my life its over

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BÁRBARA PASSOS
point of view

capítulos finais 2/5

Sai de casa com uma vontade tirada do fundo do cu e lá estavam, dois caras de terno encostados em um carro perto, ambos muito bonitos e bem mais velhos, assim que me viram se desencostaram do carro e me analisaram.

— Você é Bárbara Passos? — Um perguntou.

— Não. — Falei. – Sou a vó dela. — Ironizei.

— Entre no carro. – O outro falou.

— Mas primeiro, vou nos apresentar: sou Ian e esse é Dwayne, seremos seus seguranças até você ir para... hm... Texas, não é?

— Vamos logo, não quero me atrasar para a escola. – Cortei aquela apresentação clichê. Eu precisava chegar e pegar o celular de Carol para telefonar para Augusto ou para alguém que tivesse notícias dele, eu não havia dormido a noite inteira preocupada, meu pai havia o machucado muito e eu ainda não me contentava com o fato de ele não ter revidado. Pensei tanto nisso que quando dei— me por si, eu já estava chorando. Eu queria entrar naquela escola e ver Augusto por aqueles corredores, falando em meu ouvido suas típicas coisas impróprias ou querendo me agarrar justo em locais que haviam câmeras, ele podia ser tudo, gangster, mau—caráter, criminoso, mas era ele quem eu amava.

— Chegamos. — Dwayne disse. — Estaremos aqui na hora que você sair.

— Seu pai pediu para avisar que tem dois alunos cuidando seus passos pela escola à mando dele, então não tente dar uma de espertinha. — lan completou.

— Isso tudo é exagero. — Protestei.

— Não sabemos de nada, só estamos fazendo nosso trabalho. – Fiquei quieta e entrei na escola, tenho certeza que minha aparência não era das melhores.

— BABI? O QUE ACONTECEU? OLHA PRA VOCÊ. TE LIGUEI PARA SABER COMO FOI O JANTAR E SEU PAI ATENDEU, DISSE QUE TINHA CONFISCADO SEU CELULAR... – Desabei, a abracei fortemente e comecei à chorar loucamente, algumas pessoas passavam e estranhavam a cena, a própria Carol não estava entendendo nada. – O QUE...

— Meu pai... meu pai, Carol. — Eu não conseguia falar. – Ele descobriu tudo, Lucy contou tudo, ele foi até o restaurante e... – Respirei fundo tentando conter as lágrimas. — Viu a gente e fez o caralho á quatro, ele bateu em Augusto, ele deixou Augusto inconsciente, meu namorado está no hospital e eu não tenho notícias dele, não tenho. Não sei o que fazer, Carol. Preciso da sua ajuda.

— Vou ligar para Bak, espere.

— Não aqui. — Falei e conteu o resto da história, contei que eu iria para o Texas e ela começou á chorar junto comigo, tudo no meio do corredor da escola, contei também dos seguranças e dos tais dois alunos que estavam de olho em mim, eu estava presa.

— Não acredito que seu pai foi capaz de tudo isso para afastar você de Augusto. — Ela concluiu. — Eu não quero perder você, não quero perder minha melhor amiga. — Chorei mais ainda.

— Nós nunca vamos nos separar. – Prometi. – Nós podemos arrumar um emprego e morar juntas, nós sempre sonhamos com isso.

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