47 - Pare de agir feito criança

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   James podia ser tímido em muitas ocasiões e frequentemente ser motivo de provocações por isso, só que tinha alguma coisa no brasileiro que deixava ele mais... ousado.

   Mas apenas quando estavam sozinhos ou perto de amigos íntimos que agia daquela maneira.

   O que não foi o caso do jantar na casa dos espanhóis, ele nem esperava ficar pra comer junto de todos.

   O clima ficou tenso no começo, principalmente com Beckham sorrindo pro nada, pegando a mão de Iker e em seguida beijando (se olhares pudessem matar David já estaria enterrado), por mais que Casillas fugisse do toque dando um olhar feio pro alfa.

   Apesar da óbvia vontade assassina da maior parte da mesa, tudo correu bem no final.

   As crianças (Martín no caso) se animaram com todos os tios que vieram pro jantar e pra desgosto de Sergio adoraram brincar com o inglês.

   Gerard, Ramos e Maiya eram aqueles que mais estavam prestando atenção na alma gêmea do capitão.

   Leo queria ficar de olho no outro também, mas ficou sendo distraído pelos toques de afeto do companheiro, Cristiano sabia que o argentino sentia os efeitos do seu período de calor tão próximo, só que irritar o ômega dorminhoco era divertido, porque o próprio era muito fofo quando estava bravo.

   Rodríguez? Ficou ocupado com Neymar, ou melhor, os dois ficaram ocupados encarando o lado oposto ao que o parceiro predestinado olhava. Tudo pra manter a pose de quem tinha razão na briga.

   Mas o colombiano iria colocar um fim naquela história.

   Foi por isso que na hora da despedida da casa dos espanhóis, James fez questão de deixar claro no seu olhar que era pro ômega raivoso e o português decidirem qual deles teria que levar Beckham pro hotel em que ficou hospedado, porque estaria resolvendo os seus assuntos particulares.

   O alfa gentil não deu qualquer espaço pro seu parceiro saber o que estava acontecendo ou inventar desculpas pra não ir embora consigo.

   Ele pegou Neymar pelos ombros, guiando o mesmo até seu carro e dirigiu pra sua própria casa.

   A situação boba dos dois havia chegado no limite, o menor nem avisou que estava vindo, muito menos quando chegou no aeroporto.

   O brasileiro veio no carro do alfa convencido junto de Messi e Rodríguez só ficou sabendo por causa das reclamações de Cristiano sobre não poder aproveitar a companhia da sua alma gêmea.

   Aquilo chateou o maior, apesar de admitir que toda a confusão foi culpa dele e do seu ciúme, ainda não queria que o ômega sentisse que não poderia contar consigo.

   Eram parceiros predestinados, droga!

   E não vai ser uma briga infeliz pelo idiota do Luis Suárez que iria separar os dois.

   Podemos dizer que Neymar não estava tão confiante quanto o seu companheiro, o alfa não percebeu que soltou feromônios sem querer.

   O cheiro de frutas cítricas que tanto lhe acalmavam com a segurança e familiaridade que transmitiam só contribuiu pra deixá-lo mais nervoso, porque estava se tornando espesso de uma forma não muita boa, principalmente ao sentir a óbvia raiva mal escondida ali.

   Bom, o colombiano podia ir ver se o menor estava na esquina.

    Não importava que o seu corpo encolheu automaticamente no banco, o seu nariz protestou contra os feromônios estúpidos, a sua mão coçou pra tirar o bloqueador e acalmar qualquer que fosse a merda de Rodríguez.

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