and now?

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BÁRBARA PASSOS
point of view

— Pra que, Augusto? — Perguntei, mas ele me deixou sem resposta, apenas virou as costas e saiu. Filho da mãe. O que esse idiota queria comigo?

Logo lembre-me de Carol e de Bruno e saí correndo, a fim de chegar na casa de Carol o mais rápido possível para ver se Pay estava bem. 

— CAROL, ONDE ESTÁ BRUNO? ELE ESTÁ BEM? — Entrei em sua casa gritando, a porta estava aberta e mesmo assim era uma tremenda falta de educação, sorte que seus pais não estavam em casa.

— Calma, Bárbara. Nossa... — Ela disse assustada. —Ele está lá em cima, está bem e tal, quero dizer, não está morto. — Fui correndo para o quarto, cheguei a tropeçar nas escadas, vi Carol reprimir um riso, mas nem liguei. Nobru estava deitado na cama, com os olhos fixos no teto. Seu olhar era estranho, continha ódio.

— Bruno, você esta bem? — Fiz essa pergunta idiota sentando ao seu lado. Nossa, eu fiquei super preocupada.

— Você não deveria ter se metido. — Ele disse com certa dificuldade, sendo grosso.

— Eu ia matar ele.

— Mas Nobru... Sem querer dizer nada, mas... Você estava apanhando como aqueles bonecos de boxe. —Falei com cuidado, pois não queria pisar nos sentimentos dele.

— Você que viu mal, eu ia acabar com ele. — Realmente, Victor tinha batido muito em Bruno. — E você pisou no meu orgulho, isso vai pegar mal pra mim.

— Você está sendo infantil, cara. — Falei.

— E injusto também. — Carol disse enquanto observava tudo incrédula

— Não interessa, só fiquem fora disso. — Ele disse friamente, os olhos cheios de ódio e alguns curativos que Carol havia feito, ou tentado fazer. — Eu vou embora. — Ele disse tentando se levantar com certa dificuldade. — Onde está Cerol?

Bruno, estava sendo totalmente injusto com a gente, nós ajudamos ele, se na cabeça dele ele pensa que ia acabar com o Victor, desculpe, mas ele esta vendo gnomos em marte, pois Augusto soqueava ele loucamente, se eu não tivesse interrompido, Nobru já era. Eu estava com raiva por ele ter sido tão babaca, minha vontade era de ir até Augusto e dizer "Oi, seu idiota, resolvi deixar meu amigo morrer. Tenha um bom trabalho. Tchau." Mas eu ainda era idiota, e tinha esperanças de que Bruno voltasse a ser o que era antes, eu me preocupava com ele, uma amizade não acaba assim, por mais que ele estivesse sendo um merdão eu não queria que nada de mal o acontecesse, desde que Bruno criou essa gangue para afrontar a Loud, meu sonho era levar ele à igreja mais próxima e o entregar à Deus, pois ele tinha mudado muito e isso doía demais, por mais que eu escondesse essa dor.

Cerol logo veio e ajudou Bruno a descer as escadas, o levando embora.

— Você sabe onde está o velho Bruno? — Carol perguntou pasma.

— Se soubesse, já tinha trazido de volta há muito tempo. Falei com um tom de voz triste. — Mas mudando de assunto. — Disse respirando fundo tentando me recompor. — O que você tinha de tão surpreendente para me falar em, dona Carol? — Perguntei, curiosa.

— Então, conheci um garoto super lindo, simpático, tudo... — Ela suspirou.

— Ah claro, você me chamou para dizer que desencalhou e eu não? É isso? — rimos.

— Para, Babi. Você está encalhada porque quer, tem vários gatinhos que te dão mole e você se faz de cu doce. — Rimos novamente. — E você tem 17 anos, muito tempo para tudo.

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