i want you

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BÁRBARA PASSOS
point of view

— Confesso que eu até fico meio ereto quando você me chama de Augusto. — Ele riu malicioso e eu fui obrigada a revirar os olhos, aliás, isso era o que eu mais fazia quando estava com Victor.

— Cala a boca e não mude de assunto, Aug... Quero dizer, Victor. – Ele riu novamente.

— Ah claro, seu carro, o que tem ele? – Ele se fez de desentendido.

— Garoto, não se faça de sonso. – Falei dando um tapa em seu braço. Eu sei que foi você quem o arranhou, ficou com raivinha porque me viu beijando Nilson, é? Eu estou cansada dessas sua infantilidade. Que caralho, mesmo. – Victor olhou para baixo com um certo olhar maligno, sorriu pelo nariz com um tom de ironia, olhou—me novamente e me empurrou com tudo na parede, fazendo minhas costas doerem, logo ele prensou meu braço com força, impedindo—me de me mover. Nos olhávamos com firmeza o tempo todo.

— Bárbara, Bárbara você me leva muito na brincadeira. — Ele dizia friamente com aquela sua voz rouca. – Mas eu acho melhor você parar com isso, para o seu próprio — Ele riu com um bem. Você é minha garota, somente minha, caso ao contrário... ar debochado. Você morre. – Victor segurou meu queixo com força, erguendo um pouco meu rosto, senti uma lágrima escorrer, confesso que era medo, pânico.

—Me larga. – Falei soluçando. – Eu não sou sua, não nasci para ser feita de idiota.

– Claro você já nasceu idiota. — Ele disse e eu ignorei seu comentário.

— Eu tenho que me prender a você. — Aumentei meu tom de voz. — Mas você pode comer até a mãe do padeiro, isso não existe cara. — Tentei empurrá-lo, mas foi inútil.

— Espero que você sinta muito por Nilson. — Ele disse me soltando e caminhando lentamente pela sala, numa tranquilidade infinita.

— Você não vai matá—lo. — Gritei. – Eu o beijei, a culpa é minha.

— Foda-se, Bárbara. Eu te avisei, caralho. Qualquer garoto que você ficar morre.

— Então comece se matando. – Falei.

— Eu já falei para você parar de me levar na brincadeira, porra. — Ele gritou.

— Você é problemático. – Gritei de volta.

— Não, Bárbara, adjetivo errado para me caracterizar. Mas se você disser possessivo, eu até aceito. – Ele disse se aproximando novamente de mim. – E Nilson, bom, já era para ele estar morto há muito tempo. Ninguém me rouba e sai fazendo festa, parte daqueles 15 milhões foram conquistado com o meu suor, você sabe como é difícil pegar carregamentos hoje em dia? Os caras estão por todas as partes. Mas depois vem a negociação, e depois só felicidade. Ah papai. – Ele disse rindo, odiava o jeito que ele banalizava as coisas. — Mas vamos voltar ao rumo das coisas, eu sempre achei engraçado o jeito que você sabia de tudo. — riu com aquele ar de idiota. — Estava sempre escutando a conversa dos outros, ou você acha que eu sou idiota?

— Acho que você é idiota. — Disse simples, limpando as lágrimas e quando dei—me por conta meu rosto estava ardendo por causa de um tapa que eu levara de Victor. Levei as mãos ao rosto, incrédula por ter apanhando daquele idiota. Fiquei o olhando e vi raiva em seus olhos.

— Eu nunca seria sua, seu filho da puta. —Gritei. —Nem se eu quisesse.

— Você não esta cooperando, porra. – Ele disse virando de costas para mim e se apoiando na mesa como se tivesse reprovado sua atitude.

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