Capítulo 30

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Notas:
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“Se você me desse uma chance, eu aproveitaria
É um tiro no escuro, mas eu conseguirei
Saiba de todo coração, você não pode me envergonhar
Quando estou com você, não há lugar eu que preferiria estar”
Rather Be — Clean Bandit

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Tinha acabado de tomar um banho quando batidas na porta do meu quarto me fizeram colocar um jeans velho com blusa grande e confortável, abrindo apressada a porta.

— Bom-dia, minha linda! — saúdo Grace que apenas me mostra minha agenda de tarefas, me olhando com carinho.

Eu me atrasei pra caralho, pensei ao voltar para pegar meus tênis surrados que usava mais por conforto que por necessidade em fato. Estava na porra da pós graduação, como se o inferno da faculdade não fosse o suficiente, decidiram me fazer tomar mais no cu e iniciar uma pós graduação sem necessidade alguma.

Meu pai, o ser vivo mais velho que a própria Rainha Elisabeth, era o próprio velho da lancha, mas como eu fui a única filha produzida com o DNA da esposa dele e dele, precisei ser exatamente o que ele queria.

Perfeita e obrigada a fazer coisas que não tinha vontade alguma, como a porra da pós. Que era como andar de bicicleta, estando a bike sem freios, com tudo, além da bike, o meu corpo em si em chamas, porque o passeio era pelo inferno.

— Querida, seu pai está a chamando. — minha mãe, com seu adorável vestido rodado tinha seu avental e era a coisa mais linda do mundo.

Sorrindo, a dou um beijo na bochecha e desço correndo a escadaria, me surpreendendo em ver que não havia barulho algum.

Depois que soube da minha concepção, através de um lance super moderno de fertilização, pois minha mãe e ele já tinham uma idade bem avançada, meu pai desistiu de gerenciar um grupo de crianças com super poderes, doze ao todo que chamou de “Os doze magestosos”.

Agroa ele apenas comandava a empresa milionária da família e cuidava de mim e da mamãe, algo que era bem assustador da parte dele. Que fez parte de todo o processo da minha criação desde a concepção até hoje.

Nada que eu fazia era menos que planejado por muitas e muitas vezes para que ficasse perfeito. Namorados? Nem pensar.

Meu pai colocava qualquer cara pra correr milhas e mais milhas pra longe depois de conhecê-lo.

Com isso eu sofria horrores pra conseguir fazer o que eu queria a muitos anos: transar com alguém.

— Alisson foi embora com a Claire? — questiono o meu pai que estava sentado na mesa, olhando para seu copo.

— Alisson tem mais o que fazer, além de estar a ouvindo com suas bobagens. Sente-se e coma. — Reginald Hargreeve, o homem mais comentado por ter investido numa equipe de Super Heróis anos atrás, me leva a olhá-lo por uns segundos.

Aquele monóculo me assustava um pouco, mas desde que eu me mantivesse o obedecendo, não havia razões para temê-lo, isto é, o que Alisson sempre me disse.

Ela era rica, famosa, reconhecida por todos, tinha um mundo aos seus pés, agora estava casada e com sua filha. A Claire, uma coisinha irritante, mas que tinha seus momentos de fofa.

Seu marido, o senhor Chestnut a amava incondicionalmente e nunca fez menos que aceitar tudo que Alisson dizia, sem nem pensar duas vezes. O que eu achava incrível na relação dos dois.

— Pai, tudo bem se eu..? — começando a falar sou logo interrompida.

— Não. Já a disse que não quero que fique dando ouvidos aquele projeto de gênio fajuto. — ele adianta o assunto me deixando muito chateada.

Número Cinco Hargreeve era um super herói de mente brilhante que mesmo após o velho os tirar da sua casa deu a volta por cima e vivia com uma fortuna maior que a do próprio Reginald, atualmente o trilionario mais jovem segundo a Forbes. Em vinte e Cinco anos de idade, a fortuna dele era tão grande que chegava a ser obscena. O garoto literalmente viveu e foi criado debaixo do mesmo teto que eu! O que haveria de errado em conversar com ele?

— Pai, ele o usa como referência em todos seus artigos! O senhor Cinco é...

— Um tolo! Acha que acumular riquezas o fará chegar a algum ponto mais que eu! Esse garoto jamais...

— Pai, você o criou! O que há de tão ruim entre vocês? Por que ele é tão mau? — apontei erroneamente, recebendo um olhar furioso em resposta.

— Hora de ir pra faculdade, senhorita. — Pogo me salva no último minuto, me levando a sumir rápido de vista.

Pela minha saúde não ser das melhores desde que nasci, minha mãe sempre me levou a todos os especialistas do mundo todo para tentar entender sobre o porquê de me sentir tão fraca e doente todo tempo. Nenhum descobriu nada sobre o assunto, com isso eu vivia entrando e saindo de hospitais, o que me levou a nunca sair de casa por pelo menos dez anos inteiros.

— Obrigada por tudo, Pogo! — digo a ele que me abriu a porta com muito carinho.

Agora com minha maioridade, conseguia dar pequenos passos, como ir e voltar com Pogo dirigindo da faculdade e as vezes até mesmo ia com Grace, minha mãe, ao mercado.

A saúde não era das melhores, ainda sim, eu tentava meu melhor para não continuar sendo a garotinha doente e frágil. Precisava poder sair e pelo menos fazer algo de ilegal. Já tinha idade pra ser presa e nem beijar direito conseguia, logo desisti de ter uma vida romântica.

Meu pai não aprovou o pedido para conhecê-lo melhor do Número Seis que era o favorito dele, segundo palavras da mamãe. Minhas chances de ter um relacionamento eram zero.

— Parece triste. Há algo que eu possa fazer? — pergunta a mim que o olho pelo retrovisor nos olhos.

Queria poder viver como todos aqueles adolescentes. Beber, sair, festejar, transar com quem eu quisesse, fazer escolhas de coisas básicas como a minha carreira profissional, mas não era possível.

— Hoje eu só queria participar das boas vindas dos calouros! Queria um autógrafo do reitor, sabe? Quem sabe um abraço? Acho ele muito bonitinho e inteligente, entende? — confessei ao primata que me olhou com pena genuína.

Não parando o carro na entrada do meu bloco, onde iria ter aulas tediosas, ele dirigiu até a entrada do ginásio, onde teria as boas vindas e me fez sorrir, em êxtase pela sua atitude.

— Vou retornar e pedir aos professores desculpas pela sua ausência, depois que sair do carro. Assista um pouco e então a levarei para suas aulas da tarde, senhorita.  — Pogo me informa formal, antes de dar a volta e abrir minha porta.

Sentindo que aquele dia ia ser incrível, pois sempre que estava na faculdade meu mau estar e fraqueza passavam, sorrio ampla, o dando um abraço forte antes de me juntar ao grupo enorme que seguia para as boas vindas.

Este era sem dúvidas o melhor dia de todos os tempos. A favelada, eu no caso, venceu muito aqui! E eu que me fodesse depois pra recuperar as matérias... Ia finalmente realizar meu sonho de ver de perto meu crush de infância!

Bad Liar - FIVEXREADEROnde histórias criam vida. Descubra agora