let's to the supermarket

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BÁRBARA PASSOS
point of view

— Caralho, que fome. — Mob disse. — Minha barriga está falando. — Ele riu.

— Eu também tô de larica, bora encomendar um pizza. — Victor disse indiferente.

— Não aguento mais pizza, é bom, é ótimo, mas a gente já comeu ontem. — Bak disse tendo seus braços cruzados.

— Ah, e anteontem. – Se ouviu novamente a voz de Mob.

— E ante ante anteontem. – Arthur disse e riu.

—Resumindo: vocês são bem de vida, mas não contratam uma empregada para arrumar a casa ou fazer uma refeição descente, então só vivem de pizza. — Falei simples. – Porque ninguém é capaz de cozinhar.

— Qual é?! Dá um desconto, somos homens. — Mob disse.

— Conheço vários homens que cozinham perfeitamente, meu pai é um. – Falei ficando um pouco triste ao lembrá-lo, mas logo voltei ao normal.

– Ah e sabia que da para encomendar outros tipos de refeições? Não só pizza.

— Mas nós só gostamos de pizza. – Victor disse simples. – Não podemos confiar muito do que vem de fora. — Revirei os olhos.

— Na real, vocês são tudo uns frescos. — Falei levantando e indo até a cozinha. – Vou ver o que tem na cozinha.

Não havia nada, na geladeira só tinha uma jarra de água, várias latinhas de cerveja e RedBull e algumas frutas.No armário tinha alguns biscoitos de diferentes tipos, barras de chocolate, salgadinhos, só besteira. Voltei para a sala onde estavam todos sentados.

— Então, quem vai ao supermercado comigo? – Falei me fazendo de empolgada e os garotos apenas se entreolharam.

— Desculpa falar, mas, você está "engayzando" a gente. – Mob disse.

— Menos Arthur, porque esse já é gay. — Victor implicou.

— Isso é o que você pensa, a quantidade de mina que eu pego em uma noite é a que tu já pegou na tua vida inteira. — Arthur se defendeu e Victor caiu na gargalhada.

—Te liga no sonhador. — Victor disse.

– Ok, Augusto. Deixa seu amigo em paz e vamos comigo? – Sugeri. — Ou vocês querem passar fome?

— Ah vai dizer que você cozinha? — Bak debochou.

—Minha mãe era uma cozinheira de mão cheia e eu aprendi algumas coisas com ela. Isso te incomoda? — Perguntei fazendo uma cara de "Lucy" ou seja, de patricinha metida.

—Bak se encarnou Bárbara, puta que pariu. – Arthur disse.

— Ela é chata mesmo, até entendo ele. — Victor disse atirado no sofá confortavelmente e eu mostrei o dedo do meio e a língua

—Quer saber, fiquem aí passando fome. Se alimentem das balas que vocês usam em seus revólveres. — Disse impaciente me atirando no sofá.

—Puta que pariu, que garota mais dramática. — Victor disse se levantando e se rendendo. — Vamos de uma vez. Ele pegou as chaves do carro e os óculos escuros.

—Calma, queridão. Quer que eu vá assim, de pijama? – O encarei com os braços cruzados.

—Claro que não, olha o tamanho dessa blusa e desse shorts. — Exagerado.

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