Capítulo 27

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Júnior Miller 🚬

Aonde eu estava com porra da cabeça quando cogitei dizer que gostava dela?
Merda, ela me distrai muito, me faz querer fazer coisas que eu não quero fazer. Eu não gosto dela!

Sinto uma atração por ela, óbvio, ela é linda, ela é perfeita, mas isso é só tesão, eu não gosto dela, isso não tem como acontecer.

Admito que a noite foi incrível, nunca levei nenhuma garota para jantar, ou até mesmo sair comigo, eu lhe disse que ela estava tendo muitas primeiras vezes comigo, mas eu também estou tendo muitas primeiras vezes com ela.

- O que você tá pensando? - ela pergunta ao meu lado me observando.

Nós estamos na praia, decidimos não voltar agora para o colégio, então sentamos na areia e estamos conversando e olhando o céu e o mar.

- Nada demais, só estava concentrado olhando o mar - minto.

- Hum, você ainda não me contou o por que foi parar no colégio - ela diz voltando a olhar o mar.

- Eu fui pego pela polícia na racha e fui preso, meu pai depois disso me obrigou a vir - ela me olha chocada - nada de mais - dou de ombros.

- Então é pior do que eu imaginava, você chegou a ser preso por aquilo e continua correndo? - ela pergunta indignada.

- Sim, são muito raros as prisões na racha, mas naquele dia alguém denunciou, é improvável que isso ocorra de novo- falo.

- Mas pode acontecer.

- É, pode.

- Você realmente não liga para nada né? Foda-se tudo, Foda-se as consequências, Foda-se o resto do mundo - ela pergunta me encarando com a cabeça inclinada para o lado e eu dou de ombros e pego um cigarro o acendendo.

- As consequências sou eu que vou arcar, então... foda-se - falo soltando a fumaça na cara dela.

- Você tem mesmo que fumar perto de mim? Eu odeio esse troço - ela fala abanando a mão na frente do rosto.

- Já experimentou? - pergunto e ela nega com a cabeça - Então como sabe que odeia?

- Não preciso experimentar para saber que não gosto - ela fala e se deita na areia fazendo com que seu vestido levante na perna.

Porra!

Isso me faz lembrar que ela ainda está sem calcinha, apago o cigarro e o jogo na areia, me inclino sobre ela e a beijo, um beijo suave e lento, nós quase nunca nos beijamos assim, sempre é mais intenso e necessitado, mas agora parece que queremos que nunca acabe.

- Do nada? - ela diz entre o beijo.

- Já transou na praia? - pergunto me afastando um pouco do beijo e a encarando com um sorrisinho safado.

- Não, e nem quero, já pensou nos lugares inconveniente que entraria areia? - ela fala e eu começo a rir.

- Então vamos para o carro, eu preciso de você - falo e me levanto a puxando pela mão.

- Hum que romântico - ela zoa e nós vamos em direção do carro.

Essa garota é minha ruína.

Minha colega de quarto Onde histórias criam vida. Descubra agora