i'm wrong too

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BÁRBARA PASSOS
point of view

— Sua pirralha, idiota. — Ela avançou contra mim, mas Arthur veio correndo e a segurou. — O que você está fazendo aqui? É com Victor que você está se envolvendo? É uma vadia mesmo.

— Como você ousa me chamar de vadia? Olha pra você. — Falei furiosa tentando me soltar de Victor mesmo sendo impossível.

— Eu só não acabo com você aqui, porque você se envolve com o meu chefe e esse emprego é minha vida. — Ela dizia sem nenhum medo de que eu pudesse estragar a vida dela contando tudo para meu pai, talvez ela não tivesse essa preocupação.

— Seu chefe? Que chefe? —Perguntei sem entender.

—Além de tudo é burra. — Ela disse e eu logo me liguei olhando para Victor.

– Chefe? Como assim? — Perguntei à ele.

— Eu sou dono disso tudo, Bárbara. – Ele respondeu dando de ombros, eu não tinha percebido isso. — Você deveria prestar mais atenção nas coisas e pelo visto, eu também, pois não sabia que a garota das bebidas era sua madrasta. — Ele disse arqueando as sobrancelhas.

— Garota? Essa daí já é bem antiga. —Falei. Ah, e diga X. —Falei pegando meu celular e tirando uma foto dela. — Porque seu show acabou.

— Você acha mesmo que seu pai vai me largar? Ele não vive sem mim. É só inventar uma desculpinha boba que ele cai na rede direitinho. – Ela dizia com um sorriso nos lábios me enchendo de ódio.

— Que desculpa você vai inventar, Ana? "Ah eu só trabalho semi nua porque foi o único emprego que eu consegui com o meu nível de inteligência para comprar minhas máscaras faciais, eu não queria pedir dinheiro para você, amor" – Ironizei uma desculpa.

— Boa ideia. – Ela disse e eu consegui me soltar dos braços de Victor partindo para cima dela e a derrubando no chão, logo montando nela e dando tapas consecutivos em sua cara, ela se agarrou em meus cabelos e eu mudei para socos fazendo seus lábios e supercílio sangrarem, nem eu estava acreditando em minha força.

— Ok, chega, Bárbara. – Victor disse me tirando de cima dela. Rindo, ele banalizava qualquer situação, impressionante. — Adoro briga de mulher, me deixa louco. — Ele disse mas eu nem dei bola, pois estava ocupada chamando Ana de tudo quanto é coisa.

— DEMITE ELA, AUGUSTO. DEMITE. – Gritei. – CHAMA OS SEGURANÇAS, TIRA ESSA VADIA DAQUI. – Victor me olhou pensativo.

— Não, Sr.Augusto, você não pode me demitir por causa dessa garota, todos sabem que trabalhar para você é minha vida. – Ela disse com um tom malicioso na voz, e eu concluí que eles já haviam trepado, fiquei mais nervosa ainda.

— Eu vou falar tudo para o meu pai e ele vai deixar você. – Eu disse e ela riu.

— Você não se atreveria...

– Ah é, por que não?

— Ele não ia gostar de saber que a filhinha dela se envolve um gangster e muito menos que você esteve por aqui. Se eu afundar, você vai junto. — O que Ana falou, foi de se pensar, meu pai nunca aceitaria eu andar por esses lados, ele sempre foi do tipo que sonhou o melhor para mim.

Se ele descobrisse meu envolvimento com Victor, ou melhor, descobrisse que Victor era um gangster ele poderia tomar atitudes drásticas.

— Isso não vai ficar assim, Ana.— Falei e Victor começou a me empurrar em direção à um sofá qualquer, o qual eu sentei totalmente perdida, aquela musica alta já estava começando a me fazer mal. Eu não sabia o que eu iria fazer perante a essa situação. Eu apostaria no tempo.

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