Capítulo 33

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Notas:
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"O tempo todo isso foi uma febre
Uma pessoa crédula, nervosa e impulsiva
Eu joguei minhas mãos para o alto e disse: Mostre-me alguma coisa
Ele disse: Se você se atreve, chegue mais perto"
Stay - Rihanna

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Acompanhando o discurso entediado do reitor, que chegou a respirar fundo algumas vezes, antes de pegar os papéis notoriamente irritado e rasgá-los na frente de todos, me surpreendo com o quão seguro ele parecia ao tirar seus olhos do texto, dizendo:

- Foda se as esperanças e sonhos dos seus pais. Se estão aqui para viver seus sonhos, que seja uma jornada incrível, agora se só estão nessa pra fazer gosto a papai e mamãe, fiquem a vontade pra desistir! Não irei julgá-los por tentar fazer o que realmente querem. Serão ricos de todo jeito e visto como excêntricos e divertidos, não como vagabundos descompromisssados...

Com isso ao contrário dos demais que estavam em choque eu ri e me coloquei de pé, aplaudindo o homem que ao me ver se assustou, arregalando seus olhos, antes de estreita-los para me ver melhor.

- Será que eu não deveria aplaudir? - pensei alto confusa com a forma como tudo parecia silencioso.

- Gente! Dá pra aplaudir o reitor de vocês? - a noiva do Número Cinco pediu a todos me olhando com pena, sendo logo atendida.

Parecendo surpreso comigo, me sinto constrangida, até que todo resto das pessoas me imitaram e começaram a aplaudir o homem em questão, que saltou, uma coisa que ele nunca fazia, senão quando estava como herói, parando na metade do auditório. Me dando uma boa visão do quanto aquele cara era bonito.

Tudo que conseguia pensar era: Puta que pariu, ah seu eu pudesse ter um homem desses! Felizmente eu não chegava nem perto de caras com compromisso.

Especialmente a mulher sendo o pitbull da noiva dele, que não deixava o homem trabalhar perto de nenhuma mulher diretamente, tampouco falar com nenhuma mulher.

Só então ao lembrar daquele detalhe, vejo a noiva dele lá no palco avisando que não iria haver sessão de fotos ou autógrafo, dispensando todo mundo que estava lá pra isso, inclusive eu. Que queria chorar pelo meu azar, mas acabei me juntando a multidão, andando para saída do lugar, onde mal alcancei a porta e Pogo me guiou para o carro.

- Como foi o discurso? - ele pergunta me olhando pelo retrovisor sério.

Eu por minha vez apenas suspirei, dei de ombros e disse qualquer coisa só para tirar o foco dele.

Não havia nada a ser dito. O final foi épico, mas não adiantava aplaudir se eu não tinha coragem nem mesmo de mentir para meu pai, imagine só contrariar ele.

Seguindo minhas aulas normalmente pela tarde, li, escrevi, debati, estudei, repliquei, justifiquei e fiz tantas outras coisa que já sabia de cor e salteado, até o final da tarde, onde na área de saída do bloco do campus, um carro preto me aguardava com Pogo logo do lado de fora.

- Oi, Pogo. - saúdo ele que ignora veemente os olhares dos demais estudantes.

Para aquele bando de idiotas a ideia de um símio ser tão bom é inteligente quanto eles era algo engraçado, mas para mim não era nada de diferente.

Por anos meu único tutor foi ele, me ensinando sobre tudo. De coisas simples como andar, até a ler, escrever, fazer cálculos e muitas outras coisas. Devia ao Pogo tudo que me tornei e não tinha vergonha de falar aquilo.

- Boa volta pra o circo, garota macaco! - alguém grita pelas minhas costas me levando a mostrar o dedo médio ao entrar no carro.

- Pelo menos eu vou de carro, minha conta tá cheia, ao contrário de você que é uma fudida, não tem um tostão e vai a pé! - Devolvi o insulto gritando de volta, sendo exatamente o que meu pai odiava.

Escandalosa e pouco refinada, mas nada que Pogo não deixasse passar batido por ser uma forma de defendê-lo, eu espero.

- Senhorita. Precisamos ir logo, seu pai está de péssimo humor hoje... - contando a mim, me faz olhá-lo desconfiada.

Seria por ter ido a droga do discurso de boas vindas de mais cedo? Nem consegui uma foto, tampouco um autógrafo... Não era justo levar um esporro por isso!

Apesar de não contente, segui para a mansão, sentindo meu mau estar retornar, de forma que precisei de Pogo para sair do carro.

Era como se algo me sugasse ao atravessar os portões da mansão dos Hargreeve, de forma que eu não tinha ideia de como era possível.

- Seu pai está a chamando no escritório querida. - mamãe me informa em tom suave ao me ver passar pela porta.

- Sabe se é muito ruim? - rebatendo ansiosa, recebo um sorriso amplo dela.

- Tal como havia nos dito, Pogo. Ela se esqueceu... - Grace com toda sua gentileza me faz olhá-la confusa.

Eu era bem esquecida as vezes. Naquela mansão dias se tornavam anos e minutos em horas. Nunca sabia o que estava realmente acontecendo, mas principalmente pelo silêncio e depois pelo tédio, creio eu.

Estava olhando perdida para os dois a minha frente, quando algo. Se agarra na minha cintura com força, obtendo minha atenção.

-... Feliz aniversário, Tia! - Claire me saúda carinhosa, antes de roubar meu celular e sair correndo.

Não havia nada bom lá. Não tinha amigos, nem namorado, portanto que fizesse bom uso dele. Quem sabe não me arrumaria alguns amigos?

- Feliz aniversário, irmã. - Alisson dizendo sem emoção, me dá um leve toque no ombro, antes de sussurrar em tom baixo. - Não se esqueça de escutar e fazer tudo que pedir o seu pai. - com isso encerra nosso pequeno contato, indo atrás de Claire.

Eu por minha vez fui direto ao escritório, onde meu pai me aguardava com seu binóculo, seus papéis e sua expressão séria de costume.

- Hoje será sua festa de aniversário. Há algo que queira de presente? - o velho Reginald Hargreeve me disse como fazia todos os anos.

Nunca pedi nada, mas como aquele ano era a última festa que teria, pois ele já não tinha paciência para lidar com pessoas da alta sociedade em sua casa, meu pai aguardou o meu "não" recatado e contido de costume, porém eu decidi ousar e fazer muito diferente.

- Quero que convide os outros doze majestosos, senhor. Eu acho que seria um bom presente. Heróis que cresci ouvindo histórias no meu aniversário...

Eles eram apenas quatro anos mais velhos, porém não me lembro do porquê de terem sido forçados a sair da minha casa. Seria algo bom de saber, mas ninguém, nem Alisson falava sobre o assunto.

- Creio que quem deseja que compareça não virá, ainda sim... Vá direto para seu quarto estudar, imediatamente.

Com isso apenas obedeci, saindo do escritório direto para o meu quarto da forma automática, sem pensar muito no porquê sempre obedecia as coisas que meu pai mandava sem retrucar.

Bad Liar - FIVEXREADEROnde histórias criam vida. Descubra agora