Capítulo 9

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Gente. Amo vocês! Cara, vocês tão incríveis! Obrigada por tudo, sério mesmo! Meu Deus do céu! Nem sei mais o que dizer aqui.... Kkkkkkkkkkkkkk
Meta batida, cá estou eu! Próxima meta se mantém em 7 votos e 7 comentários. Alcançando esse valor eu libero novo capítulo, caso não, próxima segunda tem atualização fixa! <3

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“Te encontrei quando seu coração estava quebrado;
Eu enchi seu copo até transbordar;
Fui tão longe para mantê-lo perto.
Eu estava com medo de deixá-lo sozinho. ”
Without Me — Halsey.

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“Alguns Anos Atrás
Outra Linha do Tempo

Escutando os pequenos barulhos de seu parceiro, certamente numa péssima noite, a agente suspirou e foi até a cama dele, uma vez que dividiam o quarto, como de costume preso no que parecia um sonho ruim.

— Está tendo pesadelos de novo, corazon... — dizendo ao acordá-lo com um carinho sutil na cabeça, o vejo abrir os olhos assustado.

— Eles estavam mortos. Eu falhei com eles de novo! — conta em pânico, com sua respiração acelerada e os olhos agitados.

Queria poder dizê-lo que tudo estava bem, mas quando se perdia tudo que ele perdeu era apenas uma questão de tempo para que a ferida em seu peito doesse menos, não que cicatrizasse totalmente.

— Estou com você, C. Eles se foram, mas você não está mais sozinho. Não está mais preso no Apocalipse. — o acalmei já sentada na cama, aceitando em silêncio que ele colocasse a cabeça no meu colo.

— Eu sinto falta deles, querida. Muita mesmo... — confessa envergonhado o que me quebra o coração um pouco.

Só queria poder abraçá-lo e tirar toda aquela dor do seu coração. Pensava em ajudá-lo a salvar seus irmãos, mas se tratando da Comissão e do espaço tempo, sempre haveria um porém, algo a ser pago por tal atitude e sinceramente, se desse errado, temia que seu parceiro se machucasse mais do que já estava naquele momento.

— Eu bem sei, corazon. Eu bem sei... — digo consternada, tentando não transparecer meus pensamentos.

Além da minha aposentadoria, adoraria que meu velho amigo fosse feliz com sua família, mesmo que isso significasse nunca mais vê-lo, penso ao lembrar que iria novamente me reunir ao peixe idiota, pedir que abrandasse a pena dele. Estava disposta a trabalhar nos anos que faltassem no lugar do Senhor C se ele quisesse.

Apenas queria que ele fosse feliz e encontrasse a paz junto de seus irmãos.

— Me sinto tão cansado, querida...

— Eu sei, corazon. Existe algo que possa fazer para que se sinta melhor? — pergunto ao homem em meu colo que parece pensar no assunto por uns segundos.

Depois de uns segundos pensei que estivesse dormindo, mas para minha surpresa o Senhor C se colocou de pé, tentando fingir estar melhor, pedindo pelo seu expresso Martinni que havia feito para ele somente por anos.

— Sabia que são duas da manhã, corazon? — reclamei com ele que riu.

—Sabia que o expresso Martinni só é bom feito por você, querida?

Sem ter como argumentar contra, porque era especialmente boa em relação a agradar o paladar dele, me coloco de pé com auxílio do agente, usando minha bengala para ir até o bar com ele em meu encalço.”

— Você nem ao menos está me ouvindo! — o senhor Benjamin da Sparrow me repreende irritado.

Eu por minha vez, tiro meus olhos do copo de água que bebia, olhando na direção dele que dava um surto de criança mimada como sempre.

— Eu só quero que vocês enfiem essa gravação no cu e me deixem em paz. Pelo amor de Deus! Será que é pedir muito? — reclamando com os heróis, vejo os policiais rirem em silêncio.

Usando meu guarda sol como bengala, caminho para longe do grupo de pessoas desagradáveis, tentando ser uma boa pessoa, esbarrando num dos irmãos do Número Cinco que ao me ver, se afastou constrangido, dando algum espaço a mim no elevador.

— Bo-boa tarde, senhora... — dizendo sem jeito por seu filho, o belisca por algum motivo.

Fazendo a criança entrar na minha frente, parado no elevador. Alheia ao péssimo clima entre os dois seleciono o andar que pretendia fazer uma ronda, assistindo o pai da criança tossir um “não” tentando ser discreto. Enquanto que arqueio uma sobrancelha ao ver a porta de metal se fechar na nossa frente.

O que estava acontecendo ali naquele elevador?

— Ô tia, a senhora tá de rolo com o tio Cinco? Vocês tão se beijando na boca? — o garoto sendo indiscreto me deixa em choque.

De onde saiu aquilo?

— O que? Não! Como assim? Quem te disse isso?

Puxando o menino pelo braço, o pai o tirou pelo braço do elevador, notoriamente irritado com o garoto.

— Ele não tem noção, senhora. Desculpa! — contando a mim recebe um leve arquear de sobrancelha.

Os irmãos dele eram definitivamente loucos iguais a ele. Deveria ser um mal de família, felizmente gostava de ver tal coisa como uma nova forma de diversão, não como algo de fato ruim. E eles eram estranhos, mas unidos.

Com isso em mente, vou resolver um problema com um hóspede, volto a minha sala e lá recebo o que tinha pedido logo de manhã para ajudar Cinco a ficar tranquilo com seus irmãos. Aparelhos celulares para que tivessem comunicação um com o outro.

Os deixando carregar, fiz meu trabalho usual, ao longo do dia. E nem precisei pedir que chamassem Número Cinco, pois tão logo que deu sete horas em ponto, batidas na porta me fizeram terminar de guardar todos os papéis já organizados e devidamente assinados de uma vez.

— Sim? — digo alto para quem quer que seja entrar.

Saltando para dentro da sala, o homem sorria divertido de algo, me olhando por uns segundos antes de dizer:

— Sabia que o expresso Martinni só é bom feito por você, querida?

Com isso, sorrio de volta concordando depressa antes de pegar os aparelhos devidamente guardados e carregados nas caixas.

— Isso irá ajudá-lo a ter sempre informações sobre por onde anda seus irmãos... Sabe do que se trata? — pergunto a ele que concorda sério me levando a relaxar.

— Tem localizadores embutidos, não é?

— Obviamente. E seu telefone é o único com acesso às coordenadas deles. — antecipei a próxima dúvida entregando o aparelho ao homem.

— Apenas me dê isso junto deles, senão saberão que é pra serem seguidos. — sugeriu antes de resmungar um “Obrigado” em tom baixo.

Não era exatamente o que eu queria, mas de certa forma ainda tinha meu parceiro desconfiado e paranoico ali por perto. Era bem divertido, inclusive.

Por hora ia fazer o drink e então conversariamos mais. Estava por muito tempo atrás de algo que fosse interessante e de longe aquela família desfuncional era bastante.

— Estive pensando... O que acharia de novos heróis na cidade? — Cinco dizendo me segue rumo a saída da sala, levando algumas caixas de celulares.

Se a ideia era irritar o velho dono da Sparrow Academy eu estaria a todo ouvidos.

Bad Liar - FIVEXREADEROnde histórias criam vida. Descubra agora