XXIII

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Capítulo 23- Apoie-se em nós!

Londres, dia vinte de março, 15:55 da tarde.
P.O.V Narradora.

Harry estava paralisado, como isso havia acontecido? Como?!

— Eu... Eu vou ser tio?! — Ron perguntou animado. — EU VOU SER TITIO! — Riu, sorrindo largamente. — EU VOU SER TIO! — Gritou, correndo até o andar de baixo.

O ômega saiu de sua paralisia, e correu até o andar de baixo, vendo o ruivo dar pulos de alegria, enquanto ainda segurava o teste.

— EU VOU SER TIO!

— RON! PARA DE BALANÇAR O TESTE, EU FIZ XIXI AI! — Potter alertou, correndo para pegar o teste da mão do alfa. Weasley continuou com sua alegria, enquanto o moreno encarava o teste perplexo.

" Três semanas... Três semanas... Foi quando eu e o Draco tivemos aquela transa maravilhosa... Mas, ele estava usando camisinha, não tinha como... A não ser que ela tenha estourado ou que tenha vazado um pouquinho... Eu não prestei atenção, mas só pode ter sido isso... "

Pensou, sentindo suas pernas ficarem bambas, em seguida tendo que se sentar no chão.

— Ah Harry! — Weasley sorriu, chegando perto do menor, mas ao perceber a expressão do mesmo, seu sorriso sumiu. — Ah, qual o problema? — Questionou se abaixando.

— E-eu... Eu não s-sei... — Gaguejou. — Liga 'p-pra Pansy e 'pra 'Mione, por f-favor. — Pediu, o ômega sentiu que poderia desmaiar a qualquer minuto. Seu cérebro estava uma bagunça, ele estava extremamente confuso, mal conseguia distinguir o que sentia. Era medo? Tristeza? Ansiedade? Felicidade? Talvez todos esses, o medo era por ele achar que não daria conta, a tristeza por Draco não estar ali, a ansiedade era pelo fato de ele estar grávido! E a felicidade... Por um lado, Harry sempre teve o sonho de ter filhos, porém... Nossa, seu sonho havia sido realizado muito rápido, ele não estava esperando. Mas a ideia de ter uma vidinha crescendo dentro de si é emocionante, sabe? Quando chegar a hora, pegar seu filhote no colo, ver seu rostinho, e depois criar ele e vê-lo crescer, e no final, pensar algo do tipo: É, eu sinto muito orgulho de ser seu pai... Eu faria tudo de novo, sem nenhum arrependimento. Era isso que Potter pensava.

— Elas estão a caminho. — Ron tirou o moreno de seus devaneios. — Hmm, o pai é o Draco?

— Uhum... — Murmurou, ainda encarando o teste.

— É... E como você está se sentindo?

— Eu não sei, estou tendo uma overdose de sentimentos... — Confessou, finalmente levantando o olhar para o amigo.

— Ei, eu estou aqui cara. E estarei aqui para sempre, OK? Pode contar comigo. — Sorriu, deixando um selar casto na testa do moreno.

— O-obrigado Ron... — Sussurrou. — Mas... Eu n-não sei o que e-eu faço. — Sentiu lágrimas saindo de seus olhos. — Eu acho que n-não vou conseguir... Eu não c-vou conseguir! — Choramingou.

— Claro que vai Harry. Você é um exemplo de pai que todos gostariam de ter... Você é esforçado, carinhoso, ensina bem, atencioso... Um pouquinho tapado... Mas faz parte. — Brincou, dando um sequinho no ombro do menor, arrancando um riso baixo do mesmo.

— Eu ainda tenho m-minhas dúvidas...

— Você vai conseguir, você é Harry Potter! Sério, você será um pai incrível. Mas... Se você não quiser ser pai agora, eu te dou todo meu apoio, o corpo é seu e você decide o que fazer com ele, certo?

— Uhum. — Murmurou, sentindo uma pontada de alívio, Ron era seu melhor amigo, e com razão. — Obrigado Ron. — Sorriu de maneira fraca. — É, pode ser que eu consiga... Mas, o Draco...

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