Capítulo 47

5.4K 341 24
                                    

Jade Cooper 🌷

Mais cedo...

Saio do bar e vou direto para casa, tenho certeza que ele é meu pai e João meu irmão, mas era óbvio, João é idêntico a mim mas nunca me passou pela cabeça que fôssemos irmãos gêmeos, achei que era apenas uma coincidência.

Pego um táxi para casa da minha mãe, eu preciso contar para ela e nós vamos atrás deles para contar tudo, será que Carlos vai me aceitar como filha e João como irmã? Ou será que eles vão me rejeitar?

Chego em casa e chamo pela minha mãe mas não recebi resposta.

- Mãe? Tenho uma notícia boa - procuro na cozinha e não acho ela - acho que ela não está em casa.

Pego o celular e ligo para ela, chama e cai na caixa postal, sento no sofá e decido esperar ela chegar para lhe contar tudo. Alguns minutos depois ela me liga e eu atendo.

- Alô mãe? - pergunto.

- A senhora é parente de Amélia Cooper? - escuto um homem dizer do outro lado da linha.

- Sim, é a minha mãe, cadê ela? - pergunto me levantando do sofá.

- A senhora Amélia sofreu um acidente de carro e estamos levando ela para um hospital - ele diz e eu começo a chorar.

- O que? Ela está bem? Para onde estão levando ela? Eu estou indo aí - falo e começo a pegar minha bolsa.

- Ligamos para avisar mas no momento aconselhamos que não venha para o hospital, não tem o que a senhora fazer aqui, aconselhamos esperar.

- Tudo bem, obrigado - falo chorando e desligo o celular depois que ele me diz o nome do hospital que estão levando ela.

Droga, tudo na minha vida está dando errado, choro sentada no chão até que escuto a campainha, levanto limpando as lágrimas e abro a porta.

- O que está fazendo aqui? - digo limpando as lágrimas quando vejo Júnior na porta.

- Por que está chorando? - ele pergunta e tenta se aproximar mas eu coloco a mão na frente o impedindo - Eu quero conversar com você - eu balanço a cabeça negando - por favor, só me deixa falar.

- Eu não sei Júnior- falo e olho para ele por alguns segundos pensando e suspiro decidindo deixar ele entrar, abro espaço para ele passar, vejo ele olhando para as malas no chão e franzindo a testa.

- Porque essas malas? - ele pergunta.

- E-eu vou me mudar - digo e vejo seus olhos marejarem.

- M-mas como assim? você não pode, vai para onde?- ele pergunta desesperado.

- Não importa Júnior, o que você quer falar? - não é o membro para o drama que é nós dois, agora estou muito preocupada com a minha mãe para ficar discutindo com ele.

- E-eu fui um idiota, eu estava com medo de te perder e nem percebi que já estava te perdendo - ele se aproxima e eu recuo para trás batendo na parede, ele faz carinho no meu rosto e eu fecho os olhos - você é tão linda, eu odeio que você seja tão linda. Odeio os seus cabelos ruivos... - abro os olhos e eu empurro.

- Veio aqui para me esculachar? - digo com raiva de ele ri.

- Odeio o quanto você é respondona
Odeio o seu sorriso espontâneo
Odeio tanto isso em você que até me sinto doente
Odeio o modo que eu fico quando estou perto de você
Odeio não conseguir ficar longe de você
Odeio como eu tenho ciúmes de você
Mas eu odeio principalmente não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo - ele diz chorando e eu fico confusa.

Minha colega de quarto Onde histórias criam vida. Descubra agora