4 - El Clássico

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   Já fazia alguns meses que Maiya estava no Real Madrid, eles já entravam no mês de abril e a especulação de uma nova competição entre clubes era o maior interesse da mídia no momento.

   A ômega jogou partidas (virando até mesmo titular, mas ainda sendo vaiada pela torcida merengue), discutiu com Sergio, impediu Cristiano de matar James por ser legal consigo e se encaixou no time (pelo menos na parte tática).

   Borges descobriu que Marco e Isco eram almas gêmeas e namoravam. Lucas realmente tinha uma queda por Toni e que Iker havia repreendido todos (menos Marcelo, James, Casemiro e Vázquez) por continuarem sendo uma bando de crianças com ela.

   Era dia de El Clássico.

   Pela primeira vez desde que entrou no Real Madrid as duas equipes iriam se enfrentar (até tiveram outras, mas não colocaram a brasileira pra jogar). Maiya tentou mais duas vezes ligar ou mandar mensagens, só que continuava sem resposta e acabou deixando por isso mesmo, já estava ficando cansada.

   A avó da ômega estava viajando pra aproveitar um pouco, mas prometeu assistir o jogo e torcer muito por sua vitória (afinal aquela senhora não ligava pra que clube a neta jogava, o time do coração delas ficava no Brasil).

   James contou pra Borges que estava se sentindo meio estranho, como se o seu corpo quisesse avisá-lo de alguma coisa, mas eles não puderam descobrir o que era.

   A partida iria começar em breve.

   No túnel, a brasileira viu os seus antigos colegas, nenhum olhou pra si, tirando Neymar que ficou encarando e quando percebeu Maiya olhando de volta desviou a sua atenção na hora. Mas ele ainda parecia estranho na sua opinião, o rosto estava vermelho, parecia controlar a respiração e o cheiro era diferente.

   O brasileiro era um ômega com cheiro de mel, só que ela percebeu que havia uma leve nota cítrica agora, mas não pensou muito, podia ser apenas um novo sabonete.

   Iker abraçava todos antes da partida e fez o mesmo consigo. Era bom sentir que pelo menos um parte do time lhe aceitava, ainda que a ômega tivesse ouvido o rosnado de Ramos em algum lugar.

   O jogo no Santiago Barnabéu começou.

   Mais uma vez era um El Clássico cheio de emoção, Borges não conseguia evitar a sensação de que estava jogando do lado errado do campo, mas a brasileira fazia parte dos blancos agora e iria jogar pra levá-los a vitória.

   Os dois times chegaram a fazer muitas finalizações no primeiro tempo. Entre os jogadores que receberam amarelo estavam Sergio, Asensio, Pepe, Suárez e Jordi.

   No finalzinho, quando Maiya teve que cobrir Ramos (ela sendo a menor de todos os atletas em campo estava cobrindo um zaqueiro), a bola acabou batendo no seu braço quando pulou ao mesmo tempo que Isco pra afastá-la da área.

   Um pênalti foi marcado pro Barcelona. Lionel Messi era o escolhido pra bater e fez o gol.

   O primeiro tempo acabou.

   O sevilhano explodiu no vestiário, socando o armário e gritando com raiva.

   – Qual o seu problema?!?

   – Pega leve, Sergio – falou Isco (Arrumando as suas meias). – Nós dois colidimos...

   – Não enxergam que ela está tentando entregar a partida toda pra eles?!?

   A ômega não tinha paciência pra lidar com mais um chilique.

   – Era pra ser você estar lá, Ramos! Eu tive que sair pra cobrir você!

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