o que você acha? — Se sentou ao lado do alfa loiro.

— Acho que seja uma boa, porém, podem ter algumas circunstâncias que possam mudar os planos. Mas acho que é sempre bom ter uma primeira estratégia em mente, então, diz no que você está pensando.

— OK, precisa ser um flagrante, mas um flagrante bemmm feito! Algo que os joguem na prisão na hora, pode ser apreensão de substâncias ilícitas, assassinato, tráfico... Creio eu que nós apreendermos a gangue durante um tráfico de drogas, será excepcional. Davies me disse que todo mês eles levam vários tipos de entorpecentes como: Morfina, maconha, metanfetamina, crack, LSD e ópio. Eles traficam outras, mas essas são as que mais tem demanda e procura, estão em acensão. Então, eu pensei em aprendermos a gangue na hora em que eles estiverem carregando a mercadoria. David também me contou que todos da gangue são obrigados a  participar  desse processo, então não poderemos avisar a delegacia na hora, precisamos saber a data e a hora e local do carregamento. Assim avisando o pessoal antes, para eles estarem preparados e em seus postos, certo?

— Um bom plano, de fato. Eu concordo com ele, acho que seja uma boa ideia... — Sorriu de lado, sentindo uma alegria percorrer seu corpo, logo o mês terminaria e ele voltaria para casa! — Ah, e sobre o Cormac e o Cedric? Soube de algo sobre os dois?

— Draco... Eles estão mortos.

Flashback ON:

— Riddle senhor, estamos aqui com o delator, e esse policial junto. — Tom levantou os olhos, observando os dois homens a sua frente, que estavam algemados um no outro.

— S-senhor... Por favor, e-eu não tinha essa intenção... Eu-eu, matei o delegado Nott, eu o matei! E esse policial o-o Cedric, acabou entrando no escritório b-bem na hora então eu o ameacei... E o trouxe comigo... Sei que o senhor gosta d-de matar policiais.

— McLaggen... McLaggen... McLaggen. — Suspirou. — Você fez merda, muita merda, agora aqueles porcos tem pistas sobre nós, você pode ter arruinado tudo, por todos esses anos, ninguém nunca havia feito isso antes. — Encarou friamente o homem. — Meus parabéns! Agora eu terei dois policiais para matar! — Riu alto. — Não é todo dia que se vê isso, um policial corrupto, e seu refém puritano. Há! Hilário. — Se aproximou dos dois. — Bell, se retire, vamos! Depressa! — Ordenou para a ômega que ainda estava na sala, observando tudo, a mulher assentiu, se retirando de maneira rápida.

— Riddle senhor... Eu-

— Calado! — Gritou, dando um tapa forte no rosto de Cormac. — E quanto a você? Não vai abrir a porra da boca? — Diggory encarou Tom, tentando não quebrar o contato visual. — Me responda! Vamos!

— Não. — Rosnou.

— Não se faça de corajoso, seu merdinha. — Rosnou de volta, Riddle sacou sua pistola de sua cintura, apontando para Cedric. — Porco imundo... — Rosnou antes de puxar o gatilho.

Flashback OFF:

— Oh não... Cedric... — Sussurrou, se sentindo triste, Diggory era seu amigo... Eram parceiros.

— É Dray... Estou me sentindo bem angustiado, eu tinha esperanças que ele estivesse vivo. Vou sentir falta dele. — Respondeu tristemente. — Mas não se preocupe, vamos vingar a morte dele e de todos os inocentes que Riddle e sua gangue mataram.

— Espero Blas. — Murmurou. — Tem mais algo em mente?

— Por enquanto não. Porque?

— Preciso urgentemente dormir, me sinto muito cansado, preciso do meu merecido descanso. — Riu soprado.

— Tudo bem, estou sem sono, mas pode dormir tranquilo. Boa noite.

— Boa noite. — Disse, soltando um longo bocejo, em seguida se locomovendo até seu quarto, desejando sonhar com seu pequeno naquela noite.

Continua no próximo capítulo...

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