Nilson

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BÁRBARA PASSOS
point of view

Já havia passado uma semana e Carol ainda fazia questão de não olhar em minha cara e isso doía pra caramba. E eu ignorava Victor de todos os modos, pois eu coloquei em minha cabeça que eu não iria mais ser feita de idiota por ele, é como se eu quisesse me livrar e deixar de ser atraída por ele.

– Carol, posso falar com você? — Perguntei esperançosa ao ver ela passar por mim no corredor, desde que a gente havia se desentendido eu não deixava de correr atrás dela nem uma única vez.

Carol não me respondeu, apenas continuou andando. Segurei a droga do choro.

— Ih ! Acho que sua amiguinha não quer mais saber de você. Até que eu entendo ela.

—Augusto... — Revirei os olhos ao avistar ele, que se mantinha com as mãos no bolso.

— Lindo como sempre. – Ele disse e eu fechei a porta do meu armário com força.

— Não, idiota como sempre. —

— Posso até imaginar porque ela não quer falar com você.

— Ah é? Então me diz o porquê. – O desafiei.

— Simples, eu e você. Ele disse indiferente. — Vá lá e confie na sua amiga, conte para ela que nós transamos, que você é apaixonada por mim e que eu te proporciono muito prazer. — Eu ri debochada

—Não sonha. — Falei

— Mas não é verdade? Ou você vai dizer que nós nunca transamos?

— Vou dizer que nós nunca transamos, pelo menos para tentar ficar feliz. — Victor me olhou e riu.

— E incrível como você mente para todos e para você mesma. – Ele tocou em minha ferida, aquilo me atingiu em cheia. — Pensei que você fosse mais inteligente. Me ignorar, não vai fazer você se afastar de mim. Eu te tenho, entenda isso.

—Não, você ACHA que me tem. É bem diferente.

– É aí que você se engana, babizinha.— Ele deu ênfase ao meu apelido, extremamente ridículo.

— Me deixe em paz, Victor. Eu estou apenas tentando ser quem eu era antes de te conhecer.

— Ok, mas só pra te avisar que: Sua pureza não volta, eu não posso te devolver ela. Desculpe. — Ele disse implicante como sempre, riu e saiu.

Filho da puta.

Bateu o sinal e fui para a sala de aula sem vontade alguma. A aula de inglês foi normal, tirando a parte que eu tive que ver minha melhor amiga rindo loucamente com Lana  como se elas realmente fossem íntimas, caralho, elas não eram, nunca foram. Ridículo isso. A verdade era que Carol me fazia muita falta, ela era praticamente minha única amiga, a única pessoa que eu podia confiar e não confiei.

—Professora? — Chamei e ela me olhou — Será que eu posso ir tomar água?

—Não está se sentindo bem de novo, Bárbara? Aham, sei — Lucy se meteu

— Garota, me responde uma coisa, eu te chamei no assunto? Ah claro que não, é que ser metida é sua especialidade.

— Eu falo o que eu quiser. — Ela tentou se defender.

— Só fala o que quiser pessoas com conteúdo, e não, você não tem isso. — Lucy ficou quieta. — Ah e eu tenho uma pergunta: Como vai as coisas com o seu pai? Fiquei sabendo que ele descobriu que havia um garoto em sua casa, alguma coisa assim. — Fui uma verdadeira megera, confesso, mas não mais do que ela. Lucy me olhou com uma cara do tipo "como você sabe?" e eu ri, enquanto a turma cochichava. — Ah e se você quer saber, não, eu não estou me sentindo mal. Só estou com sede. Isso te incomoda?

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