Amores Secretos (Romance Gay)

Capítulo 13 - Confusão De Sentimentos

- Você tá legal? - Mark perguntou.

Fechei a porta do banheiro rapidamente, respirei fundo, tentei me acalmar, esperei minha ereção passar e então abri a porta novamente, vendo Mark parado na mesma posição, porém, dessa vez consegui evitar de olhar para seu membro.

- Desculpa, é que eu... Tinha esquecido uma coisa. Bom, trouxe uma toalha e uma roupa limpa. Ah, eu também trouxe uma cueca, mas não se preocupa porque é nova, nunca usei.

- Beleza! Pode colocar aí.

Coloquei tudo em cima de um banquinho, que tinha perto do box e então sai do banheiro, voltando para meu quarto. Me sentei em minha cama e fiquei meio pensativo, não entendi o porquê de eu ter tido uma ereção ao ver Mark nu, não era pra eu ter ficado assim por eu ver um pênis, afinal, eu também tinha um e via ele todos os dias e várias vezes por dia, e sem falar, que eu já tinha visto Mark pelado antes, e caralho, por que eu estava assim? Acho que eu não ficava desse jeito nem quando Violet ficava sem roupa na minha frente, mas sei lá o porquê disso não acontecer.

Pouco depois, Mark saiu do banheiro, e caralho, ele estava tão lindo com minha roupa, sei lá, estava diferente, e... merda! Por que eu não conseguia parar de olhar pra ele? Por que eu estava conseguindo sentir os batimentos do meu coração como se eu tivesse corrido uma maratona inteira?

- Valeu, cara. Valeu mesmo. - Disse Mark.

- Hã... De boa.

- Você está sendo massa, e eu... Bom, eu não mereço tanto.

- Claro que merece. - Falei. - Eu sempre te vi como um irmão. E sempre eu vou ver.

- Mas nós não somos irmãos, caralho! - Falou alterando o tom da voz.

- Eu sei. Desculpa.

- Não. Eu que peço desculpa, não queria gritar, é que...

- Tranquilo. - Falei.

- London... - O garoto se aproximou de mim, me causando uma sensação estranha.

- Quê? - Perguntei sem conseguir parar de olhar em seus olhos.

- Eu preciso ir. - Se afastou de mim. - Obrigado por tudo, cara.

- Não foi nada.

Mark deu um leve sorriso e se dirigiu até a sala, eu fui atrás dele para acompanhá-lo até a saída, porém, quando chegamos na sala, meus pais voltaram com Fanny, e os três se surpreenderam ao ver Mark em nossa casa, porém, minha irmã se demonstrou bem feliz com isso.

- Mark! - Ela disse com um enorme sorriso.

- Oi baixinha. - Disse o garoto.

- Que legal que você veio nos visitar. Quer brincar comigo?

- Oh pequena! Não vai dar, eu já estava de saída, mas prometo que outro dia venho pra gente brincar.

- Promete mesmo? Olha que eu vou cobrar.

- Eu sei que vai, mas é promessa, e as promessas não se podem quebrar.

- Nunca?

- Nunca!

- Adoro as promessas. - Disse Fanny.

- Com licença. - Disse Mark para meus pais.

- Volte sempre, querido! - Falou mamãe.

- Pode deixar. - O garoto disse, se pondo a ir embora de nossa casa.

- Ele estava usando sua roupa? - Mamãe perguntou assim que o garoto saiu.

- Ah, eu emprestei. Ele... Hã... Acabou sujando a dele e eu emprestei uma roupa minha pros pai dele não verem, espero que não tenha problema.

- Claro que não, querido, mas depois não esqueça de pegar de volta, pois você ganhou aquela roupa no seu último aniversário da tia Marta.

- Tá bem, mãe, pode ter certeza que vou pedir de volta. - Falei.

(...)

Eu estava na frente de minha casa observando Mark, que estava a conversar com uma garota, eles não pareciam ser namorados ou algo do tipo, mas sei lá, vai que ele gostasse dele... Não que eu me importasse, mas sei lá, só queria estar lá com ele, conversando com ele, como nos velhos tempos.

De repente, Edward saiu de casa, e sentou ao meu lado. Ficamos um pouco em silêncio.

- É a namorada dele? - Meu irmão perguntou.

- Não sei. Ele tem namorada? - Edward riu.

- Não que eu saiba. - O mais velho respondeu. - Por que não vai lá?

- Quê? - Olhei para o garoto.

- Cara, cê tá aí amarradão pra ir lá falar com ele, por que não vai?

- Porque ele tá lá conversando com sei lá quem e porque ele não está nem aí pra mim. Tipo, se ele não quer minha amizade, eu também não vou ficar implorando.

- Ah, meu, você é tão idiota, as vezes você me irrita com tanta burrice. - Se levantou e fez menção de sair.

- Hey, espera, o que você quer dizer com isso? - O garoto seguiu andando, me ignorando. - Edward, me responde, caralho! O que quis dizer com isso? Por que eu sou burro?

- Ué, descubra! - Se virou para mim, mas logo saiu andando, me deixando com mil pensamentos na mente.

Eu não conseguia entender o que meu irmão quis dizer com tudo isso, por que ele havia me chamado de idiota e de burro? E se ele era tão esperto assim, por que não me explicava? Por que não falava algo?

Notei Mark me olhar, e o garoto fez sinal para mim com a cabeça, como em um ato de cumprimento, e eu fiz o mesmo. Porém, nisso, Violet apareceu e ao me ver, veio correndo até mim, e me abraçou fortemente. E então, Mark falou algo para a garota que estava com ele e os dois entraram na casa do irmão da minha namorada.

Sei lá, me deu uma sensação estranha, não sei explicar o que era, mas... era estranho.

- Quanto tempo! - Disse Violet em tom de brincadeira.

Não falei nada, não sabia nem o que falar, apenas lhe dei um selinho.

- Tá tudo bem?

- Aham, só estou meio cansado.

- Quer que eu vá embora?

- Pode ser...

- Sério?

- Quê?

- Quer mesmo que eu vá embora?

- Desculpa, eu só... Não, está tudo bem. Perdão. - Dei um selinho nela. - Quer entrar?

- Quero!

Nós dois entramos em minha casa. Meus pais estavam vendo TV na sala, enquanto Fanny brincava de boneca no chão da sala.

- Violet! - Fanny sorriu ao ver a minha namorada.

- Oi, meu amorzinho. - Violet disse. - Como você está?

- Bem. Quer brincar comigo?

- Claro!

- Oba! Vem, vamos pro meu quarto, lá tem mais brinquedos. - Minha irmã se levantou e foi em direção ao seu quarto. - Perdeu, mané. - Falou ao passar por mim.

Violet seguiu a pirralha, e eu me joguei no sofá, ao lado da minha mãe.

- Está tudo bem, querido! - Mamãe perguntou.

- Aham.

É, era eu querendo mentir pra mim mesmo.