Amores Secretos (Romance Gay)

Capítulo 2 - Noite Fora De Casa

Mark e eu éramos muito amigos, porém, eu ainda era um pouco mais próximo de Violet do que do garoto, e confesso que nessa idade eu pensava em um dia namorá-la quando fôssemos maiores, tipo, eu era criança e não pensava muito nessas coisas de namorar e tal, mas eu gostava tanto dela e era tão bonita...

Era um domingo, Mark e eu estávamos sentados na cama do garoto, já Violet havia ido a um aniversário de uma amiguinha. Fazia muito calor, o ar condicionado estava ligado e mesmo assim, não tínhamos ânimo para fazer nada.

- London... - Falou o garoto. Dirigi meu olhar pra ele. - Hã... Você já beijou na boca?

- Quê? - Perguntei surpreso com a pergunta do mais velho.

- Perguntei se você já beijou alguém, já deu selinho?

- Hã... Não. - Falei. - Acho que ainda sou muito novo pra isso.

E não menti. Eu realmente não pensava e nem ligava pra essas coisas, para mim, beijo na boca era coisa de adulto, e eu achava que ainda era cedo para pensar nessas coisas.

- Legal! Ah, minha irmã também nunca beijou ninguém, é muito novinha pra essas coisas, e espero que continue assim. - Senti uma certa indireta em suas palavras.

- Hã... E você? Já beijou alguém?

- Não. Nunca. - Falou parecendo meio tristonho.

- O que houve? - Perguntei ao notar o triste olhar do meu amigo.

- Nada não. Hã... Tá com fome? Posso pedir pra Graça fazer algo pra gente comer. - O garoto falou ao se referir à sua secretária do lar.

- Ah, um pouquinho. - Respondi timidamente.

O mais velho se dirigiu até a cozinha e eu o segui. Logo avistei Graça tirar um delicioso bolo de chocolate do forno.

- Graça, estamos com fome. - Disse o meu amigo.

- Ah, pois então chegaram numa boa hora, eu acabei de fazer um bolo que está de lamber os beiços. Sentem, que eu já vou servi-los. Modéstia a parte, está delicioso. - Falou ao dar uma mordida em um pedaço para prová-lo. - Vou servi-los, aposto que vão pedir mais. - Riu de forma simpática.

Graça era uma das pessoas mais legais que eu conhecia, ela era simpática e divertida, sempre que estava com tempo livre, brincava com a gente, e ela cozinhava como ninguém, amava as panquecas de frango e os pudins de leite que ela fazia. A mulher devia beirar os 25 anos mais ou menos e estava na casa da família desde que Mark tinha um ano, ele dizia que a empregada era como se fosse sua segunda mãe, e ela se dava muito bem com as crianças, bom, e comigo também, pois eu adorava ela.

Mark e eu nos sentamos à mesa, e logo a mulher nos serviu duas fatias de bolo e nos deu para beber um copo de suco de laranja, estava tudo tão delicioso, nós dois repetimos de tão bom que estava.

Em seguida, Violet chegou da festinha, estava toda empolgada, começou a contar toda animada para Graça como havia sido tudo, falou das brincadeiras que fizeram, dos comes e bebes e comentou sobre as amiguinhas que também estavam na festa. Estava tão empolgada, que nem notou a minha presença.

- Pelo visto a festa estava legal. - Falei chamando a atenção da garota.

- London! - Sorriu ao me ver. - Desculpa, eu não te vi. - Abriu um enorme sorriso.

- Quer brincar?

- Claro. - Largou um saquinho de guloseimas que havia ganhado na festa em cima da mesa. - Podemos brincar de jogo da memória? Ganhei um novo ontem.

- Claro. - Falei animado.

Nisso, Mark saiu apressadamente da cozinha, parecia meio bravo.

- Mark, não quer brincar com a gente? - Perguntei. - Vai ser mais legal com três.