Jade Cooper 🌷
Acordo com a claridade no quarto, sinto um braço em volta de mim e uma pressão no meu peito, olho para baixo e vejo Júnior dormindo abraçado a mim e mamando no meu seio.
Nós ainda não voltamos, eu sei que fiquei muito chateada com tudo, mas eu entendo o lado dele, entendo o trauma que ele tem por conta da mãe e do pai dele, e estou disposta a dar uma chance.
- Bom dia anjo - escuto Júnior dizer com meu peito ainda em sua boca.
- Bom dia - olho para ele que solta meu seio e levanta da cama - eu preciso passar no Aurora e explicar tudo ao Carlos e ao João, minha mãe iria querer eles ao lado dela nesse momento.
- Calma amor, eu te levo lá depois mas primeiro você vai relaxar, tomar café e tomar um banho. Eu entendo que tudo isso está mexendo muito com você - ele vem até mim e me dá um selinho.
- Eu estou calma - digo enquanto ele me dá mais selinhos.
- Não está não, mas anda vá tomar café que eu te levo lá - ele diz e se levanta da cama de novo.
[...]
Quando eu chego no Aurora minha ansiedade aumenta mil vezes mais, não imagino como eles vão reagir, e se ele me expulsarem?
- Eu estou com medo Júnior- falo e ele pega na minha mão.
- Vai dar tudo certo anjo, você quer que eu entre com você? - ele pergunta e eu assinto.
- Certo. 1,2,3 e já - falo e começo a entrar no bar.
Nós viemos cedo então o bar ainda está fechado e eles estão arrumando, oque é melhor para conversar.
Entro no bar e vejo o Carlos limpando as mesas, assim que ele me vê abre um sorriso enorme e acena para mim.
- Oi menina, o que veio fazer aqui essa hora? O João está lá trás se quiser eu chamo ele- ele diz simpático vindo até mim.
É estranho o ver pela primeira vez sabendo que ele é meu pai, são tantas semelhanças entre a gente que não sei como nunca pensei nisso antes.
- Não... é... oi, eu vim falar com vocês dois na verdade, mas eu queria que fosse ao mesmo tempo, é uma coisa importante - falo nervosa e ele franze a testa.
- Claro filha, vou chamar o João - ele sai andando até a porta dos fundos e grita o João.
- Oi Jade, meu pai disse que quer falar com a gente, pode dizer - meu irmão diz logo assim que parece pela porta.
- Podemos nos sentar? - pergunto e eles assentem indo até uma mesa.
- Tá me deixando preocupado - Carlos diz.
- Então Carlos, você disse que a mãe do João morreu? - pergunto e ele assente a cabeça confuso - e você poderia me dizer como isso aconteceu?
- Bom, eu não sei exatamente como mas nós estávamos afastados um do outro e eu não fazia ideia que ela estava grávida, só fiquei sabendo quando me entregaram o João na porta da minha casa e disseram que ela morreu no parto - ele diz e eu escuto com atenção.
- E se você soubesse que ela não morreu, você ficaria feliz? - pergunto receosa e ele ri.
- Isso é impossível, por que ela mentiria para mim? - ele ri mais - mas, eu amava muito ela, e ainda sinto que a amo mesmo depois de tanto tempo sem ela, e se eu descobrisse que ela estivesse viva obviamente eu ficaria muito feliz mas também muito chateado, por que ela me esconderia uma coisa dessa? Você sabia que nós tínhamos combinado de fugir juntos? - ele parece viajar nos pensamentos - ela era casada com meu melhor amigo, mas não pense que nós éramos traidores, ela casou com ele obrigada pelo pai, e ele não a amava, tratava ela como lixo, e ela não merecia aquilo. Ele era um babaca, quando a conheci nós nos apaixonamos, íamos fugir juntos mas ela não apareceu, e a procurei por meses e descobri que ela e Márcio haviam se mudado, até que me entregaram o João. Mas por que está me perguntando isso? - faço um sinal com a mão para ele esperar e me viro para o João.
- Você gostaria de ter uma irmã? - pergunto pra ele que franze o cenho.
- Acho que sim... não estou entendendo essa conversa.
- A minha mãe a alguns dias atrás me contatou uma história, ela e meu pai já são casados a anos e se separaram agora, ele nunca foi um bom marido e muitas vezes eu pegava ele batendo na minha mãe, ela me contou que ele não é meu pai verdadeiro e me contou uma história parecida com essa que você acabou de me contar Carlos - olho para ele que arregala os olhos - ela me disse que o Márcio ameaçou você de morte Carlos, e quando ele descobriu que ela estava grávida de você ficou doido e se mudou com ela para um lugar bem longe e prendeu ela dentro de casa - Carlos agora está chorando e João ainda tem um cara confusa - ela tinha muito medo de fugir por conta da gravidez e ela quase sofreu um aborto por conta dos espancamentos que sofria dele, o único modo que ela encontrou de proteger a criança do meu pai era dando ela para você, mas ele não poderia ficar sabendo disso, então ela combinou com uma médica de forjar a morte do bebê e depois dar ele a você, mas no dia do parto ela descobriu estar grávida de gêmeos - Carlos nega com a cabeça chorando - ela teve que ficar com um dos bebês e o outro ela entregou a você Carlos, minha mãe esteve por muito tempo procurando por você, e ela precisa da sua ajuda agora.
- Qual o nome da sua mãe? - ele pergunta chorando.
- Amélia - digo ele começa a chorar mais.
- Pai, eu não estou entendendo - João diz abraçando o pai enquanto ele chora.
- Filho, sua mãe não está morta e você tem uma irmã gêmea - Carlos aponta para mim e João me olha por alguns segundos.
- O que? - ele pergunta ainda me olhando - Irmã gêmea? Ah porra, que merda.
- Olha a boca João - Carlos diz se recuperando um pouco do choro.
- Mas é claro, não é uma coincidência filha da puta que nós somos idênticos - ele diz ainda chocado olhando para mim - me dá um abraço clone - ele diz e eu sorrio abraçando ele forte - bem que eu sentia que faltava uma parte de mim.
- Vem cá filha - Carlos diz e abre os braços me chamando para um abraço também.
Eu vou em encontro a ele e lhe dou um abraço apertado que não sabia que precisava tanto até ter.
- Cadê a sua mãe? Você disse que ela precisava de mim - ele diz quando me sinta do abraço.
- Então, esse é um dos principais motivos de eu ter vindo aqui contar a vocês, tenho certeza que ela que gostaria de contar tudo, mas eu acho que ela iria querer vocês lá com ela nesse momento - falo - ela sofreu um acidente e está em coma.
- Merda - João fala e Carlos fica quieto.
- O médico disse que ela está estável, mas que pode demorar dias, meses ou até anos para acordar - falo e Carlos continua me olhando quieto.
- Eu posso ver ela? - ele pergunta finalmente e eu assinto.
- Claro, foi por isso que vim, o médico disse que ela escuta tudo que dissemos, talvez se ela ouvir vocês dois ela acorde - lágrimas dessem dos meus olhos e eles assentem.
- Então vamos - João fala e pega uma chave na mesa.
Eles fecham tudo e nós vamos todos no carro de Júnior para o hospital.
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Minha colega de quarto
Romance"- Você me irrita muito - ele diz entre o beijo - Eu te odeio- fala partindo para o meu pescoço e depois volta a me beijar." **************** colegas de quarto em um colégio interno... Será que isso vai presta...