i hate you pt.1

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BÁRBARA PASSOS
point of view

— Eu não aguento mais essa tala, tira o mais rápido possível, doutor. — A médica riu enquanto eu implorava sentada naquela maca, eu estava louca para me ver livre daquilo.

—Calma, mocinha. O processo já vai começar, é algo bem simples.

— Babi é ansiosa assim mesmo. – Meu pai se pronunciou.

Em seguida, um segundo médico entrou e fez o procedimento de tirar minha tala, em pouco tempo, eu podia sentir o vento em minha perna.

— Maravilha. — Falei sorridente, descer da maca e era estranho andar normalmente. – Porém, está fedendo. – Falei e todos riram. – Posso ir agora?

— Sim, senhora. — Um dos médicos sorriu. — Vamos pai? – Meu pai apenas assentiu, ultimamente ele andava estranho e grosso comigo, por qualquer motivo me xingava ou fazia algo que resultava em meu choro, já estava ficando tudo insuportável.

—Bom, hoje como eu vim com você aqui... – Meu pai disse enquanto nos encaminhávamos até o carro, eu parecia uma retardada dando pulinhos aproveitando a liberdade de minha perna. — Dá para você me ouvir? — Meu pai foi rude e eu entrei no carro.

— Fala. — Perdi meu humor.

— Então, como eu vim com você aqui hoje no horário de meu trabalho, vou ir para o escritório mais tarde hoje, então isso significa, que eu voltarei mais tarde e também significa que eu quero você em casa. – Fiquei quieta, pois hoje era o dia que Augusto me levaria para jantar.

— Ok – Disse simples.

Chegamos em casa e a primeira coisa que eu fiz, foi subir as escadas correndo, eu sentia falta de fazer aquilo.

—E não pense que você vai ficar em casa, se arruma e eu te levarei para a escola. — Meu pai gritou cortando meu barato.

Me arrumei e em seguida eu estava pronta para entrar nos períodos da tarde, tudo o que eu não queria.

Meu pai me levou até até a escola e eu fiz questão de pedir um carro novo, a resposta foi não, ele andava estranho ultimamente e me tratando como uma merda.

—Você parou de se encontrar com Augusto? — Ele tocou no assunto.

— Não foi isso que você ordenou há alguns meses atrás? — Fui meio rude.

— Exatamente. — Saí do carro e entrei na escola, peguei a autorização para poder entrar na sala e fui em direção a mesma.

—Minha perna voltou a funcionar. — Falei rindo para Carol enquanto eu sentava ao lado dela.

— Onde está a professora? — Perguntei ao ver que todos estavam fazendo a maior bagunça na sala e a professora não se encontrava.

— Em algum lugar da vida. — Carol respondeu.

—Eu estava só esperando você chegar. — Ouvi a voz de Lucy e pus meus olhos nela.

—O que? – Arqueei as sobrancelhas.

— Isso mesmo que vocế ouviu. – Ela levantou—se e ficou de frente para a turma toda.

— Não estou te entendo, flor. — Minha voz tinha tom de sarcasmo.

—Ah sei lá, Babizinha. — Ela me chamou por meu apelido apenas para implicar. — Só cansei de guardar segredo, sabe... Já faz uma semana que eu fiz aquela grande descoberta. — Ela estava falando de meu namoro com Augusto, a turma olhava sem entender.

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