Capítulo 45 - A Consulta

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Eu estava com Mark em seu quarto, estávamos descansando após termos transado um pouco, e acho que eu até estava ficando bom nisso.

Era noite, os pais dele estavam dormindo, e nós dois estávamos no quarto do garoto conversando um pouco, os pais de Mark haviam colocado um colchão ao lado da cama do filho para eu dormir, porém, claro que eu dormi com ele, na mesma cama.

No dia seguinte, uma segunda - feira, assim que acordamos, Mark e eu tomamos café da manhã na casa do garoto, e em seguida, fomos até minha casa para eu pegar minha mochila e minha irmã, para ir ao colégio com a gente.

- London! - Disse minha irmã ao me ver.

- Oi pequena. - Falei. - Como foi tudo ontem à noite?

- Legal. O Edward brincou comigo e leu um livro pra eu dormir, foi legal, mas eu senti a tua falta.

- Também senti tua falta, meu amor. - Dei um selinho na garota. - Tá pronta? Já tomou café?

- Aham. - Pegou sua mochila.

Nós três fomos para o colégio, e assim que chegamos, Fanny saiu correndo para brincar com suas amigas, e Mark e eu ficamos conversando um pouco com Bernardo, até o sinal tocar, o que não demorou muito para acontecer.

A aula foi bem chata naquela manhã, só matéria que eu não gostava, a única parte boa foi que uma professora havia faltado, sendo assim, acabamos ficando com o último período vago, e então, Anthony e eu ficamos conversando até o sinal para a saída tocar, pois eu não podia ir embora antes já que eu teria que esperar a minha irmã sair para ir com ela, e eu também queria esperar o Mark.

Quando o sinal tocou, eu fui até a sala da minha irmã e não a vi, perguntei por ela para sua professora, que disse que ela havia ido ao banheiro, então fiquei esperando por minha irmã, que alguns segundos depois, chegou correndo, e me abraçou, parecendo um pouco assustada.

- O que houve, meu amor? - Perguntei.

- Eu... Hã... - Olhou na direção do banheiro. - Hã... Nada, nada. Quero ir embora.

- Vamos sim, meu amor. Pega sua mochila pra gente ir embora.

A garota pegou sua mochila rapidamente, se despediu de sua professora e de algumas amigas e então, fomos até Mark, que estava sentado em um banco no pátio e fomos embora.


                                                                                           (...)


Após o almoço, eu dei banho em minha irmã e a arrumei para irmos conversar com a psicóloga, ela não parecia muito empolgada com a ideia, mas aceitou ir tranquilamente, o que me deixou feliz, pois eu não queria ter que levá-la contra sua vontade.

O consultório ficava perto de nossa casa, e assim que chegamos, eu fui até a recepção, informei que tínhamos horário marcado, e a recepcionista pediu que aguardássemos um pouco. Nós nos sentamos em umas cadeiras e ficamos aguardando que nos chamassem, o que aconteceu alguns minutos depois.

A psicóloga, dona Marta era uma mulher de cerca de 35 anos, parecia ser muito simpática. Eu entrei com minha irmã e Marta fez algumas perguntas simples para Fanny sobre sua rotina e tal, e em seguida, pediu para eu me retirar e esperar na sala de espera, e assim eu fiz. Enquanto eu aguardava, liguei para Mark e fiquei conversando um pouco com o garoto, até o momento que ele precisou desligar, pois sua mãe estava o chamando.

Cerca de meia hora depois, minha irmã saiu da sala e eu fui até ela.

- E como foi? - Perguntei.

- Ah, ela é legal. - Falou.

- Amor, espera lá sentadinha, que eu quero falar com a Marta, ok?

A garota foi até a sala de espera e sentou em uma cadeira. Em seguida, eu perguntei para Marta sobre como havia sido a conversa e tal, e ela disse que havia sido tranquila, mas que como era recém a 1° consulta não dava para dizer muita coisa. Eu falei para ela sobre como minha irmã vinha se comportando nos últimos meses, falei sobre o fato dela andar fazendo xixi na roupa, de estar se tocando com frequência, as crises de choro, etc. A mulher alegou que tentaria descobrir o que estava havendo, pois ainda era muito cedo para dizer algo.


                                                                                     (...)


Assim que chegamos em casa, eu liguei para Mark e convidei ele para ir à minha casa, e o garoto chegou depois de alguns minutos.

- Oi. - Ele disse assim que eu abri a porta.

- Oi. - Falei. - Entra.

O garoto entrou em minha casa, nos sentamos no sofá e ficamos conversando, e nos beijando, é claro, até que Fanny apareceu vagarosamente, em completo silêncio.

- Oi, meu amor. - Falei.

- E como está a menina mais linda desse mundo? - Mark perguntou para minha irmã, que não respondeu. - Não vai me dar um beijo?

Fanny negou com a cabeça, confesso que eu estranhava quando ela agia assim, ainda mais que ela sempre gostou muito do Mark. A garota estava muito quieta e alegou dor de estômago, não quis nem brincar com a gente, e acabou voltando para seu quarto. Mark e eu ficamos conversando mais um pouco, depois eu fiz um chá pra minha irmã na tentativa dela melhorar da dorzinha de estômago, mas acabou não dando muito certo.

Horas depois, Edward, Mark e eu jantamos, já Fanny não quis jantar por não estar se sentindo muito bem. Assim que terminei de jantar, fui até o quarto de minha irmã, que estava quase dormindo e lhe dei um beijo de ''boa noite''. Em seguida, fui para meu quarto com Mark, e ficamos namorando um pouco, e algum tempo depois, ouvimos um grito, o que me assustou bastante. Era Fanny. Ai, meu Deus, o que será que houve?

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