possessive

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BÁRBARA PASSOS
point of view

— Olha, Victor, tá tarde e acho melhor eu ir embora. — falei tentando fugir

— Não. – ele disse grosso e autoritário. Você vai subir. — e por algum motivo eu obedeci.

Sentei—me no sofá enquanto observava Victor servir um copo de whisky.

— Você quer? – ele me ofereceu.

— Eu não bebo. – pensei que ele já sabia.

— Ok, você não sabe o que está perdendo. – ele deu de ombros.

— É, devo estar perdendo muita coisa mesmo. – murmurei ver sua careta após dar um gole na bebida. — Você pode ser um pouco mais direto? — falei.

— Ah, claro. — ele deu mais um gole. — Você é uma vadia e está sabendo e se envolvendo demais nas coisas. — Ele disse naturalmente.

—Vadia não! — levantei—me. – Eu sou ouro perante das putas que você pega, e pode confessar que você também acha isso, Augusto. – Cheguei mais perto, o encarando.

—Ah, não se iluda, Bárbara. Você não está com essa bola toda. ele disse largando a taça com a bebida.

— Não estou? — Falei logo tirando a blusa e ficando apenas de sutiã. — Tem certeza? — Ri ao ver o olhar de Augusto parar em meu corpo enquanto ele mordia os lábios hipnotizado. Ele avançou o sinal me pegando com tremenda força.

—Ok, talvez um pouco. — Ele sussurrou em meu ouvido

O empurrei e me agachei para pegar minha blusa de volta. Inútil. Augusto foi mais rápido e pegou antes de mim.

—Me devolva. — Gritei.

— Mal tirou e já quer colocar? Ah que sem graça. – Victor disse com um sorriso totalmente malicioso.

— Me devolva, Victor. Eu não estou brincando. — Falei séria.

—Ninguém mandou você tirar. — Ele disse indiferente.

—Ah é? Então eu vou sair assim mesmo na rua. – Falei indo até a porta, a abrindo, e depois indo até o elevador apertando o botão.

— Volta aqui. – Victor veio até mim e me pegou a força. – Você não vai sair assim. — Ele disse me colocando para dentro do apartamento e trancando a porta.

E dessa vez, as coisas haviam mudado, eu estava gostando.

— Nossa, Augusto. Como você é possessivo. — Falei provocativa. — E olha que eu nem sou sua.

— Você não é minha? Tem certeza?

— Absoluta! — Exclamei. — Por que eu seria sua? Você é grosso demais. Tem que ter romantismo, onde está as rosas vermelhas? Poxa, que fora hein, Augusto. – Me fiz de boba e cruzei os braços.

Ele riu irônico.

—Aí, é que está. — Ele começou a falar. — Um dia eu estava pensando

— Não, espera um pouco... Interrompi. Você pensa? Ai meu Deus, que orgulho! – Impliquei.

— Cala a boca, porra. Não me interrompe, eu odeio que me interrompam. Já não basta eu estar com o cu entalado de tanta raiva por causa das drogas das suas intromissões nos meus assuntos, e não é a primeira vez que você me impede de acabar com o seu amiguinho boiola. – Tentei falar algo, mas ele não deixou. — Ah e sem contar, que você é uma burra. — Ele partiu para as ofensas. — Preferiu a vida do seu amiguinho em troca da sua virgindade, sendo que ele é um cuzão e nem te valoriza, só sabe pisar em você e hoje, estava prestes a morrer. Inútil isso né? — Victor estava sabendo como me atingir perfeitamente.

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