7 - Uma conversa séria

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   Neymar passou cinco dias tendo ondas de calor, o brasileiro ficou o tempo todo dentro do quarto e agradeceu Maiya por deixar tudo ajeitado, porque depois de cada onda tudo o que ele queria era dormir por horas (nem conseguia comer, quando voltava a acordar era por causa de outra forte excitação do seu cio).

   As poucas vezes que levantou pra comer foi com Borges vindo acordá-lo e literalmente mandando que colocasse algo no estômago.

   O ômega ousado ouvia ela falando que estava mantendo Iniesta informado sobre o seu bem-estar também. Neymar se odiou um pouco por preocupar os seus colegas com uma coisa estúpida que foi causada pelas suas decisões ruins.

   A camisa que brasileira havia dado ajudou, o cheiro lhe fez sentir estar perto de James. Ele percebeu o seu ômega ficando mais calmo, ainda que não tivesse amenizado muito seu cio, foi o bastante pra que não enlouquecesse no quarto.

   Os dois dias que sobraram da semana foram usados pelo brasileiro pra se recuperar do período de calor intenso. Esse tinha sido o pior de todos na sua opinião e o seu corpo precisava de um descanso de mais de dez horas ou acordaria parecendo um zumbi.

   Rodríguez na semana que passou ficou agitado o tempo inteiro, durante cinco dias mal dormiu, os seus nervos não conseguiam se acalmar. O colombiano tinha a sensação de que devia estar em algum lugar importante, por mais que não soubesse onde. O cheiro doce desapareceu e todos os seus instintos diziam pra encontrá-lo outra vez.

   O alfa gentil só sentiu que estava voltando ao normal no final da semana.

   Maiya aparecendo durante todos os dias e treinando normalmente não ajudou nem um pouco o seu nervosismo. Ele se lembrava claramente das palavras da ômega, que os dois teriam uma conversa.

   James se preparava pro treinamento de hoje, arrumando os seus pertences no armário em silêncio até Lucas vir falar consigo.

   – Vocês ainda não conversaram, né? – perguntou Vázquez.

   Pra piorar tudo, Borges não tinha sido um dos primeiros a chegar, ela ainda não havia aparecido no vestiário.

   O colombiano gemeu de frustração.

   – Não – falou Rodríguez. – Estou ficando louco de esperar pelo pior.

   – Você não devia ficar assim –falou Isco (Entrando na conversa e o tom de brincadeira característico dele foi ouvido). – Já faz uma semana, May devia estar apenas tirando sarro da sua cara de inocente.

   O alfa gentil percebeu que a maior parte do time chamava a brasileira pelo apelido agora, faziam brincadeiras e conversavam normalmente.

   Mas ainda não tinham aceitado Maiya por completo, eles reconheciam que era boa na sua estratégia tática e merecia o título de craque, só que era difícil mudar a visão sobre alguém que foi o seu rival jurado por cinco anos (pelo menos pra maioria era assim). Então quando alguma coisa acontecia com a ômega (como uma falta durante a partida), muitos ignoravam por não saber como reagir.

   Os mais teimosos eram Sergio e Cristiano.

   O sevilhano, todos os seus colegas perceberam, só não queria admitir que uma culé era parte da sua equipe e Ronaldo apoiando o amigo tentava fingir que ainda estava bravo pela brasileira estar na casa deles, mas todos viram que já não lançava mais olhares tão venenosos pra outra. A última vez que a brasileira elogiou o seu gol, o alfa convencido parecia um pavão orgulhoso das suas penas bonitas.

   – Não sei porque tanta preocupação. Está com medo da Maiya?

   O português estava zombando de James, mas ele não conseguiu se conter. Era muito engraçado provocá-lo, o colombiano se tornava todo nervoso e não aguentava ficar parado no mesmo lugar.

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