Capítulo 99 - Estou indo para você

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Dizem que a passagem do tempo cura todas as feridas, mas quanto maior a perda, mais fundo é o corte. E mais difícil é o processo para ficar bem de novo. A dor pode passar, mas as cicatrizes serve como um lembrete do nosso sofrimento, e deixe a pessoa decidida a nunca mais ser ferida.

Um novo dia procedeu, e por mais que não parecesse eu estava estranhamente animada. Coloco uma roupa de ginastica, curta e agasalhada, um boné preto. E vou correr pela cidade para desestressar e pensar melhor em minhas decisões. Não tinha visto ninguém ainda. E era melhor assim por enquanto.

O ar estava puro. As pessoas cantantes como sempre, pinturas espalhadas por toda cidade, realmente aqui era magicamente energizante.

- Anna, você está ótima - Eu passo por Camille que estava entrando na lanchonete para seu serviço matinal

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- Anna, você está ótima - Eu passo por Camille que estava entrando na lanchonete para seu serviço matinal. Lhe retribui com um simples sorriso generoso e continuei a caminhada. Era bom, controlava meus poderes.

Voltei para o Quartel enquanto apenas as irmãs estavam por lá.

- Olha só quem acordou cedo. - Diz Freya ao me ver bebendo em uma garrafinha de água.

- Precisava correr um pouco, e esclarecer minha mente. Devia fazer isso, a sua está terrível. Escutei ela a noite inteira. -Ela sorriu para mim. - Sabe onde está o Klaus?

- Não o vi ainda. É só com ele? - Rebekah e Freya se olharam desconfiadas, estava na cara.

- Sim. - Disfarcei miseravelmente.

Uma presença inusitada acabara de aparecer na sala onde estávamos, e mesmo com um pouco de gratidão, eu ainda não conseguia suportar aquilo.

- Vocês viram o Elijah? - Gia prossegue um pouco sem graça. Todos já sabiam.

- Você devia saber, é a amante dele. - Respondi.

- Não começa uma coisa que não vai ser bom pra ninguém. - Respondeu a altura.

- Realmente, não vai ser bom pra ninguém, muito menos pra você.

Pequenas veias de fogo surgiram em meu rosto, fazendo com Freya e Rebekah já encostasse em meu braço.

- Anna... - Rebekah sussurrou para mim. - Podem me soltar. - Sai de suas mãos e me virei em direção há escada. Ignorei-lhes e subi as escadas em direção ao meu quarto. Ficando atentamente, claro.

Eu sei que o amor da nossa vida vai ser o nosso ponto fraco por um bom tempo

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Eu sei que o amor da nossa vida vai ser o nosso ponto fraco por um bom tempo. É aquele que nos faz apertar o peito, é aquele que é reciproco, que te da a mão, ao invés de fazer você correr atrás, aquele que te protege, que te desafia, que te faz pegar fogo em um toque.

Havia andando por todos os centímetros do Quartel para encontra-lo. Mas não o achei. Tomei um banho e troquei de roupa, enquanto todos também, pelo visto, procurava por ele.

Recebo uma mensagem de Marcel avisando que Klaus estava com ele na sala de reuniões, e para não ter mais nenhum tipo de interrompimento, ele me avisou que estavam discutindo uma coisa séria. Como todas as vezes, sempre tem alguma coisa séria que precisa ser discutida. Acho que estava preocupada demais pensando nas necessidades dos outros e se esquecendo do mundo em que vivemos.

- Anna... - Rebekah bate na porta.

- Sim, entre. - Respondi arrumando algumas coisas da prateleira. Ou na verdade, fingindo estar fazendo alguma coisa.

- Vou para a reunião. Se precisar de algo, ligue para mim. - Assenti.

Eu admito. Não sou perfeita e não sei tudo. Mas de uma coisa eu sei, quando é algo terrivelmente, os Mikaelson me deixam de fora. Aliás, hoje provavelmente foi o pior dia da minha vida e não estou exagerando.

Algumas horas depois já estava a noite. E todos alarmados cada um em um canto da cidade. Nos bares, nas ruas, nos parques, nas estradas para fora da cidade. Esperando apenas um alerta. Como se fossem um exercito prestes a defender a cidade de uma guerra.

Já estava um pouco tarde, e eu não tive nenhum resposta deles. Estava em meu quarto, lendo um livro, mas minha mente estava longe.

Pego meu celular em minha mão, e olho os dois contatos que estavam destacados, indecisa. Elijah e Klaus, eram as pessoas que eu mais ligava nesses últimos tempos. E eu precisava ligar para um deles.

Apertei o botão, e na sequencia que chamava, meu coração batia aceleradamente ansioso. Esperando só um "alo".

 Esperando só um "alo"

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- Anna...

Meu coração estava um turbilhão de sentimentos, prestes a explodir. Era como se eu quisesse gritar, e dizer pra todo mundo o quanto eu o amo.

- Está tudo bem? - Pergunto segurando o máximo que eu conseguia nesse momento.

- Sim. Ainda nada... do que quer que estejamos enfrentando. - Ele responde andando provavelmente pela cidade, escuto os vozerios no fundo.

Ficamos mudos por um segundo, e eu sei que ambos queria dizer alguma coisa.

- Preciso desligar. - Ele diz sem vontade nenhuma.

- Ainda não. - Falei apressadamente. - Aconteceu algo hoje. Percebi algo sobre você, sobre nós. Meu plano era sentar com você, falar sobre os velhos tempos... e depois eu ia te dizer, que não teve um só dia que eu não tenha pensado em você. — Esperei por ele a vida toda e agora ele está aqui.

Ouvi sua respiração ficar ofegante, e antes que ele respondesse, que eu sei que ia, eu o mantia interrompido;

- Preciso que saiba que eu te escolho. Eu te amo. E eu vou te amar para sempre. É o sentimento mais real que eu já senti em toda minha vida. — seus olhos erravam por aqui, por lá, por toda a parte, maravilhados. Ele viera para ser feliz, e já se sentia feliz. - Você é o amor da minha vida, Klaus.

Aguardo sua resposta ansiosamente nesse momento de amor e paixão.

- Não é crime amar o que você não pode explicar

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- Não é crime amar o que você não pode explicar. Eu estou indo para você, Anna.

A última DuplicataOnde histórias criam vida. Descubra agora