A Liga dos Aliados

49 - A licença de companheiros🔥

   Todos os blaugranas pegaram o primeiro voo pra voltar até Barcelona.

   Pra todos os jogadores, sem exceção, aquelas míseras horas juntos passaram rápido demais.

   Mas o que realmente partiu o coração deles foi Júnior.

   O pequeno ficou triste com direito a fazer biquinho por Thiago não ter vindo junto de Messi, mas isso foi amenizado pelo casal de craques prometendo que iriam trazê-lo pra uma visita.

   Foi antes de embarcarem que a situação ficou difícil.

   James e Sergio não podiam deixar as suas almas gêmeas no aeroporto sem levantar suspeitas pra mídia e cada um se despediu do companheiro na própria na casa.

   O colombiano permaneceu abraçado com o outro até esse dizer que precisava soltá-lo pra ir. Na opinião de Neymar, tudo foi muito injusto pra si, já que Rodriguéz e Dylan fizeram carinhas de cachorro abandonado dignas de um prêmio, quase lhe fazendo ceder a ideia de ficar mais um pouco.

   Ramos estava considerando a possibilidade de sequestrar o alfa brincalhão muito a sério. Desde o momento que dormiram agarrados, ao café da manhã que Piqué preparou (porque o sevilhano era um desastre na cozinha) e até quando ficaram uns bons minutos parados em frente a porta, apenas com o outro lhe abraçando, deixando o seu cheiro e enchendo o rosto do ômega raivoso de beijos, enquanto dizia firmemente que logo se veriam de novo.

   Tudo isso já tinha sido complicado.

   Cristianinho não ajudou os pobres barcelonistas, pelo menos não quando fazia cara de choro e perguntava o porquê de estarem indo embora tão cedo.

   Leo quase chorou junto de Júnior, Gerard prometeu que levaria o garoto pra tomar sorvete e Neymar disse que sempre que quisesse vê-los podia atormentar o seu pai pra fazer uma vídeo chamada.

   Sinceramente, o português devia proibir aqueles dois de ficarem perto do seu filho (de má influência já bastava Sergio). Mas nunca iria conseguir, Cristianinho adorava os seus tios culés e apesar de tudo sabia que eles iriam cuidar muito bem do seu pequeno (igual faziam com Thiago) se precisasse.

   O voo partiu.

   Todos os madridistas pensavam quando se veriam outra vez...

[]Voadora no Tempo[]

   O mês de setembro iria acabar em breve, bastava alguns dias e logo seria outubro.

   Tudo voltou ao normal e era quase como se a Liga dos Aliados tivesse sido apenas um delírio coletivo.

   Os clubes rivais e torcedores opostos aposentaram as suas camisas da edição limitada dos times.

   Mas existia uma marca permanente na história do futebol que jamais poderia ser apagada: "A vitória dos gigantes espanhóis".

   A aposta que eles nem conseguiriam avançar na competição foi nada mais que uma superstição. O mundo todo assistiu ao fiasco completo que foi a primeira partida e nunca imaginariam que aqueles jogadores tão desunidos fossem virar o jogo.

   Embora fosse um feito a ser comemorado já fazia parte do passado.

   Os culés e merengues estavam disputando outros títulos no momento, alguns exemplos seriam a Champions League e La Liga.

   E por falar nessa última competição, a partida de ambos os times caíram no mesmo dia.

   Real Madrid jogaria contra Alavés e o Barcelona disputaria com Girona.

    Os jogos seriam amanhã, mas fazia dias que o casal de craques se sentia estranho.

   Os seus cios pareciam estar tão perto de acontecer que poderia ser considerado perigoso.