Prólogo

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Estava tudo bem, pensou ao saltar para aquela linha do tempo após tantos anos.

O homem de idade, que um dia chegou lá  passando por uma provação e já não tinha mais ânimo, voltou mais uma vez ao hotel Oblivion, de aparência imponente e com um ar de desgaste, com toda sua elegância no seu terno preto e sua maleta, caminhando por entre os hóspedes com muita facilidade.

Pois havia estado lá tantas outras vezes que mesmo sem ver reconheceria aquele trajeto e o faria de bom grado de olhos fechados. Indo direto a grande mesa de madeira com um sino enferrujado onde ficava o que seria a recepção do lugar.

Sendo feita por um homem mal encarado com seu cachorro ao seu lado todo tempo.

— Bem vindo ao Hotel Oblivion. Em que posso ajudá-lo? — o homem mau encarado de meia idade dizem tom de voz forçado.

Olhando para a recepção, que não via a uns bons anos, o homem ajeitou seu chapéu, suspirou, limpou as mãos do pó que estava cobrindo a superfície de madeira que tocou e por fim tirou duas barras de ouro médias dos bolsos dizendo:

— Preciso marcar reservas para daqui a três meses. E preciso que sigam minhas instruções com muita precisão. — informando ao funcionário o assiste se assustar com o ouro a sua frente.

Alheia a negociação, uma jovem muito bonita para seu próprio bem caminhou até a recepção, pegando o que seriam chaves, enquanto mexia em seu telefone e tentava ligar para alguém.

— O meia-zero-um, novamente atrasaram-se para o check-in e não respondem. Estou indo mandá-los embora... — contou ao recepcionista que concordou silencioso, sem desviar a atenção do homem com ouro a sua frente.

Ao vê-la partir rumo à seja lá onde fosse, o futuro hóspede sorriu, pensando em quanto era engraçado a ver tão tranquila fazendo seu trabalho de merda. Com isso, aguardou paciente que o funcionário no balcão trouxesse papel e caneta para dá-lo a fim de ter as instruções por escrito.

— Seja bem vindo, cariño! — ao se dar conta de uma terceira pessoa a mulher de roupa sociais no tom preto, saúda o homem que sorri por uns segundos.

Felizmente havia vindo com meio dia sobrando, caso contrário estaria fudido, pensou ao terminar de se debruçar sobre o balcão para escrever, agradecendo a saudação daquela jovem.

— Dessa vez, preciso que dê tudo certo. — afirma consigo enquanto escrevia o mais rápido que podia.

Agora era torcer para que tivessem bom senso e não estragassem tudo de novo.

Bad Liar - FIVEXREADEROnde histórias criam vida. Descubra agora