A Liga dos Aliados

13 - Cristiano nunca sentiu um cheiro tão bom na vida

   O próximo jogo seria no La Cerámica.

   Aqueles dois dias de folga passaram muito rápido na opinião de todos. Eles teriam três dias pra treinar dessa vez.

   Pra resumir: "O entrosamento seria por bem ou por mal".

   Como os times eram formados por dois clubes, a UEFA poderia decidir entre quatro estádios onde seria o jogo, tirando a primeira partida que precisava de um sorteio pra ver quem seria o mandante do campo.

   Os jogadores do Real Madrid descobriram muito tarde que a sua estadia na cidade rival seria ainda mais longa, porque depois da UEFA fazer o sorteio ou decidir qual seria o campo dentro da equipe Barcelona Real, eles teriam que treinar no estádio desse clube até as duas partidas alternadas acontecerem e o sorteio da próxima fase ser realizado.

   Uma grande merda se perguntarem pra Sergio Ramos.

   Todos estavam no vestiário compartilhado do estádio pra daqui a pouco começarem o treino.

   Iker estava no banco ao lado de um sevilhano dormindo encostado na parede, Marc e Rafinha sentaram juntos parecendo particularmente muito felizes na sua bolha, Isco e Marco não podiam ser separados também (ainda mais com Asensio fazendo cosquinhas no namorado).

   Lucas ficou distraído guardando as suas coisas no armário até sentir um dedo lhe cutucando, o espanhol pensou que fosse Rodríguez e se virou apenas pra dar de cara com Toni em vez do alfa gentil.

   – Eu quero conversar com você quando chergarmos no hotel, ok? – perguntou o alemão (Sendo cauteloso).

   Tudo que Vázquez fez foi acenar com a cabeça, muito surpreso com Kroos falando consigo depois de ser ignorado por dias pra dizer uma resposta.

   Marcelo ficou confortavelmente jogado em cima de Daniel, esse que nem se importava mais, apenas deixava Vieira fazer o que quisesse.

   Neymar ficou dividindo um fone com Gerard, porque o amigo ainda tentava não se deixar chatear pela mensagem do ômega raivoso no grupo. Sinceramente, o brasileiro achava que os dois já deviam ter resolvido aquela coisa há anos, mas Ramos era um estúpido que nem percebia o que estava literalmente sendo indicado com grandes setas vermelhas e um show de fogos na sua frente.

   Os únicos que tiveram o azar (na opinião deles próprios) de serem vizinhos de armário foram Leo e Cristiano. Messi não tinha muita força de vontade hoje pra aguentar as farpas do português, queria um pouco de paz.

   James encarava a parede como um verdadeiro morto, nem mesmo viu quando o alfa convencido sentou do seu lado.

   – Ele ainda está fingindo que você não existe? – falou Ronaldo (Murmurando).

   O colombiano virou o pescoço apenas pra ver o amigo olhando pra si e Maiya atrás dele ao fundo comendo uma... salada de frutas?

   – É tão óbvio? – perguntou Rodríguez.

   – Não preciso nem responder – falou Cristiano. – Ele não disse nada depois do seu cio?

   – Ahh, não – (Qualquer um podia ver que o alfa gentil estava frustrado). – Eu juro que não entendo ele. Nem sei o que fiz de errado.

   – Você não esqueceu nada? – falou o português (Tentando ajudar com indiretas). – Talvez vocês tenham combinado alguma coisa...

   Ronaldo se lembrava vagamente do brasileiro ter dito que Rodríguez prometeu assistir a partida dele ou algo parecido.

   – Não que eu me lembre – (Isso vai ser difícil, pensou o alfa convencido). – Mas já me decidi, se ele quiser conversar sabe onde eu estou. Fiquei cansado de ser o único tentando dialogar aqui.