Amores Secretos (Romance Gay)

Capítulo 26 - A Viagem Parte 2

- O que foi isso? - Perguntei após o nosso beijo.

- Hã? Um beijo?

- Sim. Mas... Por que você me beijou?

- Porque eu quis, ué. Deu de ombros.

- Mas por quê?

- Hã... - Fez menção em falar algo. - Boa noite. - Se virou para meu lado oposto.

- Ah não, você não vai dormir agora, pode virar pra mim, Mark. - O garoto se virou, me olhando em silêncio. - Por que você me beijou? Você... Você gosta de mim? Sente algo por mim?

- London... Eu acho que sempre gostei de você, até quando eu não sabia nomear esse sentimento, eu era pequeno e já sentia algo por ti, só não sabia direito o que era, e diferente do que você pensava, eu nunca senti ciúmes da minha irmã, era de você que eu tinha ciúmes, e como eu não sabia expressar o que estava sentindo, acabava me afastando, e fazendo birras, porque eu não gostava de te ver com a Violet, eu queria que você ficasse só comigo. E aí quando eu entendi tudo o que eu estava sentindo, eu pensei em te contar, mas daí você começou a namorar a Violet, e eu amo a minha irmã, sabe? E por isso, não queria ficar por perto, e... Ah, merda, eu sou a pior pessoa, eu não devia estar apaixonado pelo ex da minha irmã.

- Você está apaixonado por mim? - Perguntei surpreso.

- Você ouviu algo do que eu disse? - Perguntou seriamente. - London, eu sou louco por você.

- Hã?

- Boa noite! - Se virou para meu lado oposto.

Pera, Mark estava apaixonado por mim? Mas como assim? Quando isso aconteceu? Eu nem podia imaginar, eu nunca tinha notado, então, todas as vezes que ele me tratava mal era porque gostava de mim? Isso não me parece muito lógico, porque geralmente a gente costuma tratar bem quem gostamos.

E enquanto, Mark dormia, eu fiquei digerindo cada palavra que ele havia dito, eu simplesmente não conseguia crer, parecia mentira, e eu não sabia o que fazer, não sabia como agir, o que dizer...

Coloquei meus dedos em meus lábios lembrando do beijo que Mark havia me roubado, e quase sem perceber, esbocei um pequeno e singelo sorriso.

                                                                                           (...)

No dia seguinte, assim que Mark acordou, ele se virou para mim e me viu ali bem acordado, deitado ao lado dele.

- Bom dia! Já acordou?

- Bom dia! Nem dormi. - Respondi.

- O que houve? - Se sentou na cama.

- Eu não consegui parar de pensar em tudo o que você me disse. - Me sentei ao lado dele. - Eu nunca me imaginei assim... gay. Quer dizer... Tem acontecido coisas. - Ele me olhou atento. - Eu nunca tinha te visto dessa forma, mas... Ultimamente... Eu não sei o que tem acontecido comigo... Mas... Eu lhe olho, e... eu... eu fico excitado...

- Eu te deixo excitado?

- Hã... Sim! Eu não sei porque, mas... Ontem... Ontem mesmo eu te vi aqui, deitado de bruços, e eu fiquei super excitado, tive que ir para o banheiro para... para...

- Se masturbar? - Me perguntou. Acenei a cabeça positivamente. - Uau! Por essa eu não imaginava. bom saber...

- Por que ''bom saber''?

- Bom saber que te deixo com tesão a ponto de você se masturbar, mas olha... da próxima vez não fica com vergonha, me chama que eu te ajudo. - Falou me fazendo rir.

- Idiota!

Silêncio.

Mais silêncio.

Infinito silêncio.

- Mark... Eu não sei o que sinto por você, tipo... Eu gosto quando estamos juntos, me sinto bem e feliz, você me traz paz e eu gosto disso. E você é lindo, né?

- Você me acha lindo? - Acenei positivamente com a cabeça. - Obrigado. - Sorriu. - Você também é lindo.

- Mas... Eu tenho medo. Eu nunca gostei de um cara antes, não sei como minha família reagiria, e...

- Hey, tá tudo bem, London. Eu te entendo. Olha... - Pegou delicadamente em minha mão. - Se você quiser, podemos só ficar... sem compromisso, sem cobrança... E não precisamos contar pra ninguém. Não agora. E a gente vê no que vai dar, e quando acharmos que estamos prontos a gente conta, mas no nosso tempo. Sem pressa. O que você acha?

- Eu... - Olhei para Mark, que não tirava os olhos de mim. - Eu não sei.

E sem dizer nada, Mark me roubou um beijo, e eu não consegui nem me afastar ou recusar aquele beijo, que por sinal, era tão bom, arrisco a dizer que foi o melhor beijo que já me deram.

Nos afastamos vagarosamente, eu estava quase sem fôlego por conta daquele beijo, e que beijo...

- E agora? Já sabe? - Perguntou.

- Hã... Não. Ainda não sei. Acho que você precisa tentar fazer eu me decidir melhor.

O garoto sorriu de forma maliciosa e me beijou novamente. Coloquei minhas mãos pelas costas dele, arranhando-o levemente.

Após o nosso beijo, eu me afastei levemente, sorri e falei:

- Tá ligado que a gente ainda não escovou os dentes, né? - Ele riu.

- Eu não ligo. - Me deu um selinho.

- Nem eu. - O Beijei.

- Sabe, eu gosto disso. - Riu.

- Mas ''cabô''. Vem, vamos escovar os dentes pra gente sair.

Mark e eu nos levantamos, escovamos nossos dentes (juntos) e fomos tomar banho, não juntos, embora ele quisesse, mas achei melhor cada um tomar banho sozinho, não queria apressar as coisas. Eu tomei banho primeiro, e assim que sai do banheiro, Mark entrou e eu fiquei me arrumando. Quando terminei de me vestir, me deitei na cama, com cuidado para não bagunçá-la, pois recém havia arrumado, e fiquei mexendo em meu celular. E então, Mark saiu do banheiro, totalmente despido, respirei fundo e tentei não olhar, mas acabei olhando de canto de olho. E então, Mark olhou para mim e me viu olhando-o.

- Se quiser, eu te empresto pra você brincar. - Falou de forma maliciosa.

- Besta! - Desviei o olhar, voltando a mexer em meu celular.

O garoto pegou uma camisa que estava em cima da cama, que ele havia separado para usar, e como estava perto de mim, aproveitou para me dar um selinho.

Mark se arrumou, e estava lindo, por sinal. E então, aproveitamos para sair e passear um pouco pela cidade, e eu estava amando cada detalhe da viagem, estava tudo perfeito.