we are together

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BÁRBARA PASSOS
point of view

Continuei sentada no sofá e percebei que meu pai foi até a cozinha me olhando estranhamente, como se desconfiasse de algo. 

— Tudo bem?  — Perguntei. 

— Tudo ótimo.  — Ele disse e eu fui até a cozinha novamente.  — Tirando o fato de que você estava falando com ele.  — Meu pai me olhou friamente e eu estremeci. 

— Ele quem?  — Tentei me fazer de boba.

— Você sabe, Babi. Não se faça, não minta.  — Sua voz era firme. — Sabe, você disse que tinha medo que eu restringisse sua liberdade e eu estou prestes a fazer isso, estou vendo que não posso confiar em você.  — Ele bateu a porta da gelada com força. 

— Você é exagerado demais.  — Abri o jogo. — Augusto não vai me fazer nenhum mal. 

— Você que acha, não quero que minha filha acabe sofrendo por causa de um gangster de meia—tigela. 

— Não fala assim dele.  — Quase gritei.  — Você acha que foi quem que pagou aquela droga de hospital? Porque do seu bolso não saiu nada e o senhor ficou bem quietinho.  — Falei brava e meu pai

— Não me diga que ...

— Sim, eu te digo, pai. Victor pagou tudo, ele se preocupou comigo.

— É só uma maneira de comprar minha filha.—  Não acredito que eu ouvi aquilo. — Vou devolver todo o dinheiro para ele, vou mandar Angélica questionar quanto que foi o custo. — Ele disse.  Mas quanto à vocês dois, mantenham longe um do outro, ou você sabe, eu te mando para o Texas. 

— Você fala isso numa naturalidade, como se eu fosse algo sem importância, o qual você pode embrulhar e mandar para outro lugar.  Não caia no meu conceito, pai. Só isso que eu te peço. — Saí dali apoiando meu corpo nas muletas, demorei para chegar em meu quarto, mas o importante foi que eu consegui. 

[..]

—Olaaaaa amiga linda. — Carol praticamente cantou.  — Como você está com a patinha quebrada e não pode dirigir e também ficou sem carro, mas não quero ficar pisando nos seus sentimentos, eu vim te buscar.  — Ela abriu os braços super feliz e o nervosismo me percorreu. 

— Carol, amiga. — Sorri para ela. — não quero sofrer outro acidente de carro.

— Aff, você colocou na cabeça que eu não dirijo bem. 

— Ok, vamos Carol. — Falei saindo de casa e fechando a porta.

— Coloque suas muletas aqui.  — Ela disse pedindo para que eu as colocasse no banco de trás. — Prontinho. 

Entrei no carro com uma dificuldade mínima.  Resolvi contar tudo para Carol, ela pensava em tudo como se calculasse cada coisa que iria me falar.

— Namore escondida. — Sim, ela me deu esse conselho inteligentíssimo.

— Eu já pensei nisso, isso não é o problema, eu tenho medo que meu pai descubra e me afaste de Augusto.

— Nunca vi um namoro com tantos obstáculos, puta que pariu. — Carol revirou os olhos. – Mas você sabe, não tem outro conselho bom, à não ser...

— Não vou me separar dele, eu o amo pra caralho. Vou voltar para ele hoje — Falei decidida. — Só vou pedir para que tenhamos cuidado. Meu pai mesmo soube que Victor trabalhava na escola, mas ele soube também que ele havia saído, acho que ele não faz ideia que Augusto voltou, porque se fizesse, era capaz de me tirar da escola e sim, logo agora que estamos perto da formatura. Sem contar que ele...

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