Mr. Bárbara

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BÁRBARA PASSOS
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— Entra. — Arthur gritou.

– Pelo menos a pessoa bate na porta, não é igual à você e Mob que já chegam chegando. — Falei.

—Acho melhor a gente picar a mula. — Carol disse para Arthur ao perceber que quem entrava era Victor.

– Não, podem ficar. — Falei.

– É, podem ficar. – Victor disse. — Só vim saber se Babi está bem.

—Estou ótima. — Falei.

— E linda, alias, muito linda para você. — Carol não podia deixar de implicar.

—Vai começar, barata esmagada? — Victor retrucou.

—Eu já falei para você parar de me chamar assim, que caralho. — Ela disse brava. – Babi, faz alguma coisa, ou eu mesma faço. – Carol cruzou os braços.

— Ah é? E o que você vai fazer? Ninguém pode com Victor Augusto.

– É, só os travestis. — Ela disse. — Eu e Arthur nos olhamos e seguramos a risada.

—Sério, parem. —Falei.

— Eu e Carol já estamos de saída, afinal tem três pessoas aqui e isso não pode. — Arthur disse.

—Eu sei, o limite é duas, Victor vaza e eu e você ficamos aqui. — Carol sorriu.

— Vamos de uma vez, garota. – Arthur disse a puxando pelo braço.

— Mas eu quero assinar a tala da... Logo os dois já estavam fora da sala. Mas Victor estava ali, me olhando com aquele olhar intimidador.

—Esse... esse curativo não está mal feito? – Ele disse tocando o curativo que tinha no canto de minha boca, levemente.

— Não sei, eu não vi, ainda não tive coragem de me olhar no espelho. — Falei e Victor sentou—se na ponta da cama que eu estava.

– É horrível te ver assim.

—Relaxa, eu estou bem.

— Talvez eu não esteja falando sobre o acidente, eu estou vendo que você está recuperada, mas eu quis ressaltar a questão da tristeza que está visível em seu rosto. – Ele disse aquilo e me deu vontade de chorar.

—Bom, não tenho muito motivos para estar feliz, fui sequestrada, perdi meu namorado, sofri um acidente, comi uma sopa horrível.

— A parte de ter perdido seu namorado foi culpa minha. — Ele disse olhando em meus olhos.

— Culpa nossa. — Falei.

— O que você quis dizer com isso? – Ele arqueou as sobrancelhas.

— Sou a errada da história também, Augusto, eu exagerei totalmente sobre o fato de ontem, eu pensei apenas em mim, sendo que você estava se sentindo culpado por minha causa, eu deveria ter te apoiado, mas eu apenas te julguei, eu não vi o interior dos fatos, eu não procurei ver os motivos que te levaram à fazer tudo aquilo, eu sei que você está se esforçando e tentando mudar e eu não estou cooperando nem um pouco com isso.

— Você deve ter batido a cabeça fortemente. – Ele disse e eu revirei os olhos. — Até porque, você é tão orgulhosa quanto eu.

— Mas nós já pisamos em nosso orgulho uma pá de vezes, um pelo outro.

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