24 - A rivalidade dos craques

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   Foi anunciado o dia do jogo, os jogadores viajaram pra Madrid e pelas contas nada duvidosas de Sergio faltavam quatro dias pra partida contra o Porto de Benfica (já que o jogo deles era um dos últimos).

   Cristiano estava muito, muito e muito estranho na opinião de todos, apenas o ômega dorminhoco não percebeu e isso era ainda mais estranho.

   O português não agia mais como um... imbecil. Ele conversava com Leo, tipo realmente trocando palavras normais em vez de discutir sem parar, cumprimentava o outro e era  amigável...

   Todos acharam esquisito aquele comportamento, pensavam que teriam que aguentar as reclamações infinitas e a fixação de Ronaldo pelo argentino até o final da Liga dos Aliados, mas parecia que os deuses do futebol sorriram pra eles.

   Apesar dos únicos que consideravam aquilo bom serem os capitães do time e Pep Guardiola, tirando esse trio ninguém podia controlar os olhares de soslaio na direção dos craques, convenhamos que era fora do comum vê-los se dando bem (apesar de ser mais culpa do alfa convencido a briga boba entre os dois).

   As reclamações agora vinham de Suárez e os seus colegas não sabiam que alguém podia ser pior que Cristiano até testemunharem as cordas vocais incansáveis do El Pistolero.

[]Voadora no Tempo[]

   Durante os treinos, o português se sentia ótimo (já que chegaram na capital antes da UEFA anunciar quando seria a partida contra os times portugueses). A sua confiança que não era pouca, aumentou nos últimos três dias treinando com Messi, parecia que o time estava engrenando de outra forma nesse momento.

   As jogadas que ele e o ômega dorminhoco podiam fazer ou criar juntos abriam portas pra novas possibilidades no esquema tático.

   Uma grande parte de Ronaldo se arrependia por ter demorado tanto pra apenas tentar conhecer Leo de verdade.

   O argentino como já tinha percebido era tímido, adorava dormir mais do que qualquer um e acordar cedo era uma luta, gostava de comer doces e não era fã de assistir futebol.

   Essa parte confundiu o alfa convencido, afinal eram jogadores profissionais do esporte, só que então o alfa convencido percebeu que na verdade Messi não gostava de perder igual a si.

   Os dois eram competitivos e as derrotas que vinham eram consideradas o fim do mundo, principalmente quando jogavam pela seleção, parecia ter um peso muito maior quando a camisa que carregavam representava a vontade de vencer não apenas deles, e sim, de um país inteiro.

   A mesma nação que os aplaudia enquanto estivessem se matando em campo pra conseguir ter chance de ganhar (destruindo o sonho de outros com o mesmo desejo). Mas quando perdiam depois de fazerem tudo o que podiam eram vaiados e insultados com: "Vocês são os melhores do mundo e ainda não conseguem vencer? Se não puderem fazer algo pelo próprio país desistam do futebol! Quando estão em seus clubes jogam bem, agora pela seleção nada".

   Cristiano se livrou um pouco desse peso ao conquistar a Eurocopa em 2016 e ainda se lembrava da euforia que sentiu levantando aquela maldita taça.

   As derrotas mesmo que ruins iriam acontecer e os dois precisaram aprender a lidar com isso... Não quer dizer que ficou mais fácil suportar o sentimento de frustração e impotência que vinha junto na bagagem.

   E o ômega dorminhoco era do tipo reservado também, as suas palavras mais colocavam limites do que explicavam as vezes, mas o português não julgou. A vida pessoal era justamente particular e não uma coisa pública pra todos ficarem se metendo, então respeitou os limites que encontrou nas suas conversas.

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