damn!

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BÁRBARA PASSOS
point of view

Já havia se passado um mês que eu e Victor estávamos juntos, e não, ele não parou de fazer merda. As vezes ele pisava feio na bola, mas eu vi que ele estava tentando mudar e com as mudanças sempre vem os erros, então resolvi dar um desconto.

— Acho que o Sr.Tolbert não gosta muito de vocês. — Victor disse entrando na sala e sentando—se na mesa do professor, os olhos de Lucy brilharam. — Ele sempre arruma uma desculpa para sair daqui, já perceberam? – Alguns alunos riram.– Deve ser por causa daqueles panacas fazendo guerra de bolinha de papel lá atrás. — Victor apontou para alguns idiotas do time.

— Pô, Augusto. A gente sabe que tu é tão zoeiro quanto a gente. – Um garoto disse rindo e em seguida uma bolinha de papel veio parar em minha cabeça, vire— me para trás e lancei um olhar furioso para o filho da puta, mas nem precisei falar nada.

— Sai da sala agora, seu zé ruela. – Augusto disse.

– Calma, Vi... Sr.Augusto, foi só uma bolinha de papel. – Falei para Victor, que me ignorou.

— Larga daqui de uma vez. – Victor disse e o garoto não se moveu, ficou parado em sua classe, em seguida, outra bolinha voou acertando Lucy.

—Augusto, acertaram em mim também. — Ela reclamou.

— Acontece. — Ele deu de ombros. – Mas e aí, mangolão. Vai sair ou eu vou ter que te tirar a força? — Ele se referiu ao garoto.

—O idiota do Clay acertou em Lucy e você não mandou ele largar. — O garoto disse firme, Lucy olhou para mim com uma cara mais horrível do que o normal, segurei a vontade de rir.

—É que você é especial. – Augusto disse e a turma riu. – Agora larga. – O garoto levantou— se troteando e saiu super bravo pela sala, olhei para Augusto e revirei os olhos, não precisava de tudo isso.

—Algum problema, Babi? — Ele disse apoiando as duas mãos em minha carteira e logo deu um sorriso lindo.

— Não precisava tudo isso. — Falei o mais baixo possível, pois os olhos de todos os alunos estavam em nós.

—Ah, aquele cara está sempre enchendo, só mandei ele ir tomar um ar. – Victor deu de ombros e voltou para a mesa grande do professor se sentando nela.

—Então, só para constatar que o Sr.Tolbert deixou atividade. — A sala fez um barulho de descontentamento em uníssono. — Página 233 do livro, bora fazer essas porras. — Todo mundo o olhou na hora que ele disse palavrão.

– O que é? Nunca disseram palavrão na vida? – A sala riu.

— Até os palavrões ficam lindo quando saem de sua boca. – Lucy soltou essa e logo recebeu outra bolinha de papel na cabeça, Victor riu.

— Obrigado. — Ele agradeceu ao atirador.

— Nossa, Augusto. Antes você não era tão mal assim. — Ela disse com a ponta do lápis na boca como se tentasse seduzir, eu já estava louca para me levantar e dar mais uma lição naquela garota, mas me contive.

– Qual a página mesmo? — Perguntei abrindo o livro.

— 233. – Ele disse simples. — Mas preferia que fosse 69. – Ele piscou para mim e puta que pariu, ele queria foder com tudo mesmo. O ignorei era o melhor à se fazer.

— Você voltou bem ousado, não acha? — Uma loirinha disse com uma voz super sedutora.

— Eu sempre fui assim, você que não percebeu. — Ele piscou para ela.

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