hi, Augusto

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BÁRBARA PASSOS
point of view

— Victor, faz dois dias que você não me liga. – Reclamei assim que Augusto atendeu o celular, nós não havíamos nos falado muito e na escola, nossa conversa era algo super rápido, eu chegava em casa achando que ia receber pelo menos uma ligação com Victor justificando sua ausência, mas não, e foi assim por dois dias.

— Uh, Bárbara. – Sua voz era fraca. Desculpa, é que eu ando ocupado, mas nada mudou.

— Posso saber o motivo dessa ocupação toda? — Perguntei desconfiada.

— Negócios com a gangue, eu estou envolvido demais com a Loud, estamos planejando uns bagulhos e tal e também estamos abrindo uma boate nova. Clandestinamente, claro. Então o bagulho é muito mais perigoso e temos que ter muito mais cuidado. Desculpa, Babi.

—Por que não me falou antes?

—Porra, eu não estou com tempo para nada, ultimamente.

— Não me ama mais? — Fui dramática.

—Não fala merda, Babi. Puta que pariu. Porra, minha cabeça parece que vai explodir e daqui à pouco eu tenho que colar lá no casarão.

—Deixa eu ir com você?

– Óbvio que não, você nos negócios da Loud é merda na certa.

— Mas eu quero te ver, por favor. — Implorei. — Meu pai vai voltar tarde e eu não quero ficar aqui sozinha.

— Mob vai passar aí para deixar Âmbar com a minha mãe, aproveita e fica com ela também, ou se quiser ela pode até ficar aí. – Victor disse simples.

— Como você é chato, que caralho mesmo. – Resmunguei. —Tchau, Augusto. Me ligue quando lembrar que tem uma namorada. — Desliguei e sorri. Mob iria deixar Âmbar com Angélica, então, com certeza depois ele iria para o tal casarão, o qual eu tinha uma curiosidade enorme em conhecer, simples, era só eu convencer Mob à me levar.

Fui correndo para o banheiro tomar um banho rápido, assim que saí coloquei uma calça jeans justa e um moletom qualquer, terminei de me arrumar, peguei o celular e desci as escadas correndo, saí de casa, tranquei a porta e quando dei—me conta, eu já estava na frente da casa de Angélica. Bati na porta.

— Babi. – Ela sorriu. — Mob já veio deixar Âmbar aqui? — Perguntei enquanto entrava

— Você está vendo alguma criança por aqui? – Ela riu.

— Seu corte foi recebido com sucesso. — Falei e nós rimos, sentei—me no sofá e nós ficamos falando sobre coisas tolas. Angélica tocou no nome de Augusto e eu falei todas as coisas ruins que ele era, a deixando apavorada, mas um sorriso abriu em sua face assim que eu disse que eu realmente o amava de verdade.

— Isso que é amor. — Angélica disse. — Você realmente é uma garota de ouro, é dificil domar Victor.

—Eu que o diga. —Falei. — Mas e aí, como vai você e o chato do meu pai? Nossa, que homem que fica mais chato á cada dia.

— Estamos bem. – Ela sorriu. — Adinan não gosta muito de Victor, mas eu não o repreendo por isso, meu filho realmente é um cara difícil, vou ser sincera, Babi. Eu não discordo do fato de Adinan não aceitar você e Augusto juntos, não discordo, eu amo meu filho, mas todos sabem que ele é totalmente inconsequente.

— Eu não me importo, não mais. Eu o amo e é isso que importa e eu sei que ele me ama também, por mais que ele só saiba fazer merda, nós sempre nos entendemos depois. – O defendi.

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