where is him

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BÁRBARA PASSOS
point of view

Entrei naquela porcaria de casa, quase derrubando tudo, como é que eu pude deixar me envolver por aquele garoto? Me diz. Eu fui uma idiota e agora seria uma marionete. Por que essas porras só acontecem comigo? Por que ele é assim? Meu Deus.

Fui para o banho e aquele foi considerado o banho mais demorado da minha vida, um banho perdido em pensamentos e em tentativas de tirar seu perfume de meu corpo, e parecia impossível, seu cheiro havia grudado em mim. Eu o odeio, simplesmente o odeio.

O máximo que tinha que acontecer, era ser só uma noite com ele para salvar meu "amigo" o que eu me arrependo totalmente. Deveria ter deixado Bruno morrer, se eu não tivesse me metido nesses troços babacas de gangues eu não estaria nesta situação, sendo de alguém que não é meu, e eu conhecia Victor, se eu relutasse, ele me mataria apenas.

Droga, porra, merda. Por que ele foi aparecer novamente? Por que ele teve que ir trabalhar logo naquela escola? Por que Nilson tinha que estudar naquela escola? Até porquê, se ele não tivesse roubado Victor a mando de Bruno, Victor não precisaria seguir seus rastros.

Ok, mas vamos a verdade: Victor era dono de uma beleza intensa, tem que ser muito forte para poder resistir à ele, então por que eu resistira? Sou uma fraca, todos sabem disso. Eu não sei se tinha algo mais do que atração fisica, e se tivesse, eu queria descartar isto.

Todos sabem que Victor Augusto não vale nem o que come, que ele quebra o coração das garotinhas e ainda sai rinc ntão por que aceitaria ser dele? Eu estava disposta a lutar contra isso, mesmo sabendo que isso valeria minha morte, mas acontece que eu não ia ver Victor fodendo até o poste e ficar aplaudindo e em seguida, parar em sua cama, porque ele simplesmente resolveu que eu pertencia à ele.

Mas algo me intrigava: Por que eu? Logo eu? Eu estava disposta à descobrir isto. No dia seguinte, cheguei na escola com uma cara de cu terrível, mas logo melhorei ao ver Gustavo vindo em minha direção.

— E aí, Babi, tudo suave? — Ele perguntou e eu ri.

— Esse jeito de cumprimentar não combina nada com você. — Falei e ri mais uma vez.

— É que garotos descolados falam assim, eu acho, e eles conquistam as garotas mais fácil.

— Você não precisa disso, Foganoli. — Falei pegando alguns livros no armário e ri. — Você é um garoto inteligente. — Falei ao lembrar de Victor que era lindo, maravilhoso e uma porta. Mas na verdade, eu não queria nem lembrar de Victor.

— Mas as garotas não ligam mais para isso. – Ele disse apontando para a sua cabeça. – E sim, para isso. — Dessa vez ele apontou para o meio das pernas e foi impossível não rir.

Foganoli estava sendo um amigão nesses últimos anos que estudamos juntos, sem contar, que ele sabia fazer meu bom humor voltar.

Todos naquela escola achavam estranho eu falar com ele, pois tinha uma imagem minha como mais uma garota bonitinha que ama jogadores de futebol americano, sendo, que eu nem olhava para eles naquela escola, passava reto como se eles fossem irrelevante, e eles eram.

Já Lucy, bom, preciso nem dizer. Já dormiu com metade do time e antigamente era capitā das cheerleaders, mas ela não fazia nada e as outras cheerleaders votaram para que ela saísse, lembro—me que eu ri tanto naquele dia. Foi no final do ano passado, quando elas se deram conta que nunca haviam ganhado nenhum campeonato com Lucy, e que ela só sabia dar em cima dos jogadores.

— Nossa, Foganoli. Assim você me ofende. — Disse de brincadeira.

— Com exceção de você. – Ele disse meio sem graça. — Espero não ter feito merda. – Para as outras garotas, Foganoli não tinha o padrão de beleza almejado, mas se ele não fosse meu amigo, eu o pegava apenas porque ele é muito fofo.

— Claro que não, seu idiota. Eu estava brincando. – Dei um soco de leve em seu ombro, ele riu e passou um de seus braços em volta de mim e nós fomos falando besteiras pelo corredor.

Nisso, Carol passou com Lana e evitou me olhar, já Lana, veio toda feliz cumprimentado eu e Foganoli. Logo as duas saíram e aquilo me doeu completamente.

— Apesar de não saber o motivo de vocês não se falarem mais, eu sei que ela vai se arrepender. — Foganoli tentou me consolar quando viu minha expressão. — Uma amizade verdadeira não pode ser substituída. — Não consigo dizer nada, apenas o olhei e dei um sorriso.

Quando dobramos o corredor, Foganoli deu de cara com Augusto, ainda com o braço em volta de mim

— Desculpa aí, cara. — Foganoli disse naturalmente, ele realmente não sabia com quem estava lidando. Victor apenas o olhou com aquela sua cara de cu e não disse nada. Logo lembrei—me do dia anterior e tirei os braços de Foganoli sobre mim, pois eu não me perdoaria se Victor desse a louca e fizesse algo com ele.

Gustavo ficou sem entender.

— Aconteceu algo? — Ele perguntou estranhando.

— Nada, é só que, bateu o sinal e nós precisamos ir. – O puxei e saímos correndo.

As horas passavam se arrastando e eu precisava da hora do intervalo para falar com Victor, aquele lance de ontem estava me corroendo por dentro, eu precisava tirar isso a limpo e tentar dizer á ele que não era assim que as coisas funcionavam e depois, levar um tiro, claro.

E finalmente, a droga do intervalo chegou.

Saí andando rapidamente pelos corredores da escola, atropelando geral e me metendo nas multidões, tentando encontrar aquele idiota, procurei por tudo, até na sala que ele costumava ficar, e nada. Minhas pernas já estavam doendo de tanto caminhar por aquela escola enorme, fui obrigada a parar para poder respirar um pouco.

— E aí, Babi, vai ter uma festa lá em casa, se você quiser ir. — Justin, um dos garotos mais cobiçados daquela escola passou por mim me entregando um convite. — Lá vai ter meu quarto também, se quiser dar uma visitinha. — Ele riu junto com alguns garotos que vinham atrás e saiu. Peguei o tal convite a atirei em um canto

Fiquei parada ali mais um pouco, até que por intuito resolvi ir até o sexto andar da escola, mas fui de elevador, porque eu ainda estava cansada, mesmo o elevador sendo apenas para emergência, mas isso era uma emergência.

Cheguei no andar e comecei a ouvir a voz de Augusto, talvez ele estivesse resolvendo algumas paradas pelo telefone, ou ameaçando Nilson mais uma vez, por isso se afastou do resto da escola.

Comecei a me aproximar, a fim de falar com ele, e todas aquelas minhas ideias morreram ao ouvir uma voz feminina, meu sangue ferveu.

Fui devagar até uma sala de numero 603 que se encontrava com a porta semi aberta, e então, comecei a ouvir gemidos. Eles não se prestaram nem para fechar totalmente a porta, eu não precisava estar vendo aquilo.

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