Capítulo 8 - A Febre Parte 2

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Assim que entrei em casa, logo um pedaço de gente parou em minha frente, esticou o braço com a mão aberta e levantada, e disse:

- Parado aí! - Em seguida, a garota cruzou os braços e me olhou seriamente. - Posso saber, onde o senhor estava? Já é tarde, sabia mocinho?

Tifanny era minha irmãzinha caçula, ela tinha 6 aninhos e era o meu grude, se dependesse dela estaria colada comigo 24 horas por dia, as vezes eu tinha que explicar que eu não era o pai dela, porque acho que ela se confundia, mas acho que eu tinha um pouco de crédito nisso, pois desde que ela nasceu, eu sempre ajudei meus pais a cuidarem dela, dava banho, trocava a fralda e as roupinhas dela, até trança eu fazia nela, e aprendi após ver um tutorial no youtube. Eu era completamente encantado pela minha irmã, eu brincava que era o fã número 1 dela, e a menina me tinha como melhor amigo, pois sempre me contava seus segredinhos da escola, e obviamente eu não contava para os nossos pais, para não perder a confiança da minha baixinha.

- Desculpa, mamãe. - Brinquei, fazendo a menina revirar os olhos. - Eu estava na casa da Violet. - Falei ao me dirigir em direção ao meu quarto.

- Ui, aposto que vocês estavam trocando um monte de beijos. Eca!

- Pior que não. - Entrei em meu quarto e comecei a pegar alguns pertences, como carregador, livro, duas peças de roupas... - Ela está doente, vou ficar lá com ela.

- Ela vai morrer?

- Quê? Claro que não!

A menina ficou me olhando enquanto eu pegava as coisas que eu levaria pra casa da Violet. Em seguida, se sentou em minha cama, e me perguntou:

- Posso ir com você?

- Não, meu amor. A Violet está doentinha, ela precisa de silêncio agora.

- Eu fico quietinha, vai ser como se eu nem estivesse lá. Eu juro.

- Oh pequena. Prometo que outro dia deixo você ir comigo. Combinado?

- Tá, né... - Revirou os olhos a contra gosto. - Mas e quem vai ler história pra mim antes de dormir?

- A mamãe ou o papai. - Respondi.

- Mas eles não sabem fazer as vozes dos personagens, não tem graça.

- Prometo que assim que ela ficar boa, eu volto, e amanhã cedinho venho tomar o café da manhã com você, tá bem assim?

- Tá, mas só se você me levar pra escola também.

- Prometo!

- Mano, me liga pra me dar boa noite? - Pediu docemente.

- Ligo, e só vou desligar depois que você dormir, tá bem?

- Tá.

Dei um beijo na testa da criança e fui até o quarto dos meus pais, bati à porta, ambos me deram permissão para entrar e assim, eu fiz. Fanny, como eu a chamava, me seguiu e abraçou a nossa mãe enquanto me olhava tentando conter o choro, o que foi inútil.

Contei para meus pais sobre Violet e ambos me deram permissão para ficar na casa da garota até que ela melhorasse. Me despedi dos dois e com o coração despedaçado, dei mais um beijo na testa da minha irmã, até parecia que eu estava me mudando para Roma ou Veneza, pelo drama que Fanny estava fazendo.

Quando voltei para a casa da minha namorada, a garota ainda estava dormindo. Entrei vagarosamente no quarto de Violet, e Mark logo disse:

- Ah, você voltou!

- Ué, eu disse que ia pra casa só pegar algumas coisas.

- Mas pensei que você fosse ficar por lá. - Falou parecendo nada feliz com minha presença.

Amores Secretos (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora