25 - A roleta brasileira

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   A partida seria amanhã, mas quem disse que os jogadores se importavam com isso?

   Na verdade, a maioria deles ligava, o problema eram os seis homens com cérebros de lesma.

   Maiya pediu ajuda aos amigos, só que era a única que estava pensando num jeito de fazer Cristiano e Leo perceberem que eram almas gêmeas.

   Podemos dizer que Gerard e Neymar desistiram de ajudar depois da cara de pau do português ontem, quando Piqué contou sobre a encarada na bunda do ômega dorminhoco ficou ainda pior.

   O catalão se recusava a fazer alguma coisa que favorecesse aquele tarado.

   Sergio brigava com o idiota pra parar de agir feito uma criança, o alfa brincalhão revidava ficando mais emburrado e o sevilhano resmungava de novo (enfim, os dois eram crianças).

   Já o brasileiro era mais flexível, o problema era que estava fora de órbita junto de James, dentro do próprio mundinho apaixonado.

   Resumindo a merda toda: "A ômega devia considerar tirar umas férias dos seus filhotes e ver como iriam sobreviver sem ela por perto".

   O casal de craques nem parecia estranhar o comportamento dos amigos mais. Eles stavam muito ocupados socializando um com o outro.

   Messi descobriu que Ronaldo tinha mania de coçar o lado da cabeça quando não sabia responder alguma coisa sem parecer estar sendo grosseiro. Ou como não admitia que era um pai coruja com Júnior mesmo que um espirro do garoto já bastava pra chegar ao seu lado. E nem iria comentar muito sobre o jeito do alfa convencido estufar o peito apenas pra provocá-lo com a diferença de altura que havia entre os dois.

   O argentino sempre quis ser amigo do outro, só que nunca soube como. Sem falar que antes de todo o alvoroço sobre unirem clubes rivais, Leo pensava que Cristiano era apenas... chato (no sentido de ter muito ego ao ponto de pisar nas pessoas) e estava feliz por ter se enganado nessa parte.

   Sim, o homem da caspa tinha um ego maior que toda Europa, mas era bastante educado e respeitoso... com quem merecia o tratamento.

   E o filho do português era simplesmente tão fofo que o ômega dorminhoco tinha vontade de morder e apertar aquelas bochechas, levar o garoto embora pra nunca mais devolvê-lo.

   Ronaldo não estava diferente sobre as novas coisas que descobriu sobre Messi.

   A mania de mexer os dedos um no outro quando queria contato físico, mas não sabia pedir sem sentir que era estranho. O jeito de morder o lábio quando estava nervoso com alguma coisa. A maneira como sempre colocava as mãos na cintura e revirava os olhos quando o alfa convencido fazia piada com a sua altura.

   Sempre achou que o argentino era muito alheio a tudo que conquistou, como se toda a sua carreira não fosse importante. Mas a realidade era diferente, Leo apenas não era uma pessoa que esbanjava tudo o que tinha, ele era discreto e gostava de ter o próprio cantinho pra ficar em paz.

   O ômega dorminhoco evitava passar por todo o estresse que veio junto da fama no pacote de ser um jogador bem-sucedido, dando mais valor aos seus amigos e família (principalmente Thiago).

   Cristiano não podia julgá-lo.

   O pequeno Messi era um anjo, a personalidade quase igual do pai, apenas mais energético (o que era normal por ser muito jovem).

   Os dois eram pais solteiros e falavam bastante sobre o assunto. O português aprendeu da pior forma que não devia abordar a mãe de Thiago nas suas conversas (alguém podia culpá-lo por ficar curioso?).

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