we are back part 2

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BÁRBARA PASSOS
point of view

— Você está muito afiadinha hoje, não acha? – Victor dizia me encarando sério. — Acho que você tem que se lembrar com quem está convivendo e se pôr no seu lugar. — Eu apenas o olhava. – Está vendo o meu braço? — Ele disse me mostrando o mesmo, – Ainda está vermelho por causa daquele tapa. Odeio que encostem em mim, Bárbara. Você não tem noção. A maioria das pessoas que me agrediram antes, pode ter certeza, não estão em um lugar nada bom. – Ele disse e riu, e eu estava enojada com a frescura daquele garoto. — Ah e também tem sua amiguinha que não sabe nem respeitar o território dos outros, isso é falta de surra, mesmo.

— Depois sou eu que extrapolo em relação as coisas, olha o drama que você está fazendo. – Falei revirando os olhos.

—Drama? —Ele riu. – Eu só estou pondo você no seu lugar.

— Ah então perdeu seu tempo, porque eu já sei muito bem o meu lugar.

— Não parece e você está demonstrando isso agora, me enfrentando. —Ele disse. – Não faz coisa para se arrepender, Bárbara. – Isso soou como um aviso.

—Por que eu me arrependeria? – Perguntei arqueando as sobrancelhas e Victor me olhou firme, tentando controlar-se da raiva.

—Por que? – Ele riu.

— É, por que?

— Porque eu já disse, sou impulsivo, Bárbara. Se eu tiver que te quebrar todinha, eu farei isso. Não me tira do sério. — Ele disse apertando meu braço com força

– Você está me machucando. — Falei tentando me soltar. – Para, Victor. — Pedi. — Mob, Arthur. – Gritei tentando alguma ajuda.

— Cala a boca, Bárbara. Isso aqui é entre a gente. Ninguém mandou querer dar uma de espertinha. — Ele disse e os garotos bateram na porta, ouviram meu chamado. — Podem ir seus boiolas, deixa que a gente se resolve aqui.

—Não, me tirem daqui. — Pedi, eu não gostava daquela forma de Victor.

Augusto me olhou bravo, agarrou um de meus braços e me jogou na cama, fazendo eu cair com certa violência e logo semi abriu a porta, colocando só sua cabeça para fora.

— Não se metam. – Ouvi ele dizer para os garotos. —Essa garota tem que aprender a me respeitar, eu tenho que me impor e deixar ela bem na linha.

—Pega leve, Augusto. Não quero ter que brigar com você. – Mob deu seu recado e ele e Arthur se retiraram, Victor fechou a porta e voltou seu olhar para mim que continuava atirada na cama do mesmo jeito que ele me jogou.

— Você não precisa fazer tudo isso, eu não te fiz nada, seu retardado. — Falei acariciando meu braço.

— As vezes... — Victor dizia vindo em minha direção. – As míseras coisas, são as que mais incomodam — Ele riu pelo nariz, irônico. — Como o jeito que falam comigo, como se quisessem se impor sobre mim, ou até mesmo quando me batem de brincadeira, que nem você fez. Odeio isso.

—Não bati em você de brincadeira. — Eu sempre tinha que dificultar as coisas. — Te dei aquele tapa porque você mereceu, olha a merda que você falou, aprende a me respeitar porque eu já disse, não sou nenhuma das suas vadias. – Falei levantando—me daquela cama.

— Eu não deixei você levantar, Bárbara – Victor disse. Eu mando, você obedece.

— Você está confundido as coisas. — Falei.

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