Eu estava na casa da minha namorada, que por sinal, já estava bem melhor, acho que em breve eu voltaria pra minha casa, para a alegria do Mark.
Nisso, o garoto entrou no quarto da irmã, e disse:
- Vai precisar de mim? A Paula está aqui, vamos fazer um trabalho juntos.
- Ah não. - Respondeu a garota. - Pode ir, tranquilo.
O garoto sorriu para a irmã e saiu do quarto.
- Quem é Paula? - Perguntei.
- É uma amiga do Mark, ela é apaixonada por ele, que finge que não sabe.
- Mas ele não gosta dela?
- Sei lá. Ele diz que não, mas acho impossível, ela é uma gata, parece aquelas modelos de capa de revista, tem a minha idade, mas tem bunda e muito peito, meu irmão seria louco se não gostasse dela.
- Hum... Legal!
(...)
Violet e eu nos dirigimos para ir até a cozinha para comermos algo, porém, ao passarmos pela sala, nos deparamos com Mark e a tal Paula aos beijos. Nós dois paramos de caminhar no mesmo instante. Eu não sabia o que pensar, mas era estranho, sei lá, eu nunca tinha visto ele beijando ninguém, e Violet nunca falava que ele estava namorando ou algo do tipo, e sei lá, eu meio que não esperava vê-lo beijando alguém, acho que era como se na minha cabeça o Mark ainda fosse BV.
- Era amiga, né? - Comentei.
Violet fingiu uma tosse, e os dois pararam de se comer e nos olharam meio sem jeito. Mark, quase sem me olhar, me apresentou a tal Paula, e caralho... Violet não havia mentido, a garota que não não me escute, mas de fato, Paula era muito linda, uma loura alta, de longos cabelos lisos e olhos mais azuis que o mar, e tinha um peito... parecia até silicone. Seria muito estranho, se Mark realmente não quisesse ficar com ela, e o que mais me surpreendeu, foi que, pelo pouco que nos falamos, dava pra ver que a garota não era dessas patricinhas mimadas e arrogantes, pelo contrário, ela era educada, gentil e parecia muito humilde, fiquei até com raiva por ter achado ela legal.
Paula foi embora pouco depois e ainda se despediu do Mark com um selinho, certamente deviam estar namorando, mas claro que não toquei no assunto.
- Bom London, como você pode ver, a Violet já está bem melhor, então, obrigada por ficar aqui mesmo sem ser convidado, mas você já pode ir embora.
- Você sempre tão educado. - Disse Violet.
Eu olhei pro garoto e depois para a minha namorada, e eu vi que de fato, ela já estava melhor, e talvez não precisasse tanto de mim por perto, sem falar que eu sabia que ela estaria em boas mãos.
- É, acho que vou mesmo. - Falei.
- Vai? - O garoto perguntou parecendo surpreso.
- Vou. - Respondi.
- Não liga pra ele. - Disse Violet.
E eu não ligava, mas achava que seria melhor assim, e sei lá, acho que estava querendo voltar pra casa, pra minha família, pra Fanny, que estava morrendo de saudade de mim, e eu dela.
E assim eu fiz. Violet não quis que eu fosse embora, falou que não era pra eu dar bola pro Mark e tal, mas eu sentia que já estava na hora de voltar pra casa, claro que o garoto ficou bem contente com isso, pois estava louco para me ver pelas costas.
- London? - Fanny parecia surpresa em me ver.
- E aí baixinha, sentiu minha falta?
- De montão! - Abriu um enorme sorriso e pulou em meu colo.
Em seguida, entrei em minha casa e fui imediatamente conversar com meus pais, falei que pelo fato da Violet estar melhor, eu iria voltar pra casa, e ambos gostaram da notícia.
Edward não estava em casa, porém, chegou logo depois, e se surpreendeu um pouco ao me ver, acho que já estava acostumado em não me ver em casa,
- Mano, brinca comigo de salão de beleza? - Pediu minha irmã parecendo bem animada.
- Claro, mas dessa vez eu vou ser o cabeleireiro. - Falei.
- Tá bem. - Disse Fanny meio contrariada.
Fui com minha irmã até o quarto da garota e brinquei bastante com ela, de tudo o que a pirralhinha queria, ah, acho que todo mundo tinha que ter pelo menos dois filhos, porque é muito bom ter irmãos, eu amo demais os meus irmãos, Edward, por mais que às vezes pegue no meu pé, ele também é super sangue bom e sabe ser legal quando quer. Já Tiffany... Ah, ela era meu xodó, eu era completamente louco por essa criança, sei lá, era meio estranho, as vezes eu sentia como se fosse pai dela, não sei explicar, era um negócio muito surreal, e o melhor de tudo, que era super recíproco.
(...)
Era mais de 22h. Eu estava deitado em minha cama. A TV estava ligada em algum canal de filme, porém, eu não estava prestando atenção, pois só conseguia me lembrar do Mark beijando aquela garota, essa cena não saia da minha cabeça, e eu não conseguia entender o porquê de não parar de pensar nisso. E então, escutei alguém bater na janela do meu quarto, que ficava no segundo andar.
Fui até a janela e o avistei pelo vidro, para minha surpresa. Estranhei um pouco, mas abri a janela.
- O que você está fazendo aqui? - Perguntei. - Quis tanto se ver livre de mim, e agora você vem até a minha casa...
O garoto entrou pela janela e ficou uns segundos em silêncio, apenas me olhando.
- Hã... Eu tive uma briga feia com meu pai, e... Bom, não estou a fim de voltar pra casa, aí... Sei lá, sei que não somos melhores amigos, e estamos longes de ser, mas eu pensei que...
- Se você pode dormir aqui? - Perguntei.
- É.
- Ué, e por que você não vai pra casa da sua namorada?
- A Paula? - Perguntou. - Ela não é minha namorada, e ela mora bem longe. Mas tudo bem, se não der, eu me viro, dou um jeito...
- Vou pegar um colchão pra você. - Falei.
Dei as costas para o garoto e fui até o quarto dos meus pais, onde havia um colchão sobrando. Avisei os dois que Mark dormiria em minha casa e peguei o colchão para o garoto. Coloquei ao lado da minha cama, mas com certeza, se fosse eu, ele me colocaria pra dormir na casinha do cachorro, sorte dele que a gente não tinha cachorros.
- O que houve? Por que brigou com teu pai? - Perguntei.
- Ah, desculpe, mas não quero falar sobre isso, ainda estou chateado.
- Ok, então.
E ficou um silêncio constrangedor no ar.
- Hã... Paula, né? Ela é linda. - Comentei.
- É sim. Ela é demais, sabe? Você devia conhecê-la melhor, tenho certeza que vocês se dariam muito bem, ela é incrível. Só que ela gosta de mim. Tipo, como mais que amigo.
- Suponho que você também. - Falei. - Digo, por aquele beijão de vocês.
- Foi ela que me beijou. E... A verdade é que eu gosto muito dela. Mas não desse jeito, não da mesma forma.
- E por quê? Ela é linda. - Falei.
O garoto me olhou em completo silêncio.
- Isso não basta! E eu... - Desviou o olhar, se pondo a ficar em silêncio. Logo, voltou a me olhar. - Eu gosto de outra pessoa.
Outra pessoa? De quem será que ele estava falando? Será que era da nossa escola? E por que será que eu tinha me sentido meio estranho quando ele disse que gostava de outra pessoa?
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Amores Secretos (Romance Gay)
RomansaLondon é amigo de infância de Violet e Mark, dois irmãos. Os três sempre foram muito amigos, porém desde pequeno, London sempre se sentiu atraído por Violet, e com o passar dos anos, o rapaz começa a namorar a garota, o que acaba provocando um afast...